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Morador cria plataforma para acompanhar reciclagem

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No sábado passado (3) foi comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo, data instituída pela ONU e celebrada sempre no primeiro sábado de julho. O cooperativismo é um modelo de trabalho completo, que além de gerar renda é baseado na solidariedade e sustentabilidade. As cooperativas de reciclagem, por exemplo, têm um importante papel social e ambiental.

O morador da Vila Romana, Jorge Luís Romano teve a ideia de desenvolver uma plataforma após conversar com diretores de cooperativas e identificar a necessidade de modernizar a gestão da reciclagem dos resíduos. Assim nasceu o “Reciclômetro” (www.reciclometro.com.br) que acompanha em tempo real o trabalho de reciclagem de cooperativas e centrais de triagem. “Nosso objetivo é facilitar e integrar a gestão da coleta, produção e comercialização de resíduos sólidos recicláveis, tornando essas informações acessíveis à população, órgãos públicos e demais partes interessadas no tema”, diz Romano.

O projeto deu tão certo que hoje o sistema é utilizado por cerca de 30 cooperativas vinculadas à Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) de São Paulo, entre elas a Cooperativa Crescer, localizada na Lapa de Baixo. Com o Reciclômetro, as cooperativas conseguem promover com mais praticidade o rateio entre os cooperados, mensurar a quantidade de resíduos reciclados e comercializados, emitir notas fiscais, entre outros procedimentos.

Essa rastreabilidade do processo também possibilita uma conexão direta com as grandes indústrias geradoras de resíduos sólidos. “Essa transparência é fundamental e traz mais credibilidade ao trabalho das cooperativas”, aponta Romano.
A atualização em tempo real se dá a partir da emissão de notas fiscais das cooperativas, que indicam a quantidade total de resíduos reciclados como papel, metal, vidro, alumínio e plástico.

O sistema também indica os benefícios ambientais decorrentes da reciclagem como o número de árvores que deixam de ser cortadas com a reciclagem de papel, os barris de petróleo que deixam de ser extraídos com a reciclagem do plástico e o ferro e areia que deixam de ser extraídos com a reciclagem de metal e vidro.

Verticalização cresce na cidade

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O Centro de Estudos da Metrópole, ligado à USP e à Fapesp, divulgou uma nota técnica na segunda-feira (5) que aponta que o estoque residencial de São Paulo, pela primeira vez, tem mais residências formais em prédios do que em casas.

A pesquisa avalia o período de 20 anos, entre 2000 e 2020, onde foi registrado que as residências verticais ultrapassaram as horizontais em área total construída e estão praticamente empatadas em número de unidades habitacionais. Os apartamentos cresceram de um total de 736 mil para 1,38 milhão, enquanto os imóveis residenciais horizontais aumentaram de 1,23 milhão para 1,38 milhão também. O estudo indica que há menos terrenos vazios e/ou ociosos na cidade, com queda de 140 mil para 106 mil em 20 anos. O estudo completo está disponível no site (https://centrodametropole.fflch.usp.br).

Este ano acontece a revisão intermediária do Plano Diretor Estratégico (PDE), que afeta o mercado imobiliário e a forma de se construir na cidade. A Frente São Paulo pela Vida, com apoio de mais de 500 entidades de diversos segmentos, pede que a revisão do PDE será adiada, já que em um cenário ainda de pandemia o processo de participação social não poderia ocorrer plenamente. Além do adiamento, a frente propõe uma agenda emergencial para reduzir os impactos de saúde, econômicos e sociais da Covid-19 na cidade.

Audiência pública discute paralisação de obras da ponte

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A Ligação Viária Pirituba-Lapa, com obras paradas desde abril do ano passado por decisão judicial, foi tema de uma audiência pública na Câmara Municipal na terça-feira (15). A discussão foi solicitada por moradores de Pirituba e representantes da Associação Zona Oeste e Noroeste de São Paulo (Azon) e contou com a participação do secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras Marcos Monteiro, do Verde e Meio Ambiente Eduardo de Castro e do presidente da SP Urbanismo, empresa pública ligada à SMUL (Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento), Francisco Roberto Antunes Filho.

O evento foi conduzido pelo vereador Paulo Frange, presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente. “Ficar 15 meses com a obra parada quando podia avançar, tudo porque não teve condição de diálogo com o Judiciário, é uma situação em que ninguém ganhou, nem a população, nem o Executivo, nem o Judiciário. Somos todos perdedores de um processo que aconteceu. Agora é a hora de olhar para o futuro e trabalhar para ver esse projeto realizado”, disse Paulo Frange.

O secretário Marcos Monteiro apresentou o histórico do projeto e explicou os motivos da paralisação, quando a Justiça acatou o pedido de liminar da Promotoria de Habitação e Urbanismo que anulou a licença ambiental da obra após a inclusão de acessos diretos à Marginal que não estavam previstos originalmente. Além da ligação viária em si, também serão feitas melhorias na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, com inclusão de duas faixas por sentido, e uma terceira faixa para corredor de ônibus. Hoje a única opção para cruzar o rio naquela altura é a Ponte do Piqueri que frequentemente fica congestionada. Segundo Marcos Monteiro, o projeto também previa o alargamento da Rua John Harrison, mediante desapropriações, mas a intervenção foi reprovada pela CET e deverá ser feito um novo estudo de tráfego para adaptar a proposição inicial.

