Miguel Falabella sobe ao palco em consagrado musical
Após mais de três décadas de carreiras representativas Miguel Falabella e a dupla Charles Möeller & Claudio Botelho finalmente estarão juntos em um mesmo projeto no Teatro Villa Lobos. E não é qualquer montagem: ‘Kiss me, Kate- O Beijo da Megera’ – é o primeiro musical Cole Porter montado no Brasil e reúne clássicos do famoso compositor americano, como ‘So In Love’ e ‘From This Moment On’, todas vertidas para o português por Claudio Botelho.
Uma das responsáveis pela reunião dos ícones é a atriz Alessandra Verney, que protagoniza o espetáculo ao lado de Falabella e cujo início de carreira foi marcado por ‘Cole Porter – Ele Nunca Disse que me Amava’, sucesso de Möeller&Botelho em 2000 que ajudou a catapultar o renascimento do Teatro Musical no Brasil.
‘Kiss me, Kate’ é o maior sucesso de toda a carreira de Cole Porter. A primeira montagem estreou em dezembro de 1948 e alcançou a marca de inacreditáveis 1077 apresentações, além de receber cinco prêmios Tony nas categorias Musical, Compositor, Autor, Figurino e Produção. A versão inglesa estreou em 1951 e chegou a mais de 400 sessões. Em 1953, o musical deu origem a um filme homônimo, com Howard Keel (Fred Graham / Petruchio) e Kathryn Grayson (Lilli Vanessi / Catarina) e direção de George Sidney. O cinquentenário da obra (1999) foi comemorado em grande estilo, com um aclamado revival na Broadway, indicado a 12 prêmios Tony e premiado, assim como o original, com cinco troféus: Melhor Revival, Ator, Direção, Orquestração e Figurino. A montagem recebeu ainda 10 indicações e seis prêmios Drama Desk.
O Teatro Villa Lobos fica no Shopping Center Villa Lobos (Av. Drª Ruth Cardoso, 4777). Apresentações: sábados, às 17h e 21h, e domingos, às 17h. Ingressos de R$ 25 a R$ 200. Vendas pela internet (http://www.sympla.com.br) ou presencialmente, na bilheteria do Teatro Villa Lobos (nos dias do espetáculo, 2h antes do horário do espetáculo até o início da apresentação).
SESC embala agosto com samba e MPB
A segunda quinzena deste mês convida para ótimos eventos musicais. Nos dias 16 e 17 (quarta e quinta-feira), às 21h30, no espaço Comedoria, quem agita o palco do Sesc Pompeia é Dudu Nobre, que apresenta sucessos de sua carreira como compositor e intérprete. Ingressos na bilheteria (Rua Clélia, 93 – Lapa) e on-line: R$ 15 a R$ 50 (www.sescsp.org.br/unidades/pompeia/)
Durante anos, Dudu trabalhou como cavaquinista de artistas consagrados, como Almir Guineto (1946-2017), Dicró (1946-2012) e Zeca Pagodinho, seu padrinho no mundo da música. Quando lançou seu primeiro disco solo, em 1999, despontou imediatamente nas paradas de sucesso e construiu uma sólida carreira desde então. Seus trabalhos mais recentes são os singles “Tão Só” e “Nêga, nêga, nêga”, lançados em 2019.
No Carnaval do Rio de Janeiro, Dudu Nobre ganhou prêmios de melhor samba-enredo em duas ocasiões. Em 2014 com a composição “Sou a Terra de Ismael, Pra Você Tiro o Chapéu” (Unidos da Viradouro) e em 2022 com “Canta, Canta, Minha Gente! A Vila É de Martinho” (Unidos de Vila Isabel)
Também na quinta-feira 17, no Teatro do Sesc, quem sobe ao palco é Fátima Guedes, que apresenta uma conversa sobre a regeneração do Brasil nos próximos anos. O repertório é todo autoral e as canções costuram reflexões cheias de afeto e cidadania. Músicas antigas, músicas inéditas pra chorar, rir e pensar, com o capricho de sempre e muito bom humor. A cantora estará acompanhada de Jean Charnaux (violão), Ney Conceição (baixo) e Flávio Santos (percussão). Ingressos: R$ 12 a R$ 40.
