Começa a ganhar forma o projeto arquitetônico da PPP da Habitação no terreno da Cohab localizado na Avenida Imperatriz Leopoldina, onde funcionava a antiga garagem da CMTC. Um primeiro desenho revela nove torres residenciais, sendo duas destinadas a famílias com renda de até 10 salários-mínimos (R$ 15 mil).

As outras sete torres têm como público-alvo famílias que ganham de três a seis salários-mínimos (R$ 4.500 a R$ 9.000). O projeto prevê uma praça entre as torres e a construção de um novo viário. (Foto: Divulgação)

O secretário do Verde e Meio Ambiente (SVMA), Rodrigo Ashiuchi, assinou o Termo de Compromisso Ambiental e autorizou a incorporadora Tegra a realizar o manejo arbóreo na área do Bosque dos Salesianos, onde será construído um empreendimento residencial.

De acordo com o despacho, com o manejo serão cortadas sete árvores invasoras, 66 espécies exóticas e 26 árvores nativas, além da remoção de 19 exemplares. Do total, 62 árvores serão preservadas. No terreno do empreendimento, serão plantadas 120 mudas de espécies nativas e quatro mudas nas calçadas. Como compensação, 1.679 mudas de espécies nativas do Estado de São Paulo serão plantadas em área da Subprefeitura Lapa, ainda a ser definida.

Em recente encontro com o secretário, representantes da Associação Viva Leopoldina (AVL) e da Amocity – dos moradores do Alto da Lapa -, foi sugerido a Ashiuchi que a compensação ambiental acontecesse em terreno na Avenida Imperatriz Leopoldina de propriedade da COHAB, onde há um projeto de Parceria Público Privada para construção de habitações de interesse social.

Os moradores ligados ao Movimento Salve o Bosque reagiram contra a decisão do secretário. “O Bosque dos Salesianos é uma das poucas ilhas verdes da cidade de São Paulo. A área, protegida por decreto estadual como “área de proteção ambiental”, conta com mais de 7.000m2 com árvores centenárias que correm o risco de desaparecer para dar lugar a duas torres de prédios.

Existe já um processo pela preservação do bosque no Ministério Público que, neste momento, fez uma apelação em segunda instância para que todas as atividades no bosque sejam suspensas até que haja o julgamento definitivo da causa. O secretário, no entanto, deliberou sobre o manejo antes do fim do processo”, diz nota que circula nas redes sociais.

No domingo, 26, às 11 horas, os moradores realizam um protesto emergencial para chamar a atenção sobre a importância de preservar a área.

Proposto pelo Grupo Votorantim em agosto de 2016, o Plano de Intervenção Urbana Vila Leopoldina (PIU) é lei municipal desde junho de 2023. De lá para cá, no entanto, esse dispositivo urbanístico, que revitaliza parte de território degrado do bairro, está travado nos gabinetes da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL)

Na segunda feira, 13, uma reunião extraordinária do Conselho Gestor encarregado do controle do plano foi cancelada, adiando a avaliação de itens importantes para a definição do edital de leilão de outorga onerosa (direito de construir além do estabelecido na Lei de Zoneamento), etapa de arrecadação da verba de R$ 200 milhões que será usada nas obras previstas na lei, entre elas a construção de 853 unidades habitacionais para a comunidade Ceasa.

Mas o freio no avanço do modelo de edital não é o maior entrave. O que deixa o futuro do PIU totalmente em aberto é o posicionamento do Grupo Votorantim, muito provavelmente, a única empresa que se habilitaria a participar do leilão.

Em maio, quando convidada a se manifestar em reunião no Ministério Público, a Votorantim, alegando insegurança jurídica, afirmou que “no cenário atual” não participaria do leilão. Passados cinco meses, mesmo após um ciclo de reuniões com o prefeito e com a cúpula da SMUL, a empresa não emitiu nenhuma nota comunicando que voltou a se interessar pelo leilão de outorga onerosa.

Com o adiamento da reunião extraordinária de outubro, o Conselho Gestor só retomará a análise do PIU no final de novembro, data da próxima reunião ordinária.

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, confirmou nas redes sociais da região da Lapa que a Operação Impacto, realizada pelo 4º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na área, vai continuar por tempo indeterminado. A operação contempla os principais corredores viários da região, com a realização de pontos de fiscalização estratégica, voltados ao monitoramento de motocicletas.

“Essa metodologia de policiamento proporciona maior visibilidade, mobilidade e alcance, permitindo que a Polícia Militar atue de forma rápida e eficaz diante de qualquer situação suspeita”, afirma o coronel Helder, comandante do 4º BPM-M. Segundo o comandante, o planejamento operacional do 4º batalhão tem apresentado resultados positivos. “Somente no mês de setembro, foram contabilizados 62 prisões e 30 flagrantes. Já neste mês, até o dia 9, foram registradas 22 prisões em flagrante e 20 flagrantes de delito”, diz ele.

