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Zeladoria verde e limpeza de ruas e calçadas; sintonia entre crescimento urbano e políticas ambientais; participação comunitária e inclusão social. Com esses temas o Conselho Regional do Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura Lapa (Cades) organizou, na terça-feira, 7, reunião com os movimentos de defesa das praças locais.
No território da Sub Lapa existem 254 praças, 80 delas localizadas no Distrito Lapa e outras 58 no Distrito Perdizes. A Leopoldina aparece em terceiro lugar com 41, seguida pelo Jaguaré com 32 e Vila Jaguara com 24. Em sexto e último lugar aparece o Distrito da Barra Funda, com apenas 19 praças.
No encontro que ocorreu no auditório da subprefeitura, cerca de 20 praças estavam representadas. Foi um momento de diálogo entre ativistas, frequentadores das praças, conselheiros do Cades e o subprefeito, coronel Marcus Vinicius Valério. Demandas e compromissos foram colocados em debate, precedidos por explicações didáticas sobre o regramento dos Comitês de Usuários de Praças, instrumento legal de participação social, e por relato das logísticas da subprefeitura nas ações de zeladoria.
Conselheira do Cades Lapa, Jupira Cauhy destacou que o caráter e funções dos Comitês de Praças foram definidos na lei 16212/2105. “O Comitê de Usuários é formado por iniciativa dos munícipes interessados em contribuir voluntariamente na gestão da praça, sendo constituído por, no mínimo, quatro moradores do entorno e usuários em geral”, explicou a conselheira, apontando para o artigo 9º da lei.
A formação dos comitês não é obrigatória, mas uma vez constituídos eles precisam formalizar a sua existência a partir de cadastro na Unidade de Áreas Verdes da subprefeitura. “Somos parceiros nesta iniciativa. Contem conosco aqui na subprefeitura. Nossa proposta é de diálogo e de participação conjunta”, afirmou o subprefeito. “Vamos ouvir e avaliar as propostas, deliberar sobre elas e comunicar aos interessados essa deliberação”, concluiu Valério.
Desde o dia 7 de março as necrópoles municipais estão sendo administradas por sistema de concessão. No novo sistema, o Grupo Maya é a empresa responsável pela gestão do Cemitério da Lapa, localizado na Rua Bergson – Vila Leopoldina, que ocupa uma área de 76.942 m² e foi entregue ao público em janeiro de 1918, num contexto de muitas mortes por conta a epidemia da gripe espanhola. A concessionária a Maya também passou a administrar os cemitérios Campo Grande, Lageado, Parelheiros e Saudade.
Ao todo, os quatro consórcios vencedores da licitação pública têm, a partir de agora, a responsabilidade de gestão, manutenção, exploração, revitalização e expansão de 22 cemitérios e um crematório público. As gratuidades municipais serão mantidas e o regime de tarifas para os chamados “serviços cemiteriais e serviços funerários” será reduzido. Se comparado ao preço praticado desde 2007, a redução será de 25% para o funeral social, ou seja, de R$ 755 passará a ser R$ 566,04.
O prefeito Ricardo Nunes destacou os resultados alcançados com a concessão. “Depois de longos anos em que a cidade de São Paulo buscou fazer a concessão do Serviço Funerário, a Prefeitura conseguiu implantar a medida. Não teremos aumento da tarifa e haverá o aumento de 10 para 23 agências, que prestarão o serviço ao munícipe. Vamos oferecer um serviço de qualidade aos cidadãos”, afirmou Nunes.
As concessões gerarão cerca de R$ 2,16 bilhões em benefícios econômicos para a cidade, entre o pagamento das outorgas, investimentos e impostos municipais. As empresas deverão substituir as quadras gerais por gavetas (com apresentação de estudo ambiental preliminar), manter as gratuidades integralmente e adotar um sistema de rastreamento e monitoramento de corpos e veículos, bem como a entrega do relatório de estoque das ossadas.
As empresas vencedoras também iniciarão o programa de intervenção com a apresentação do plano arquitetônico de intervenções e operacionais para execução das obras nos 22 cemitérios, além da reforma do crematório da Vila Alpina e a construção de três novos crematórios no município de São Paulo nos próximos quatro anos.
O mercado imobiliário em São Paulo apresentou crescimento em 2022, segundo pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis de São Paulo (SECOVI-SP) com base em levantamento da Propdo, empresa israelense que fornece soluções em software para tomada de decisão no segmento imobiliário. De acordo com a pesquisa, 63,6 mil imóveis foram comercializados no município de São Paulo entre janeiro e novembro do ano passado, uma elevação de cerca de 10,6% em relação ao mesmo período de 2021, quando o número foi de 57,4 mil.