Fátima iniciou sua carreira nos anos 70. Em 1979, pelo selo Odeon, que lançaria os três primeiros discos. O primeiro sucesso radiofônico foi Mais uma boca (1980), que concorreu no Festival MPB/Shell. O álbum Coração de louca (1988) foi um dos pioneiros do selo independente Velas, que seria lançada três anos depois pela dupla Ivan Lins/Vitor Martins, lançando ainda os três álbuns subsequentes: Pra bom entendedor… (1993), Grande tempo (1995), que teve duas canções indicadas para o extinto Prêmio Sharp de 1996 na categoria MPB, e Muito intensa (1999).
Diversos cantores têm no repertório músicas de Fátima Guedes, dentre os quais Simone, Maria Bethânia, Jane Duboc, Ney Matogrosso, entre outros artistas.
Dentre as muitas composições de Fátima, destacam-se: Flor de ir embora, Condenados, As pessoas, Pelo cansaço, Muito intensa, Absinto, Eu, Lápis de cor, Chora brasileira e Onze fitas
Região do Viaduto Antártica ganha área para esportes, pets e apresentações
Por meio do primeiro contrato de concessão de viaduto da cidade, a Praça Desembargador Washington de Barros Monteiro, nos baixos do Viaduto Antártica, na Água Branca, foi totalmente reformada. O espaço, que estava degradado, ganhou academia, playground, quadra de areia, palco multiuso, estacionamento para bikes, espaço para pets, horta e sanitários, passando a ser um espaço para atividades de esporte e lazer. No local, também funcionará Escola de Varejo para capacitar população vulnerável.
A inauguração do novo espaço acontece no sábado, 12, a partir das 13 horas. Em 2021, a Farah Service, empresa especializada em melhorias urbanas, venceu o processo de concessão da Prefeitura de São Paulo e iniciou o processo de revitalização da área do Baixo Antártica, que engloba, além da praça, as imediações do local.
A revitalização veio acompanhada de uma ação social voltada à população de baixa renda. A Escola de Varejo, projeto desenvolvido pelo Instituto de Desenvolvimento do Meio Ambiente Social, em parceria com a Farah Service e patrocínio da Alegrow, tem como objetivo capacitar pessoas desempregadas de baixa renda para o trabalho no comércio. Em sua primeira turma, a escola contará com dez alunos já pré-selecionados.
As aulas acontecerão em um contêiner naval instalado no Baixo do Viaduto Antártica pela Alegrow, braço do grupo Farroupilha, responsável pelos custos do projeto. A rede gaúcha também inaugura, no mesmo local, um outro contêiner onde funcionará sua primeira loja na capital paulista. “A capacitação terá a duração de seis meses e, ao final do curso, os alunos que mais se destacarem serão contratados pela Alegrow. Todos receberão um certificado, sendo indicados para outras redes de varejo”, conta o sócio fundador da empresa, Eduardo Costa.
Parque na Leopoldina continua sem previsão de reabertura
Segue indefinida a conclusão das obras no Parque Leopoldina – Orlando Villas Bôas, em área pertencente ao Governo do Estado de São Paulo. Fotos enviadas ao Jornal da Gente pelos conselheiros gestores do parque, Alexandra Swerts e Umberto Sarti, revelam que a área verde continua com obras em andamento em determinados setores, enquanto alguns equipamentos, como quadras de tênis, estão abandonados. Uma delas foi literalmente tomada pelo mato. A administração do parque diz que não há data definida para a reabertura.
O Parque Leopoldina – Orlando Villas Bôas foi inaugurado em janeiro de 2010, a partir de um acordo entre o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab. No amplo terreno 55 mil m², de propriedade da Sabesp, a prefeitura recebia autorização para efetivar um parque, com projeção de ser integrado à área municipal contígua de 38 mil m², onde funcionou, até 2004, uma usina de compostagem. Esse terreno da prefeitura, por lei, foi denominado, em 2008, Parque Orlando Villas Bôas e chegou a ter projeto urbanístico divulgado, mas jamais implementado. Ou seja, o Parque Orlando Villas Bôas nunca saiu do papel.
