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Prefeitura realiza audiências sobre revisão do plano diretor

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A Prefeitura realizou durante essa semana as audiências públicas temáticas sobre a revisão intermediária do Plano Diretor Estratégico da cidade. As discussões foram divididas em cinco temas: Desenvolvimento Econômico e Social, Meio Ambiente, Instrumentos de Política Urbana, Mobilidade e Habitação.

Apesar dos diversos agradecimentos aos participantes, a população presente estava aquém do necessário para uma discussão tão importante e que afeta a vida de todos os munícipes. Por exemplo, no encontro de quarta-feira (29), sobre instrumentos de política urbana, o público que assistiu ao debate no canal do YouTube foi em média de 10 pessoas. No de mobilidade, na quinta-feira (30), cerca de 20 pessoas acompanharam a transmissão, além dos que se inscreveram para falar. Na abertura do evento sobre os instrumentos de política urbana, o secretário adjunto de Urbanismo e Licenciamento, José Armênio, destacou o caráter inovador dos Projetos de Intervenção Urbana e lamentou o fato de que alguns dos PIUs previstos para a cidade estão judicializados ou paralisados. Disse ainda que a política urbana nas gestões de Bruno Covas e agora de Ricardo Nunes tem como objetivo central reduzir a desigualdade social.

Entre as manifestações das pessoas que se inscreveram para falar, estiveram questionamentos sobre desapropriações de imóveis localizados em ZEIS e críticas à verticalização. Uma moradora da Vila Madalena afirmou que deveria haver mais controle da Prefeitura em relação aos novos empreendimentos. “Temos um adensamento brutal, com casas antigas sendo demolidas para virarem prédios, e isso não é feito de acordo com a tipologia prevista no PDE, que incentiva adensamento demográfico em locais onde há a utilização de transporte coletivo. Todos os novos prédios são de alto padrão, com vários andares de garagem e cerca de 200 ou 300 m² de área útil. Deveria ter uma restrição maior a esse tipo de empreendimento e uma análise mais criteriosa da SMUL para atender uma demanda do mercado imobiliário que nem sempre é a demanda da população”, declarou.

Até o dia 15 de outubro é possível enviar contribuições de forma online pela plataforma Participe Mais (https://participemais.prefeitura.sp.gov.br/legislation/processes/159) que poderão ser incluídas na versão final da revisão intermediária do PDE. Ao verificar as contribuições enviadas para a área da Subprefeitura Lapa, é possível encontrar apenas duas contribuições, ambas sobre ciclovias.

Moradores apontam impactos da verticalização

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Durante a semana aconteceu o Fórum SP 21, realizado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Instituto de Arquitetos do Brasil, Centro de Estudos da Metrópole, Escola da Metrópole do Instituto de Estudos Avançados e pela Comissão de Direito Urbanístico da OAB-SP. Na quarta-feira (29), as representantes do MOVER (Movimento de Oposição à Verticalização Abusiva da Lapa e Região) Janice de Piero, Ros Mari Zenha e Mariana Thibes, participaram do debate e apresentaram um documento que denuncia os impactos da verticalização que acontece na região.

A entidade sugere o estabelecimento de uma legislação específica sobre impacto de vizinhança, que segundo Ros Mari Zenha não é uma discussão recente. “Basta resgatar a linha do tempo desses debates: existem dois decretos de autoria de Paulo Maluf. Já em 2005, o CADES criou uma Comissão Especial de Revisão da Regulamentação do Relatório de Impacto de Vizinhança (RIVI) e apresentou uma proposta de minuta de projeto de lei do Executivo contendo, inclusive, Termo de Referência para a elaboração de EIVI-RIVI que foi encaminhada a José Serra, que nada fez. Em 2011, Gilberto Kassab encaminhou à Câmara Municipal uma proposta de lei para EIVI-RIVI, convertida no PL 414/2011, e, em 2017, João Doria encaminhou ofício requerendo a retirada e arquivamento do PL, o que aconteceu em abril de 2018. O que temos a fazer é exigir que o Executivo encaminhe um projeto de lei à Câmara e abra novas discussões com a sociedade civil, considerando critérios específicos para as diferentes áreas da cidade e que invista nos órgãos responsáveis pelo licenciamento com formação de equipes técnicas qualificadas e garantia de independência dos analistas”, afirma.

Janice de Piero relata o impacto da especulação. “A Vila Romana está sendo apagada. As suas histórias, memórias, valores afetivos, convivências entre vizinhos, as graciosas casinhas. Nada disso parece ter valor para uma especulação imobiliária abusiva e predatória que está transformando o bairro num lugar hostil, violento, poluído e com grande perda de qualidade de vida. As enormes construções são impactantes: geram um excessivo aumento de carros na região, sombreiam as casas e roubam o direito de enxergar o céu, nosso maior patrimônio. A sombra é a negação da luz, e é assim que as incorporadoras explicitam o seu único interesse, o lucro”, declara.

