Subprefeita é exonerada após coordenador ser preso

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A subprefeita da Lapa, Fernanda Galdino, foi exonerada na quarta-feira (24) após o coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano da subprefeitura, Rogério Marin, ser preso em uma operação do Ministério Público, na terça-feira (23). O novo responsável pela administração regional é o coronel da Polícia Militar Marcus Vinícius Valério, que já foi subcomandante geral da PM. A substituição repercutiu entre moradores da região. “Temos inúmeros problemas na região a resolver, como enchentes, cracolândias, zeladoria, e nossa expectativa é que o novo subprefeito, que já foi corregedor da PM, possa colocar a subprefeitura no curso correto. O prefeito Ricardo Nunes fez uma boa escolha”, afirma Carlos Alexandre de Oliveira, Diretor de Relações de Governo da AVL.

A ação, chamada de Operação Vesúvio, investiga a venda de alvarás e cobrança de propina de comerciantes para a realização de eventos em ruas, principalmente na região da Pompeia. Segundo a investigação, os valores cobrados para a liberação chegavam a R$ 30 mil. Na casa de Marin foram encontrados R$ 20 mil em dinheiro e, além dele, também foi preso Aguinaldo Biasioli, que não é funcionário público, mas seria um intermediário no esquema de facilitação dos alvarás. Ele também foi preso em casa, onde foram encontrados US$ 12 mil. Fernanda Galdino será investigada e a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dela e na Subprefeitura Lapa.

O inquérito que levou às prisões é um desdobramento da denúncia realizada em 18 de abril pelo vereador Delegado Palumbo, que recebeu através de seus canais de comunicação a informação sobre um possível crime de corrupção. Em maio, o vereador acompanhou presencialmente a prisão em flagrante de uma funcionária da subprefeitura que cobrou R$ 15 mil de um comerciante para a liberação de TPU (Termo de Permissão de Uso) para trabalhar com um carrinho de comida na rua. “O papel do vereador é fiscalizar, já fiz diversas denúncias, não só na região da Lapa. Tem um contrato da Prefeitura, de teleconsultas, que estamos investigando. Pelo nosso levantamento, cada teleconsulta sai por mais de R$ 1000. Meu interesse é que toda as subprefeituras não se corrompam. Na Lapa eu recebo mais denúncias porque sou conhecido, transito por aqui, mas vemos problemas em diversos locais. Corrupção precisa combater com atitude”, disse o vereador ao JG.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Controladoria Geral do Município (CGM) e da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB), afirma que colabora com as investigações policiais desde maio deste ano, quando houve a prisão em flagrante da funcionária de carreira da Subprefeitura Lapa. A referida funcionária foi imediatamente exonerada da função de confiança, a exemplo do funcionário comissionado detido durante a Operação Vesúvio. A Prefeitura reafirma o seu repúdio a qualquer tipo de irregularidade, lamenta que servidores de carreira se envolvam em atos ilícitos, reitera que a punição será exemplar dentro dos limites da legalidade e se mantém à disposição da polícia e das autoridades competentes.

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