Lapa tem novo subprefeito
O advogado Ismar Marcílio de Freitas Neto, que atuava como Diretor Técnico da Secretaria de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, assume agora a Subprefeitura Lapa, no lugar do coronel Marcus Vinícius Valério. Após pouco mais de sete meses no comando da Lapa, Valério será deslocado para a Subprefeitura Mooca.
Nos bastidores, comenta-se que a indicação de Freitas Neto vem do gabinete do vereador Rubinho Nunes (UNIÃO). Com a troca, a Lapa tem o quarto gestor num período de apenas dois anos. Em agosto do ano passado, Valério assumiu o posto na região após vir a público o escândalo envolvendo a subprefeita à época, Fernanda Galdino, acusada de corrupção. Antes de Fernanda, Caio Vinícius Luz ficou no cargo menos de 100 dias.
GCM Lapa recebe quatro novas viaturas para reforçar atendimento a ocorrências
A Inspetoria Lapa da Guarda Civil Metropolitana (GCM), que atende os bairros sob administração da Subprefeitura Lapa, recebeu na semana passada quatro novas viaturas para modernização de sua frota e reforço do atendimento a ocorrências. Com isso, a frota da GCM Lapa ganhou um veículo a mais e teve suas três antigas viaturas substituídas.
A renovação das viaturas faz parte de uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo, que entregou 271 novos carros para modernizar toda a frota da Guarda Civil do município, melhorando a sua infraestrutura e, assim, oferecendo mais apoio técnico aos guardas. Por estarem em regime de locação, a cada período de renovação dos contratos, os automóveis da GCM são trocados. Também foram entregues 64 novos carros para as equipes de rua da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
O prefeito Ricardo Nunes assinou, ainda, autorização para contratação de 500 novos guardas civis metropolitanos, além dos mil que já estão em treinamento. “A gente vai cada vez mais reforçar a nossa Guarda Civil Metropolitana e a Secretaria de Segurança Urbana, destacou o prefeito. “Nós temos que sempre buscar o reconhecimento da população ao nosso trabalho, isso demonstra que estamos no caminho correto. Nós estamos aqui para servir a população”, completou.
Segundo o comandante da Inspetoria Lapa, Aldo Fernandes, a atual administração tem trabalhado muito para melhorar a segurança na cidade. “O prefeito tem investido em aumento do efetivo, uniformes, armamentos, transporte e inteligência da Guarda Civil. Tudo isso vem somar no esforço de oferecer um serviço de qualidade para a população”, ressalta.
A GCM atua no patrulhamento comunitário e preventivo em todas as regiões da cidade, através de rondas periódicas, além de ações de proteção às áreas de interesse ambiental e a segurança das mulheres vítimas de violência doméstica, garantindo o cumprimento das medidas protetivas. A Guarda também participa de operações em apoio aos demais órgãos de segurança, bem como realiza a proteção dos agentes públicos durante a execução dos serviços municipais.
95 anos do CIESP é comemorado com evento na Distrital Oeste
Foto: Arquivo JG

Na terça-feira, 28, a Distrital Oeste do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) reuniu associados e convidados para um evento especial de comemoração dos 95 anos de atuação da entidade, reconhecida ao longo de quase um século como uma força fundamental para impulsionar o setor industrial paulista.
Em mensagem enviada por vídeo, o presidente do CIESP, Rafael Cervone, salientou que a atuação da entidade suscitou uma mudança profunda no desenvolvimento do setor, que passou a contar com um órgão representativo capaz de defender seus interesses de maneira autônoma e estratégica. “Ao longo de quase 100 anos, o CIESP seguiu firme na defesa do setor. Hoje, com cerca de oito mil associados, tem 42 diretorias regionais que promovem serviços como informação privilegiada; inteligência de mercado; assessoria jurídico-consultiva e técnica; assessoria econômica, para comércio exterior, infraestrutura, tecnologia industrial, responsabilidade social, meio ambiente e crédito; além de apoio em pesquisas, feiras, simpósios, rodadas de negócios, cursos e convênios”, lembrou.