Na terça-feira, 14, mais de 200 pessoas lotaram o auditório Franco Montoro, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para prestigiar a homenagem realizada pelo deputado estadual Capitão Telhada ao bairro da Lapa e às personalidades, entidades e instituições que se destacam pelo trabalho realizado na região. No ato solene, os homenageados receberam das mãos do deputado e do subprefeito da Lapa, coronel Paulo Adriano Telhada, a medalha Heróis de 1932. Além das associações de bairro, das entidades que realizam trabalhos sociais, de empresários e comerciantes e da mídia, foram lembradas as corporações e figuras que atuam na área da segurança pública. O Jornal da Gente, na figura do diretor Ubirajara de Oliveira, foi um dos homenageados.

“Meu objetivo, ao propor este ato solene, não foi apenas homenagear a Lapa, que por sua história e importância muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade de São Paulo. Mas quis chamar a atenção para o grande número de lapeanos que se destacam pelo trabalho importante que realizam em suas áreas de atuação. E é por eles que eu tenho orgulho de ser, também, um lapeano”, ressaltou o deputado.

Duas semanas após a forte tempestade que caiu na região, a Subprefeitura Lapa contabiliza mais de 100 árvores e grandes galhos caídos, o que, segundo o supervisor de Limpeza Urbana, Reny Silva, mobilizou as seis equipes de zeladoria verde da subprefeitura e um forte esquema de parceria com a Enel.

Em reunião com os conselheiros do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz – CADES Lapa, Silva explicou que a maior dificuldade foi fazer a chamada destoca dos troncos das árvores removidas. “Em muitos casos, os troncos são muito grossos e não conseguimos retirar a totalidade da madeira com o equipamento que temos. Quando isso acontece, não é possível plantar outra árvore no mesmo local, sendo necessário escolher um ponto próximo para o plantio”, explicou ele. “A subprefeitura terá que investir em novas ferramentas para conseguir realizar o serviço de destoca de forma eficiente”.

Para fazer um trabalho preventivo, o supervisor disse que será necessário aprimorar o tipo de poda realizada. Além disso, a subprefeitura está investindo em um tomógrafo para conseguir realizar um levantamento mais preciso da saúde das árvores. “A Lapa, principalmente na região da City, tem árvores muito grandes e centenárias, que foram plantadas nos anos de 1920. Conforme elas morrem, estamos repondo com árvores de menor porte, que atingem no máximo três metros de altura, para não interferir na rede elétrica”, explicou Silva.

Já a conselheira Alexandra Swerts destacou que o CADES pode atuar com mais força na conscientização da população sobre o cuidado com as ávores, auxiliando, assim, no trabalho preventivo. “Acho que a gente tem dialogado pouco com a população e precisamos agir mais nesse sentido, para fazer a ponte com o poder público”, ressalta ela.

No domingo, 19, o Parque Villa-Lobos sedia a terceira edição do Festival do Consumo Consciente da cidade de São Paulo. Criado com o objetivo de fomentar uma consciência socioambiental sobre o consumo, o evento é gratuito e difunde temas como economia circular, direitos do consumidor, como identificar greenwashing (práticas de marketing enganosas por parte de empresas) e o combate à crise climática.

Os destaques dessa edição ficam por conta das apresentações da cantora Sandra de Sá, do rapper e poeta Rincon Sapiência e do multiartista do pop e forró eletrônico Getúlio Abelha, das 16h às 18h. Além deles, estão programados shows do grupo de rap indígena Oz Guarani acompanhado do Coral infantil M´baraeté, do projeto formado por mulheres pretas sambistas Preta Batuque e do cantor, produtor e multi-instrumentista Saulo Duarte.do

Além dos shows, o espaço também promove cinco rodas de conversa com temas fundamentais ligados ao consumo e à sustentabilidade, que acontecem de hora em hora, a partir das 11h, encerrando-se às 15h. O evento também vai oferecer feita de produtos sustentáveis, espaço gastronômico e exposições.
O horário do festival é das 10h às 18h30 e não há necessidade de ingresso físico ou online. O Parque Villa-Lobos fica na Avenida Prof. Fonseca Rodrigues, 2001 – Alto de Pinheiros.

A festa em comemoração ao centenário do União Fraterna, símbolo da Lapa e um dos locais de evento mais icônicos da cidade, acontece no sábado, 25, no salão nobre da casa (Rua Guaicurus, 27 – Água Branca).

O ponto alto do encontro será a música ao vivo, com a banda Quasímodo. “Toda a arrecadação será revertida para a restauração do edifício do União Fraterna e para apoiar os projetos do Instituto UniDown, entidade que nós ajudamos”, explica o presidente do União Fraterna, Eudoxios Anastassiadis.

A venda de ingressos está sendo realizada pela plataforma: https://zig.tickets/eventos/festa-de-100-anos-do-uniao-fraterna

O ingresso individual custa R$ 80,00 e a mesa com quatro lugares, R$ 300,00.