Pesquisa indica alta em 2022 e bairros da região acompanham boom

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Foto: Divulgação

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Leopoldina está entre os bairros com maior crescimento

O mercado imobiliário em São Paulo apresentou crescimento em 2022, segundo pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis de São Paulo (SECOVI-SP) com base em levantamento da Propdo, empresa israelense que fornece soluções em software para tomada de decisão no segmento imobiliário. De acordo com a pesquisa, 63,6 mil imóveis foram comercializados no município de São Paulo entre janeiro e novembro do ano passado, uma elevação de cerca de 10,6% em relação ao mesmo período de 2021, quando o número foi de 57,4 mil.

De acordo com Nathan Varda, head da Propdo, alguns bairros se destacaram nesse resultado positivo em razão de fatores como proximidade do centro, fácil acesso ao transporte público coletivo (linhas de ônibus e estações de trem e metrô) e projetos de revitalização, reformas e modernização dessas regiões, como é o caso da Barra Funda, aqui na Zona Oeste. O bairro aparece em quarto lugar entre os que mais comercializaram apartamentos residenciais no ano passado, com um total de 915 unidades vendidas,  atrás da Bela Vista (1.146), Indianópolis (1.127) e Higienópolis (987). Além disso, segundo ele, “o município de São Paulo tem voltado a ser muito procurado por investidores, o que estimula o surgimento de um ciclo contínuo de expansão”.

A pesquisa também aponta que as regiões centrais recebem constantemente mais investimentos em novos edifícios com apartamentos residenciais, enquanto que a construção e lançamento de casas nessas áreas é cada vez menor. “Cenário oposto verificamos em bairros mais periféricos, que costumam ser predominantemente residenciais e ainda há mais aportes em casas que em apartamentos”, diz Varda.

Aqui na região da Lapa e Leopoldina, Luciana Borges, dona da Luciana Imóveis, tem essa mesma percepção. “O mercado está bombando porque, com o clima de instabilidade econômica que ainda assusta, muitas pessoas não querem deixar o dinheiro parado e preferem investir em imóveis”, explica. Já Jeanne Oliveira, do setor de locações da Kaza Ribeiro Negócios Imobiliários, afirma que embora o segmento de aluguéis seja bastante flexível, com oscilações sazonais, a pandemia gerou um fluxo de demanda por apartamentos com maior metragem e mais dormitórios. “Isso porque quem morava, por exemplo, em um imóvel com dois dormitórios, precisou de mais espaço para montar um home-office”, explica. Segundo ela, os bairros da região com maior procura por locação são a Vila Leopoldina, Hamburguesa, Água Branca e Vila Anastácio. “A expectativa da expansão da linha do metrô para essa área é um dos fatores da alta procura”, diz.

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