Para atender à Justiça, a Prefeitura pretende retomar o projeto inicial e manter o estudo de inclusão das alças que foram pedidas nas audiências públicas sobre a ponte, com previsão de implementação no médio e longo prazo. O cronograma completo prevê 39 meses de obras a contar da liberação para a retomada do contrato. A passagem inferior à linha férrea tem previsão de conclusão em sete meses até o início das obras, e após isso, 24 meses para entrega. As obras nos dois trechos da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães e na Rua John Harrison, também tem previsão de conclusão após 39 meses.

Moradores dos condomínios na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, no lado da Vila Anastácio, afirmaram ser favoráveis à obra, mas demonstraram preocupação com o atual estado do canteiro, com iluminação precária, sem tapumes de proteção e sendo utilizado como depósito de lixo e entulho. O furto de fiação deixou a Escola Estadual Alexandre Von Humboldt, localizada em frente ao canteiro, sem energia por dois dias. Marcos Monteiro afirma que a Prefeitura acompanhou a questão do roubo dos tapumes e se propôs a fazer a reposição, mas foi impedida por conta da paralisação. Afirma também que o Executivo conseguiu a autorização e está em processo de licitação a recolocação de tapumes e a contratação de seguranças, ainda sem prazo. Acrescentou ainda que essas intervenções vão ter um custo de R$ 560 mil ao ano, mas que assim que a empreiteira reassumir a obra o contrato é suspenso e a empresa volta a ser responsável pela segurança do canteiro.

O vereador Fabio Riva defendeu a retomada da obra diante dos impactos da paralisação citados na audiência e falou que é importante dialogar com o Governo do Estado para que seja feita uma reforma na Escola Alexandre Von Humboldt. O vereador Antonio Donato questionou o quanto as novas alças de acesso vão custar e foi respondido por Marcos Monteiro. “As alças estavam sendo feitas com um custo estimado de R$ 4 milhões. Com a retomada da obra a empreiteira deverá entrar com uma solicitação de análise desse valor. Como não foi finalizado o projeto executivo, ainda não temos o valor final. Mas a obra mais cara é a obra parada. Temos que retomar e em paralelo tentar recuperar. O projeto final que estávamos desenvolvendo entendemos que era melhor que o projeto básico, mas já que para retomar precisamos voltar atrás, a ideia é realizar os estudos e aprovações necessárias durante o decorrer da obra”, disse.

Sobre os recursos para a finalização da obra, o vereador Paulo Frange afirmou que essa não deve ser uma preocupação, já que poderá ser utilizado o dinheiro do Fundurb, onde é depositada toda a arrecadação de outorga onerosa da cidade, hoje na ordem de R$ 1,2 bilhão. O valor total do empreendimento estava estimado em R$ 386,5 milhões.

CPM define 15 propostas que serão votadas para o orçamento

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O Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa realizou uma reunião extraordinária na segunda-feira (14) para selecionar as 15 demandas enviadas por moradores e trabalhadores da região que poderão ser votadas para serem incluídas no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2022. No total foram recebidas 53 sugestões e a partir do dia 25 de junho as 15 selecionadas pelo CPM da Lapa estarão disponíveis para votação no site (https://participemais.prefeitura.sp.gov.br/budgets).

As demandas escolhidas foram (1) a implantação de uma UBS na região do Parque Industrial Tomas Edson, na Barra Funda, (2) criação de um programa de renda de cidadania, (3) implantação de um Centro de Referência da Mulher e de um Centro de Convivência e Cooperativa, (4) criação do Parque Linear Nascente do Córrego Tiburtino, (5) medidas de mitigação em áreas inundáveis na Vila Leopoldina, (6) reabertura do Hospital Sorocabana com funcionamento de todos os andares, gestão direta e atendimento exclusivo do SUS, (7) revitalização e realocação da UBS Vila Anglo, (8) reestruturação do sistema de recolhimento de águas pluviais na Várzea da Barra Funda, (9) implantação do Programa Wi-Fi Livre em todas as escolas da rede municipal, (10) revitalização e iluminação nas praças Aureliano Leite e Marechal Bittencourt, (11) fortalecimento das estratégias de busca ativa dos programas de transferência de renda e distribuição de cestas básicas para idosos, (12) criar lavanderias, bebedouros e banheiros públicos na região, (13) criar centros de acolhida para idosos e famílias, além de núcleos de convivência, (14) reforma da quadra poliesportiva e área pública da Praça João Eloi e (15) instalar lombadas eletrônicas ou radares de velocidade em frente de escolas localizadas na Rua Alegrete e nas avenidas Doutor Arnaldo e Professor Alfonso Bovero.

As cinco propostas poderão ser votadas até o dia 11 de julho. Entre 12 de julho e 30 de setembro será feita a análise de viabilidade para a inclusão no orçamento. Em outubro serão realizadas as audiências públicas devolutivas.

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