Organizadores de bloco oferecem aulas de percussão

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A Companhia de Arte KNU, que há 11 anos produz o desfile do Bloco de Empolgação Pitbull Banguela, que sai da esquina das ruas Catão e Camilo, vai oferecer a partir da próxima segunda-feira (4) aulas de percussão por preços acessíveis.

Além de celebrar a música e cultura do carnaval, o objetivo dos encontros é despertar de forma descontraída a percepção musical dos participantes, abordando tópicos como escuta, ritmo e musicalização. Quem participar também poderá tocar junto com a bateria do bloco no próximo desfile de carnaval que for realizado.

A oficina tem duração de cinco meses e as aulas acontecem sempre nas segundas-feiras, das 19h45 às 21h15, no Boteco Casamba, na Rua Tito, 1516. O preço para a prática é R$ 125 por mês. Mais informações pelo telefone (11) 96428-3550 (Umanto).

Jardim das Perdizes recebe a primeira edição do “Festival do Torresmo”

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Neste final de semana, no sábado e domingo, das 11h às 22h, o Jardim das Perdizes recebe o Festival do Torresmo, na Avenida Marquês de São Vicente, 2219. Serão comercializados pratos como joelho de porco, leitão à pururuca, costela suína, pernil, panceta e as mais variadas opções de torresmo.

Além de diversos food trucks, o chef Adan Garcia participará do festival com pratos como torresmo mineiro, torresmo de rolo, torresmo recheado, entre outros. O evento também contará com cervejarias e opções doces, como churros. A entrada e as atrações culturais são gratuitas. Os preços dos lanches e pratos variam entre R$ 10,00 e R$ 50,00. Para as crianças será montado um Espaço Kids e pets também são bem-vindos. O festival seguirá os protocolos no combate à Covid-19, com o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social. A organização é da Focus Produções e Eventos.

Espaço das Américas recebe Alceu Valença

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Através do projeto “Edição Limitada”, que recebe apresentações de grandes nomes da música no formato mesa e cadeira para o público, neste sábado (25) o Espaço das Américas recebe o mestre da música nordestina Alceu Valença, com o show “ Anunciação – Tu vens, eu já escuto os teus sinais”. O repertório inclui composições clássicas de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, além de sucessos do próprio compositor pernambucano como La Belle de Jour, Cavalo de Pau, Pelas Ruas que Andei, Como Dois Animais, Tropicana e a canção que dá nome ao show, considerada um hino, Anunciação. Também serão apresentados frevos que conquistaram as ruas de São Paulo nos desfiles do bloco Bicho Maluco Beleza, comandado por Alceu. Alceu Valença canta ao lado de Paulo Rafael (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo), Cassio Cunha (bateria).

Em atendimento ao Decreto nº 60.488, de 27 de agosto de 2021, para acesso ao local do evento será obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19, com no mínimo a primeira dose. Os ingressos custam a partir de R$ 140 através do site (www.ticket360.com.br). O Espaço da Américas fica na Rua Tagipuru, 795.

Prefeitura autoriza operação de transbordo na Jaguara

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Em agosto, a Prefeitura e a Cetesb liberaram as obras para a estação de transbordo na Avenida Manoel Domingues Pinto, 297, na Vila Jaguara, previstas para serem concluídas em 2022. Estima-se que a unidade vai receber cerca de 2 mil toneladas de resíduos domiciliares por dia provenientes de 19 bairros, entre eles a Lapa, Pinheiros, Butantã, Freguesia do Ó e Pirituba. O transbordo é a operação realizada quando os resíduos são transportados de caminhões menores para maiores.

A mobilização de moradores da Vila Jaguara contra a estação é longa, desde 2014. Segundo a AMASPA (Associação dos Moradores, Amigos e Simpatizantes do Parque Anhanguera), existem laudos técnicos do CAEX, órgão do Ministério Público, que detectaram inúmeras irregularidades no projeto, entre eles a contaminação do solo e águas subterrâneas. A LOGA, concessionária responsável pela estação, afirma que todos os requisitos e ritos do processo de licenciamento foram cumpridos e que possui todas as licenças e autorizações necessárias para a instalação do empreendimento. Já a associação destaca que a obra não teve ampla consulta pública ou diálogo com a população e que hoje o caso está nas mãos do Ministério Público.
Até o final da década de 1990, a área em questão era ocupada pela Empresa Química Industrial Paulista, que atuava nas atividades de recebimento e destinação de gasolina, óleo diesel e demais derivados de Petróleo. Até 2006, a área foi ocupada por uma segunda empresa química, que utilizou o espaço para armazenamento de materiais potencialmente contaminantes, como solventes, soda cáustica e ácidos.