Cervone ressaltou que, atualmente, a luta da entidade tem sido no sentido de reduzir a elevada carga tributária e as altas taxas de juros que incidem sobre o setor no país, acabar com a burocracia e a insegurança jurídica, além de aumentar o crédito. “Com as transformações e avanços tecnológicos, o setor chegou a representar 25% do PIB brasileiro, mas sua participação decaiu nos últimos 40 anos, situando-se hoje em 11,3%. Mesmo assim, arca com o maior volume no bolo tributário total, em torno de 30%. Tal desproporção afetou muito a competitividade e a capacidade de investimento da indústria nacional”, explicou. O presidente do CIESP enfatizou, por outro lado, que a indústria tem plenas condições de responder aos desafios e oportunidades. “Para isso, estamos fazendo nossa parte, com a disseminação dos preceitos da economia verde, substituição de fontes de energia, governança ambiental, social e corporativa, digitalização e apoio às empresas”, disse.
Já o diretor titular do CIESP Distrital Oeste, Rodolfo Ignácio Vieira Filho, lembrou o importante trabalho desenvolvido pela distrital em toda região. “Hoje atendemos mais de 150 indústrias localizadas em toda Zona Oeste da capital paulista e nos municípios vizinhos de Caieiras, Francisco Morato e Franco da Rocha, apoiando o meio empresarial com toda a gama de serviços oferecidos pelo CIESP”.
Acolhidos do Zancone participam de cursos profissionalizantes do SENAC
Como forma de reinserir moradores de rua no mercado de trabalho, o Centro de Acolhida Zancone, localizado na Vila Leopoldina, tem uma parceria firmada com o SENAC para oferecer cursos profissionalizantes aos ‘conviventes’ que utilizam o local. No ano passado, três turmas foram formadas: uma em Jardinagem, outra em Portaria e Vigilância e uma última em Reposição de Produtos. No início deste ano, novas vagas foram abertas para a formação de porteiros e vigilantes.
Os cursos, com duração de cerca de 180 horas, são dados na própria sede do Zancone. Para isso, explica a gerente Rosana Amaral, foi realizada uma reforma na infraestrutura do albergue, que ganhou uma sala especialmente destinada às aulas. “Toda essa mudança deu bastante trabalho, mas valeu a pena, pois a formação de excelência oferecida pelo SENAC dá a chance a essas pessoas de serem protagonistas de sua própria história, ganhando uma nova perspectiva de vida”, ressalta.
Com diploma na mão, alguns participantes até já conseguiram colocação no mercado. “Isso porque o próprio SENAC encaminha os currículos para as vagas disponíveis”, explica Rosana. José Antonio Abdalla, de 60 anos, que frequenta o Zancone há 10 meses após deixar o sistema prisional, é um dos que encontrou trabalho. “Aqui fui muito bem acolhido e tive a oportunidade de refazer minha vida”, afirma. “Quando soube dos cursos, logo me inscrevi no de Jardinagem e hoje já faço trabalhos em terminais de ônibus da Zona Sul”, conta ele, que agora faz parte da segunda turma do curso de portaria e vigilância.
Administrado pelo Instituto Rogacionista, o Centro de Acolhida Zancone atende homens em situação de rua vindos de várias regiões da cidade. Hoje, cerca de 100 conviventes residem no local, 50 utilizam serviços de lavagem de roupa, banho e almoço e 20 utilizam de modo temporário o serviço de banho e pernoite. Lá, eles também recebem acompanhamento psicossocial e participam de diversas atividades artísticas, além de palestras, saraus e passeios a parques, museus e cinemas. “Ao mesmo tempo que estipulamos regras rígidas, procuramos dar um atendimento carinhoso, que realmente motive a uma mudança de atitude”, explica a gerente.