Em 2015, o parque ao lado (Leopoldina – Orlando Villas Bôas) foi interditado a pedido do Ministério Público, que levantou suspeita de contaminação do terreno, onde a Sabesp mantinha operações de tratamento de resíduos líquidos, em área não aberta ao público. Anos depois, em 2018, a Cetesb divulgou laudo certificando que a área de circulação pública não estava contaminada, o que possibilitaria a reabertura por parque pela prefeitura, algo que até agora não aconteceu, mesmo com investimentos de R$ 2 milhões em obras de recuperação.
Conferência Municipal aproxima prefeitura e Ceagesp
Realizada nos dias 4 e 5 de agosto, a VIII Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional propiciou o estreitamento de relações entre órgãos municipais e a Ceagesp, entreposto vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
O assessor técnico da diretoria da Ceagesp, Luiz Henrique Bambini, participou da abertura do evento enfatizando a importância do diálogo com diversos setores da sociedade civil e administração pública, como a Secretaria de Segurança Alimentar, Nutricional e Abastecimento. “Temos o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (do Governo Federal) recebendo fundos de R$ 71,6 bilhões para incremento da produção de alimentos. Temos (na cidade de São Paulo) o trabalho desenvolvido junto à agricultura urbana. Então, tudo o que é produzido precisa ser comercializado, no sentido de democratizar o acesso ao alimento saudável, produzido localmente com base em preceitos agroecológicos”, disse Bambini. “Não é possível que o alimento ultraprocessado custe mais barato que o alimento saudável. Podemos superar isso integrando as esferas federal, estadual e municipal”, acrescentou o assessor.
Para Bambini, a Ceagesp se apresenta como uma centralidade capaz de receber a produção dos agricultores urbanos, auxiliando-os na formação de preços de mercado. “Produzimos inúmeras informações que podem fortalecer os agricultores familiares, de modo que eles não acabem nas mãos dos atravessadores”.
A secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine, e o secretário de Segurança Alimentar, Nutricional e Abastecimento, Carlos Fernandes, conversaram com Luiz Bambini durante a conferência municipal, trocando ideias para projetos em parceria. Ao se manifestar na abertura do evento, Soninha lembrou os esforços da prefeitura em garantir segurança alimentar nas redes escolares e de assistência social. “Só com base no Programa Nacional de Alimentação Escolar a prefeitura distribui por dia quase 2 milhões de refeições para os alunos. Também no sistema de assistência social temos 100 mil refeições distribuídas diariamente”, explicou Soninha. Já Carlos Fernandes ressalta que está nos planos da secretaria a criação de cestas básicas, no âmbito do programa ‘Cidade Solidária’, voltadas para comunidades indígenas. “O cardápio será orientado por nutricionistas e levarão em conta as características alimentares desse público”.
Aberta Consulta Pública sobre Lei do Zoneamento
A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) colocou em consulta pública a Minuta Final para Revisão Parcial da Lei de Zoneamento. O documento ficará disponível até 25 de agosto. Os munícipes podem enviar sugestões para a Minuta Final pelo site Participe+, onde a consulta pública está on-line, ou através das audiências públicas virtuais a serem realizadas neste mês de agosto. O documento também será discutido em reuniões com órgãos colegiados, como o Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU) e a Câmara Técnica de Legislação Urbanística (CTLU).
A Revisão Parcial da Lei do Zoneamento tem o objetivo de rever aspectos pontuais para a melhoria da aplicação da legislação de 2016 e promover compatibilizações necessárias considerando a Revisão Intermediária do Plano Diretor Estratégico (PDE) de São Paulo.
Em maio, o município havia apresentado uma primeira versão de Minuta Final para a Revisão do Zoneamento, considerando o projeto de lei (PL 127/2023) elaborado pelo Executivo para a Revisão Intermediária do PDE. Diante da aprovação na Câmara Municipal de um projeto substitutivo para os ajustes no Plano Diretor, houve a necessidade, por parte da prefeitura, de apresentação de uma nova Minuta Final para a Revisão da Lei de Zoneamento.
A SMUL realizará cinco audiências públicas para debater a Minuta Final da Revisão Parcial da Lei de Zoneamento. Todos os encontros serão virtuais. Para participar, o munícipe deverá acessar o link do Microsoft Teams correspondente a cada debate. As audiências também serão transmitidas no canal da SMUL no Youtube.