De acordo com Nathan Varda, head da Propdo, alguns bairros se destacaram nesse resultado positivo em razão de fatores como proximidade do centro, fácil acesso ao transporte público coletivo (linhas de ônibus e estações de trem e metrô) e projetos de revitalização, reformas e modernização dessas regiões, como é o caso da Barra Funda, aqui na Zona Oeste. O bairro aparece em quarto lugar entre os que mais comercializaram apartamentos residenciais no ano passado, com um total de 915 unidades vendidas, atrás da Bela Vista (1.146), Indianópolis (1.127) e Higienópolis (987). Além disso, segundo ele, “o município de São Paulo tem voltado a ser muito procurado por investidores, o que estimula o surgimento de um ciclo contínuo de expansão”.
A pesquisa também aponta que as regiões centrais recebem constantemente mais investimentos em novos edifícios com apartamentos residenciais, enquanto que a construção e lançamento de casas nessas áreas é cada vez menor. “Cenário oposto verificamos em bairros mais periféricos, que costumam ser predominantemente residenciais e ainda há mais aportes em casas que em apartamentos”, diz Varda.
Aqui na região da Lapa e Leopoldina, Luciana Borges, dona da Luciana Imóveis, tem essa mesma percepção. “O mercado está bombando porque, com o clima de instabilidade econômica que ainda assusta, muitas pessoas não querem deixar o dinheiro parado e preferem investir em imóveis”, explica. Já Jeanne Oliveira, do setor de locações da Kaza Ribeiro Negócios Imobiliários, afirma que embora o segmento de aluguéis seja bastante flexível, com oscilações sazonais, a pandemia gerou um fluxo de demanda por apartamentos com maior metragem e mais dormitórios. “Isso porque quem morava, por exemplo, em um imóvel com dois dormitórios, precisou de mais espaço para montar um home-office”, explica. Segundo ela, os bairros da região com maior procura por locação são a Vila Leopoldina, Hamburguesa, Água Branca e Vila Anastácio. “A expectativa da expansão da linha do metrô para essa área é um dos fatores da alta procura”, diz.
No contexto do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, integrantes do Fórum Regional das Mulheres da Zona Oeste realizaram um encontro feminino, com direito a café da manhã compartilhado, na Praça Adroaldo Barbosa Lima, em frente ao córrego que nasce no Pelezão e cruza o Alto da Lapa e a Leopoldina.
Com troca de ideias, performance de “coro feminino” ao som de violão e alegorias ambientais colocadas no gradil do córrego, as mulheres da Leopoldina e vizinhança lembraram a data mundial, destacando que não se trata de um dia de homenagens, mas sim de luta, como frisou Luciana Pazzini, coordenadora do Fórum Social Leopoldina. “Fico pensando na luta pelos direitos sociais, que estão ligados às pautas femininas”, disse Luciana, que lembrou as campanhas feitas pelo Fórum Social no combate à pobreza menstrual, sobretudo na época do auge da pandemia.
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São do PT os nomes que compõem a nova diretoria da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa estatal sob responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). O ministro Paulo Teixeira (PT) confirmou, esta semana, na presidência do entreposto Jamil Yatim, que durante o governo Dilma Rousseff foi diretor financeiro da Ceagesp. Como diretor financeiro, assume Hamilton Motta, indicado por Teixeira para presidência interina da companhia em janeiro deste ano. Compondo o trio da diretoria, foi indicado ainda o nome de José Lourenço Pechtoll no setor Técnico Operacional. Pechtoll também já passou pela administração da Ceagesp e chega com muita bagagem no setor de segurança alimentar.
Jamil Yatim comandará uma empresa com ramificação em várias cidades paulistas. Na Capital, o entreposto da Ceagesp, localizado na Vila Leopoldina, é o maior da América Latina e centro de interesses do governo de São Paulo desde a gestão do governador Geraldo Alckimin.
O sucessor de Alckmin, João Doria, chegou a definir com o ex-presidente Jair Bolsonaro planos para transformar o terreno da Ceagesp, uma área de 700 mil metros quadrados na Avenida Gastão Vidigal, em um gigantesco polo de tecnológico capaz de receber empresas como Microsoft, Google, Amazon, entre outras. A ideia não vingou por conta dos fortes embates que Doria e Bolsonaro tiveram durante a pandemia de Covid 19. Logo que assumiu o governo de São Paulo, este ano, o governador Tarcísio de Freitas retomou a proposta de Doria e abriu diálogo com o governo Lula, que ainda mantém posicionamento favorável á não privatização da Ceagesp, o que não significa dizer que a venda do terreno na Leopoldina seja inegociável.
O fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em seu caráter universal e a maior transparência dos serviços prestados pelas Organizações Sociais de Saúde (OSS), que gerenciam equipamentos os públicos. É com essas premissas que os conselheiros de Saúde, representando a sociedade civil nos Conselhos Gestores na ampla rede de atendimento municipal, irão se posicionar na Pré-Conferência da Saúde setor Lapa-Pinheiros, maracda para o dia 11 de março (sábado), das 8h às 17h, no auditório do Senac, unidade da Rua Faustolo, 1347.
“Nesse encontro vamos definir as propostas e diretrizes que Lapa e Pinheiros levarão para a Conferência Municipal de Saúde, que acontecerá no final de abril (28, 29 e 30), além de elegermos os delegados que representarão as duas regiões nesse grande evento”, explica Rubens Alves Pinheiro Fillho, representante da Zona Oeste no Conselho Municipal de Saúde.
Na segunda-feira, 27, conselheiros gestores da Lapa e Pinheiros participaram de um “esquenta” da Pré-Conferência, numa reunião conjunta no auditorio da Biblioteca Mário Schemberg, na Rua Catão, na Vila Romana. O encontro foi marcado por uma série de intervenções com críticas ao modelo de gestão da Saúde Pública, entregue ao setor privado via OSS. “Não criticamos muito menos atacamos os trabalhadores das organizações de saúde. Pelo contrário, somos solidários a eles. O que não funciona, no nosso entender, é a gestão das OSS, um serviço cheio de lacunas e nada transparente no que diz respeito a números do antendimento SUS e, sobretudo, no que diz respeito à utlização dos recursos finaceiros aportados pelo poder público”, afirma Rubens Pinheiro.
Os moradores da Vila Leopoldina e Alto da Lapa vivem, atualmente, com uma sensação de grande insegurança, tanto em casa quanto nas ruas, alimentada pelas redes sociais, que viralizam casos de crimes na região. Apenas no mês de fevereiro, relatos dão conta de um furto de carro no estacionamento da Droga Raia na Rua Carlos Weber; do arrombamento do portão da garagem de um edifício na Rua Brentano, onde quatro adolescentes conseguiram furtar capacetes e peças de motos; e de um assalto a um pedestre, também na Carlos Weber, durante o qual o assaltante disparou contra a vítima para roubar um relógio e outros objetos, mas por sorte a arma falhou. Isso sem contar os famosos golpes com maquininha de cartão, como o do bolo de aniversário, onde um suposto entregador do IFood chega dizendo que o morador está recebendo um presente de um conhecido, mas para ganhar o bolo ele precisa pagar a taxa da entrega. Ao passar o cartão, no entanto, esse valor, que seria irrisório, se transforma em um número com três dígitos, desfalcando a conta da vítima.
Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina (Conseg), Roberto Bortoni, a percepção do aumento da criminalidade na área é real, e os vídeos e fotos divulgados nas redes sociais ajudam a potencializar a sensação de insegurança. ”Os crimes na Leopoldina e Alto da Lapa, sem dúvida, aumentaram nos últimos meses, mas, em compensação, a produtividade da polícia também aumentou consideravelmente, com o registro de um número maior de inquéritos e flagrantes”, destaca. De acordo com os números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, os furtos em geral cresceram 25% na região em 2022 e os furtos de veículos aumentaram 16%. Mas, no mesmo período, houve também um crescimento de 19% na abertura de inquéritos, de 17% no número de prisões e de 10% no total de flagrantes.
Para Bortoni, uma forma dos moradores colaborarem com a polícia é participar de ações preventivas, como a Vizinhança Solidária, além de buscar orientação e dividir informações participando das reuniões mensais do Conseg.
Embora reconheça o aumento da criminalidade na Leopoldina e região, o capitão Márcio Essaki , comandante da 2ª Cia. Do 4º BPM-M, responsável pelo patrulhamento na área, ressalta que o bairro não é violento, em comparação com outras regiões da cidade. De acordo com ele, 80% das ocorrências registradas aqui são de estelionato, crime preferido pelos bandidos porque eles correm menos riscos e podem ganhar mais. Segundo o comandante, a divulgação ostensiva dos casos por moradores nas redes sociais, ao mesmo tempo que algumas vezes ajudam nas investigações da polícia civil, geram essa sensação de insegurança.
O capitão explica que a PM está nas ruas, atuando tanto de forma preventiva quanto no atendimento às ocorrências. “Mas a população pode e deve ajudar nesse trabalho, sendo os olhos e ouvidos da política. Diante de qualquer suspeita, ninguém deve hesitar de ligar para o 190. Dessa forma, o nosso trabalho pode ser cada vez melhor”.