Casa Mário de Andrade propõe passeio pela Lapa
A extensa programação da Casa Mário de Andrade, localizada na Barra Funda, abre espaço para conhecer ou revisitar um dos bairros mais antigos da cidade: a Lapa. Na série de encontros Transbordamentos de 22 (no contexto do centenário da
Semana de Arte Moderna de 1922), o Núcleo de Ação Educativa apresenta o tema “Pelos Caminhos da Lapa de Belazarte”. Os participantes do evento poderão fazer um passeio imersivo pela história da Lapa, inspirado na obra Os contos de Belazarte , de Mário de Andrade.
A região é cenário da maioria dos contos do livro. Todas as histórias acontecem na São Paulo da década de 1920. Cada conto tem um particular, mas, de modo geral, todos acabam levantando reflexões sobre as questões raciais e sociais do Brasil naquela época. O passeio acontece sábado, 29/4, das 10h às 13h, com ponto de encontro no Centro Cultural Tendal da Lapa. Endereço: Rua Guaicurus, 1100, Lapa
Inscrições: https://www.casamariodeandrade.org.br/ até 28/04 – 30 vagas
Na agenda da Casa Mario de Andrade destaque também para um balanço da Semana de 22, apresentando aspectos pouco debatidos como representantes da Música Popular Brasileira, do cinema e do teatro que não foram incluídos no evento. O palestrante será Jason Tércio, escritor e jornalista com mestrado em Literatura Brasileira e biógrafo de Mário de Andrade. Terça-feira, 11/4, das 19h às 21h. Atividade realizada por meio da plataforma Zoom. Inscrições https://www.casamariodeandrade.org.br/ até 11/04 – 300 vagas.
Santo Ivo e Positivo: parceria mantém tradição humanista e proposta pedagógica
O Colégio Santo Ivo, uma das instituições mais tradicionais e respeitadas de São Paulo, localizado na região da Lapa, anunciou que foi adquirido pelo Grupo Positivo, um dos maiores grupos educacionais do país. A união somará a experiência do Santo Ivo, conhecido por sua educação de qualidade, com a expertise do Grupo Positivo, que é referência e um dos líderes entre as escolas com foco no desenvolvimento integral do indivíduo por meio da educação.
A troca de administração, no entanto, não mudará a tradição humanista dos 56 anos de existência da Santo Ivo, que se consolidou como uma escola inovadora, que apresenta uma proposta pedagógica diferenciada – alicerçada em princípios humanistas e valores inerentes à cultura de paz –, além de ser voltada à formação integral e à inovação tecnológica, características que vem ao encontro do trabalho realizado pelo Grupo Positivo.
Segundo a ex-mantenedora do colégio, Myrna Ibrahim, a compra não mudará os valores, os princípios e a proposta pedagógica do colégio. “O Positivo compartilha da mesma tradição e do mesmo DNA que o Santo Ivo. Assim como nós, o Grupo Positivo faz parte da Unesco e preserva a cultura humanista dentro das escolas, por exemplo”, explica.
De acordo com o Gerente de Operações dos colégios do Grupo Positivo, Maurício de Oliveira Monteiro, a solidez financeira e a forma com que o Colégio Santo Ivo soube acompanhar a evolução na área da educação – sem perder de vista os interesses da comunidade -, é admirável e será mantida.
Com a aquisição, a expectativa é a de que o colégio invista ainda mais na formação e capacitação dos professores, utilizando a estrutura do Positivo, que possui um Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) em Curitiba, no Paraná, local onde iniciou a sua história.
“A proposta é que haja uma troca, possibilitando, assim, que os professores do Santo Ivo, ao mesmo tempo que aprendam conosco, possam levar suas experiências para aprimorar o trabalho em sala de aula. Por meio do CIPP, toda equipe tem acesso a cursos livres, grupos de estudos, encontros formativos e seminários, por exemplo, os quais resultarão em um ensino de qualidade aos estudantes”, explica Monteiro.