A Audiência Pública Regional – CENTRO OESTE será realizada na terça-feira, 22, às 18h30. Concluídos os debates com a sociedade, o Projeto de Lei para a Revisão Parcial da Lei do Zoneamento será encaminhado à Câmara Municipal.
Sub Lapa e vereador Rubinho Nunes realizam mais uma ação na Leopoldina
A área do entorno da Avenida Gastão Vidigal, próxima à Ceagesp, tem sido alvo de megaoperações semanais, realizadas pela Subprefeitura Lapa com o apoio do vereador Rubinho Nunes (UNIÃO). As ações envolvem não apenas limpeza e remoção de entulho, mas a apreensão de drogas e armas e o encaminhamento dos moradores de rua existentes no local. Para tanto, além das equipes de zeladoria da subprefeitura, estão envolvidos nas operações a Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e agentes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).
“É muito importante ver o empenho do subprefeito da Lapa, Ismar de Freitas Neto, e do vereador Rubinho Nunes em apoiar a causa dos moradores da Leopoldina. Estamos preocupados em resolver a grave questão social dos moradores de rua que vivem na Gastão Vidigal, muitos deles usuários de drogas, o que implica também na questão da segurança, aumentando o número de crimes na região”, ressalta o presidente da Associação Viva Leopoldina, Umberto Sarti. “Ter uma ação contínua, e não apenas um dia ou outro, valoriza o esforço da sociedade civil unida da região e contribui para dar mais dignidade à população de rua e para diminuir a degradação e a criminalidade”, diz.
De acordo com Rubinho Nunes, as operações contínuas, com o apoio da SMADS, visam, especialmente, dar encaminhamento e acolhimento às pessoas que estão vivendo na rua, no entorno da Ceagesp. “O poder público tem abordado essa população no sentido de mostrar que há alternativas de acolhimento e também para fazer valer a lei, que permite as barracas na rua durante a noite. De dia, porém, elas precisam ser recolhidas, sendo que os sem-teto não podem deixar lixo ou entulho no local”, lembra. Já em relação à segurança, o vereador ressalta que, com as ações constantes, a polícia tem conseguido apreender armas, especialmente armas brancas, e celulares roubados. “A ideia é solucionar a questão social e, por tabela, melhorar a segurança no bairro”, diz.
Já Ismar de Freitas Neto destaca que as equipes da Subprefeitura Lapa estão empenhadas em trabalhar para manter os serviços essenciais em pleno funcionamento na área, incluindo varrição, instalação e manutenção de papeleiras, remoção de objetos volumosos e coleta manual. “É um verdadeiro exército laranja operando não só na Leopoldina, mas em toda área da Sub Lapa”, ressalta.
Memorial inaugura Clube do Livro Latino-americano
A produção literária latino-americana é destaque em nova atividade do Memorial da América Latina. A Fundação passou a sediar, a partir da quarta-feira, 2, das 19h às 21h, o Clube do Livro Latino-americano. O objetivo é ler e debater obras que foram produzidas por autores representativos de diferentes países do continente, uma vez ao mês.
Para o segundo semestre de 2023, as escolhas dos livros a serem debatidos são todos de autoria feminina. Os próximos livros já confirmados para o clube são: De amor e de sombra (1984), da chilena Isabel Allende, em 20/9; A autobiografia de minha mãe (1996), da caribenha Jamaica Kincaid, em 4/10); Exploração (2023), da peruana Gabriela Weiner, em 25/11.
Os encontros terão formato híbrido. Além dos participantes se reunirem presencialmente no auditório da Biblioteca Latino-americana, os interessados poderão participar virtualmente, por meio de sessão aberta em tempo real via Zoom – o link será sempre disponibilizado no site memorial.org.br. O Clube do Livro é gratuito e contará sempre com a presença de mediadores que definem os temas-chaves das leituras e organizam os comentários.
O auditório da Biblioteca Latino-Americana tem capacidade para receber até 100 pessoas. Para participar do Clube do Livro, basta chegar no local com pelo menos dez minutos de antecedência. A entrada do Memorial mais próxima da biblioteca é o Portão 2, a 300 metros da saída da Estação Barra Funda (Metrô, CPTM, Rodoviária) e logo ao lado da Universidade Nove de Julho (Uninove) – Memorial.
A programação prevista pode ser consultada no site memorial.org.br ou nas redes sociais da Fundação (@memorialdaamericalatina).