Se você não abre mão da ‘ferveção’ dos megablocos ou é daqueles que preferem se divertir com a família nos bloquinhos de rua, nossa região está cheia de opções para curtir o Carnaval. No total, 30 blocos vão ganhar as ruas da Lapa, Perdizes, Pompeia e Barra Funda, com desfiles que começam logo cedo, às 10 horas, terminando antes do almoço, e outros que têm início à tarde e se dispersam por volta das 19h (Confira a programação completa no site do JG, pelo link: https://jornaldagente.tudoeste.com.br/2025/02/22/carnaval-confira-os-blocos-que-vao-agitar-a-regiao-nos-quatro-dias-de-folia/).

Seja qual for a opção escolhida, fique atento aos objetos que não serão permitidos durante os desfiles: além de objetos cortantes e garrafas de vidro, os foliões não poderão entrar com bastão de selfie, guarda-chuvas, coolers, skates e bicicletas.

Os moradores da Vila Romana e da Ipojuca têm relatado nas redes sociais uma série de casos de assaltos a pedestres na região, que são abordados por bandidos armados e com motos que levam jóias, como alianças e colares. Além disso, segundo os relatos, ainda é grande o número de roubos e furtos de celulares nesses bairros.

Como forma de chamar a atenção para o problema, foi organizada, no domingo, 23, uma passeata pedindo por mais segurança na área. A manifestação aconteceu na Praça Claudino César, às 10 horas e os manifestantes circularam pelas ruas vizinhas.

De acordo com o comandante da 1ª Cia. do 4º Batalhão, capitão Diego Fernandes, responsável pelo policiamento na área, nas últimas semanas tem havido, de fato, um aumento no número de ocorrências do tipo na região. “Como resposta a isso, intensificamos o patrulhamento na área, incluindo abordagens e bloqueios de trânsito com foco em motocicletas”, explica o capitão. “Essas ações resultaram em três prisões em flagrante, 42 bloqueios com um total de 111 pessoas abordadas, além de 92 motos fiscalizadas e sete veículos apreendidos nós últimos 14 dias”, ressaltou.

O capitão explica que a maioria dos crimes ocorridos na região da Romana e da Ipojuca são chamados de oportunidade, ou seja, realizados por um bandido de forma isolada. “Não identificamos a presença de gangues atuando por aqui”, afirma Fernandes.

Já na área da Leopoldina, o presidente do Conseg, Roberto Bortoni, e a presidente da Assampalba, Carla Banieti, se reuniram com o vice-prefeito, coronel Melo Araújo, e com o comandante do 4º BPM, coronel Helder, para alinhar questões de segurança no bairro.

“Quero trazer a população para perto de mim”

Em sua primeira entrevista à imprensa, logo depois de ser nomeado subprefeito da Lapa, o coronel Paulo Telhada, deu o tom de sua administração, afirmando que fará uma gestão transparente e participativa, levando a comunidade para dentro da subprefeitura. Segundo ele, o objetivo do secretário das Subprefeituras, Fabrício Cobra, é trabalhar fortemente a região da Lapa, como parte do projeto de revitalização do centro expandido da cidade. A seguir, os principais pontos destacados pelo novo subprefeito em entrevista exclusiva ao JG:

Zeladoria verde

“Nosso problema número um é resolver a questão envolvendo o contrato de manejo arbóreo, poda e retirada de árvores, que por uma questão burocrática se encontra parado no Tribunal de Contas. Vou me incumbir pessoalmente de agilizar o fechamento do contrato, para que tenhamos a empresa contratada ainda em março. A previsão é de contarmos com seis equipes trabalhando nesse tipo de serviço, sendo que hoje contamos com apenas duas, emprestadas de outras subprefeituras. Esse atraso faz com que tenhamos 1.300 solicitações envolvendo manejo arbóreo acumuladas em nosso sistema.

Manutenção e fiscalização

“Minha intenção é aumentar as equipes de manutenção e limpeza de praças, canteiros, galerias e bocas de lobo, além de aumentar o efetivo que atua na fiscalização. Temos hoje, por exemplo, apenas quatro equipes atuando no corte de grama, queremos licitar mais quatro. Tudo isso exige mais recursos, por isso, já no curto prazo, quero levar essas propostas para o secretário Fabrício Cobra, e contar com o apoio dele para conseguir as verbas necessárias para isso”.

Discrepâncias entre os distritos

“Vemos claramente uma discrepância muito grande dos distritos mais periféricos, como Jaguaré e Vila Jaguara, em relação à Lapa, Perdizes e Leopoldina. Com uma área tão grande para trabalhar, fica complicado. O ideal seria remanejar os distritos do Jaguaré e Jaguara para outras subprefeituras. Quero retomar esse assunto, que já esteve em discussão no governo Haddad mas não foi aprovado no Legislativo, com o secretário Cobra”.

Segurança

“Sabemos que a segurança é uma das maiores preocupações dos moradores da Lapa e região. Com as novas atribuições da Guarda Civil Metropolitana, que agora tem poder de polícia, poderemos contar com esse efetivo para melhorar a segurança em nossa área. Já vou sentir o trabalho da GCM agora, durante o Carnaval”.

Loteamento das subs

“Sou contra o loteamento das subprefeituras para os vereadores. As subs existem para assessorar o Executivo. E quando temos os subprefeitos à disposição dos vereadores, ficamos presos a interesses políticos. Acho importante que o Legislativo agregue ao nosso trabalho, mas sem interferir em nossas ações”.