Apesar da aquisição, tanto o material didático quanto a equipe pedagógica, serão mantidas. O mesmo acontecerá com os funcionários da área administrativa. Até o nome Santo Ivo, as cores e o logotipo do colégio continuarão os mesmos. Myrna – que é filha do fundador da escola, o professor José Carlos de Barros Lima -, continuará dando assessoria à equipe do Grupo Positivo. “Isso, inclusive, foi proposto pela diretoria do Positivo, que faz questão de manter a relação intensa e profunda que o Santo Ivo estabeleceu com a comunidade da região ao longo dessas cinco décadas, algo conquistado graças ao empenho do meu pai e que eu, com orgulho, dei continuidade”, diz.
Monteiro reforça que a proposta do projeto de expansão do Grupo Positivo, que hoje totaliza 22 escolas, distribuídas em três estados e oito cidades, é respeitar as características e individualidades de cada colégio que integra o Grupo, levando em conta as expectativas e necessidades da comunidade onde está presente. “As escolas do Grupo Positivo usam livros didáticos de diversos fornecedores, nacionais e estrangeiros, que são analisados pelo CIPP e tem o seu uso adaptado para a realidade de cada colégio da rede. Por meio do trabalho cooperativo entre as diversas instituições de ensino, reforçamos a nossa missão de construir um mundo melhor por meio da educação de qualidade.”, ressalta.
Plano Diretor terá revisão ‘acalorada’
As audiências públicas que a Câmara Municipal de São Paulo organizará para debater o Projeto de Lei proposto pela Prefeitura para revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) – arcabouço legal que orienta o desenvolvimento e o crescimento da cidade – tendem a ser realizadas em clima de muita participação da sociedade civil organizada em defesa da qualidade de vida nos bairros.
Uma pequena amostra vem de um debate prévio organizado na segunda-feira, 20, justamente por moradores (Movimento Pró-Pinheiros) e coordenado pelo vereador Eliseu Gabriel (PSB). O seminário “Impactos e Perspectivas para a Cidade Decorrentes do Plano Diretor Estratégico” reuniu no Salão Nobre da Câmara representantes do associativismo nos bairros, vereadores, urbanistas e ambientalistas renomados, além de lideranças de movimentos populares. “Queremos um cara a cara com os vereadores e, melhor ainda, junto com os nossos parceiros de cidade”, disse Veronica Bilyk, coordenadora do Movimento Pró-Pinheiros. “Então nós estamos aqui falando não só por Pinheiros, mas por toda a extensão territorial da cidade. De uma certa forma, o panorama é semelhante, existem algumas diferenças, mas a verdade é que se nós moradores, associações, sentássemos à mesa, nós conseguiríamos organizar o que falta em um lugar, o que tem em excesso em outro. E os vereadores precisam ouvir isso da fonte, que são os moradores dos bairros”.
Para Lucila Lacreta, urbanista e diretora do Movimento Defenda São Paulo, a revisão do PDE deve ser verdadeiramente participativa e não algo puramente teatral. “A maioria da população quer uma cidade sustentável. Uma minoria, no entanto, quer liberar geral”, sustentou Lucila, que ao avaliar planejamento urbano numa metrópole como São Paulo aponta para uma mudança de modelo de gestão. “É impossível planejar a cidade a partir do Viauto do Chá (sede da Prefeitura). Temos 32 subprefeituras que teriam de ser unidades de planejamento urbano descentralizadas. E mais: cada subprefeitura tem os seus distritos, dos quais deveriam partir os Planos de Bairros (instrumentos de reordenação urbana regional já previstos no PDE e pouco usados)”, ressalta.
O vereador Eliseu Gabriel destacou a importância da ampliação do debate sobre a revisão do Plano Diretor Estratégico “Agora é a chance de melhorarmos o projeto, porque o PDE tem que ser melhor para a vida de todos que moram e trabalham nos bairros, que têm negócios em determinada região. É isso que nós precisamos fazer”, afirmou.