Deputado federal suplente pelo PP, Paulo Adriano Lopes Telhada, conhecido como coronel Telhada, assume, agora, o comando da Subprefeitura Lapa, sendo o oitavo subprefeito da região desde que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi eleito para sua primeira gestão, em 2022. A nomeação de Telhada, publicada no Diário Oficial da terça-feira, 25, foi uma escolha direta de Nunes – e não uma indicação vinda do Legislativo municipal, como é comum nas nomeações de subprefeitos. Ricardo Nunes já havia feito o convite para que o coronel assumisse o cargo no final do ano passado, durante a campanha eleitoral, quando exonerou o então subprefeito Luiz Carlos Smith Pepe. O nome de Telhada foi sugerido ao prefeito pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Paulo Telhada substitui o também coronel José Marcelo Costa, que estava à frente da Subprefeitura Lapa desde setembro do ano passado.

Morador da Lapa, 63 anos, o novo subprefeito da foi um dos oficiais fundadores do Gate e comandou o pelotão da Rota como 2º e 1º Tenente, de 1986 a 1992. Como oficial superior Polícia Militar, também atuou como subdiretor de Pessoal da PMESP e chefe do Estado Maior do Comando de Policiamento de Área Metropolitano-7, em Guarulhos; comandou o 7º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (área central de São Paulo).

Após entrar para a reserva, em 2011, Telhada passou a se dedicar à carreira política. Foi vereador da capital paulista em 2013 e 2015 e deputado estadual de 2015 a 2023, integrando a bancada da bala.

Segundo fontes ouvidas pelo JG, já é dada como certa a nomeação do atual suplente de deputado federal e ex-deputado estadual e vereador por São Paulo, Coronel Telhada (PP), como novo subprefeito da Lapa. Representante da chamada Bancada da Bala, Telhada, que mantém um escritório político na região da Lapa, teria aceito um convite pessoal do prefeito Ricardo Nunes para assumir o cargo. (Foto: Divulgação)

A Subprefeitura Lapa está em fase de conclusão do processo de licitação para a contratação de empresa para a realização de serviços de manejo arbóreo (remoção de árvores e retirada de tocos) nos distritos da região.

De acordo com o coordenador de governo local da Sub Lapa, Lucas Sanchez Ramos, a empresa vencedora do processo licitatório, a Provac, entrou com recurso devido a não aprovação, por parte do poder público, do atestado de capacidade técnico apresentado. “Sendo assim, a licitação ainda não pôde ser concluída, mas o resultado deve sair em breve”, informa ele. “O segundo passo, será fazermos a nota de empenho, para disponibilizar os recursos financeiros aprovados para a contratação”.

Atualmente, a Subprefeitura Lapa está defasada de equipes para a realização dos serviços de manejo arbóreo e, segundo Ramos, vem trabalhando com duas equipes extras emprestadas da Sub Pinheiros. A empresa que vencer a licitação, explica o coordenador, deverá disponibilizar seis equipes para esse trabalho.

Para a prevenção de alagamentos nesta época de chuvas, a Prefeitura iniciou a Operação São Paulo Limpa. A ação acontece, simultaneamente, nas 32 subprefeituras da cidade, aos sábados, com foco na limpeza de galerias e bocas de lobo. Em um primeiro momento, a prioridade tem sido intensificar as ações de zeladoria em regiões com histórico de descarte irregular de lixo e alagamentos.

Na primeira edição do programa, realizada na madrugada de quarta-feira, 29/1, foram recolhidas 28 toneladas de lixo das galerias e bocas de lobo na Avenida Nações Unidas, na Zona Sul da cidade, com mais de 300 funcionários mobilizados ainda para retirada de entulho, limpeza de boca de lobo, corte de grama e varrição.

A Operação, que se soma aos serviços regulares de zeladoria da cidade, também tem o objetivo de sensibilizar a população sobre o correto descarte do lixo em locais apropriados ou em horários adequados. Nesta época de chuvas, até mesmo o lixo domiciliar, se for colocado em horário diferente da coleta, agrava a ocorrência de enchentes.

“Todos os sábados, haverá um mutirão com diversos serviços como poda, varrição, tira entulho e limpeza de ruas e galerias. Cada subprefeito vai mapear os locais que possuem áreas com histórico de descarte irregular e registro de pontos de alagamento para concentrar esses esforços”, afirma Fabricio Cobra, secretário das Subprefeituras.

Somente no ano de 2024, a Secretaria Municipal das Subprefeituras retirou das ruas mais de 114 mil toneladas de entulho descartadas de forma irregular pela cidade.

É importante lembrar que a cidade de São Paulo conta com 128 ecopontos para o descarte, além de realizar a Operação Cata-Bagulho, que percorre as vias da capital, pelo menos uma vez por mês, fazendo a coleta gratuita de objetos volumosos e materiais sem uso.

Neste ano, a SMSUB, por meio da Secretaria Executiva de Limpeza Urbana (SELIMP), intensificou as ações para combater o descarte irregular de resíduos sólidos na capital. Em 2024, foram aplicadas 319 multas por descarte irregular, com base na Lei 13.478/2002. Além disso, a coleta de entulho descartado de forma irregular no mesmo ano resultou em mais de 13.800 pesagens e a remoção de mais de 114.000 toneladas de resíduos das vias públicas, com destino ambientalmente adequado.