Outro problema apontado pela AMASPA é a estimativa de tráfego de veículos gerada pelo empreendimento. A LOGA afirma que foram analisadas as questões de trânsito da região, com a realização de estudos, os quais foram apresentados aos órgãos competentes, inclusive à CET, durante o licenciamento para obtenção do Alvará de Aprovação de Obra Nova, sendo concluído que o empreendimento não se enquadra como Polo Gerador de Tráfego.

Para Adriana Cesário, vice-presidente da AMASPA, o impacto será muito maior do que apenas para os moradores vizinhos e estima que diretamente quase 1000 pessoas serão afetadas. “Desde o começo do licenciamento houve erros em todas as etapas. Nós sempre contestamos, mostramos vários estudos de que não era possível ter esse transbordo aqui. Estamos em uma área urbana, mas o argumento da LOGA é que se trata de uma ZPI (Zona Predominantemente Industrial). Temos sim indústrias, mas também moradias e comércios. O projeto é baseado como se os moradores estivessem a 800 metros da estação, mas isso é uma inverdade, estão a 30 metros. Conhecemos a outra estação da LOGA na Ponte Pequena, e mesmo sendo em um galpão fechado, está cheio de pombos, de urubus, não tem como controlar essa degradação. Teremos uma desvalorização dos imóveis em torno de 60%. E foi alegado que isso é positivo, porque se a gente não quiser viver aqui poderemos vender para pessoas de baixa renda. Estamos próximos da Vila Leopoldina, da City Lapa, City América, pagamos um IPTU caro. Nosso bairro é antigo, foi criado pela Swift Armour (hoje da JBS), para trabalhadores, a maioria imigrantes húngaros que vieram trabalhar no frigorífico. Minha família mora aqui há mais de 70 anos. É um bairro com história, com moradores que lutaram muito para ter suas casas. Muitos são aposentados e se tiver uma desvalorização de 60% vão vender suas casas e morar onde? Esse transbordo vai acabar com a nossa qualidade de vida. Está sendo imposto sem apresentar as medidas de mitigação, sem contraproposta adequada. Queremos a valorização e o desenvolvimento do entorno, arborização, menos caminhões no trânsito local, mas a estação de transbordo veio como um balde de água fria. Tanto é que a Jaguara não foi incluída no Arco Tietê por causa da previsão de termos o transbordo aqui. Queremos morar em um bairro que seja agradável e bonito para todos. Não vamos desistir dessa luta. Temos que ser escutados”, afirma.

Embora o Ministério Público tenha sido acionado logo com o anúncio da estação de transbordo, as denúncias não foram transformadas em uma ação civil pública e são apuradas como inquérito. Questionado, o MP afirma apenas que o caso está em andamento e que por hora não há novidades.

A contrapartida da LOGA é criar uma área social para os moradores, mas a AMASPA afirma que o terreno onde está prevista essa área fica na parte mais contaminada pelas atividades químicas, e compara o caso ao Parque Orlando Villas-Bôas, podendo ser fechada ao público. A LOGA informa que não procede a informação de que a área verde e de convivência que será oferecida à comunidade tenha o solo contaminado. Afirma que existe uma pequena área em outra parte do terreno, com contaminação preexistente e em processo final de remediação sendo acompanhado pelo órgão competente, não impactando no empreendimento.

A falta de diálogo com os moradores também foi uma das reclamações. “O projeto apresentado na audiência foi lindo, porém não tem nada de concreto. Se quebrar um dos filtros, que vêm da Alemanha, como vão repor? Como vai ser a descontaminação do terreno para essa área de convivência que é a contrapartida? Quantos caminhões vão circular no bairro? Como vão garantir que não tenha a presença de vetores, como ratos, pombos, urubus e insetos? Não tem um canal de comunicação aberto. Já mandaram representantes aqui, mas para conversas individuais. Ou então participaram de discussões sobre outros assuntos e registraram como se fosse sobre a estação de transbordo. Eles precisavam apresentar seis terrenos possíveis e o nosso é o único que está em uma ZPI. Apontamos isso ao MP, que era uma escolha viciada, mas o processo é lento”, conta Alice Fabri, moradora, integrante da AMASPA e ex-conselheira participativa da Lapa.

A LOGA afirma que manteve-se à disposição da população local, além de oferecer um número de WhatsApp (11) 98588-7958 exclusivo, e que todos os contatos realizados foram respondidos, em sua maioria, em até 48 horas. Os caminhões que vão coletar os resíduos compactados na estação de transbordo seguirão para o aterro sanitário de Caieiras.

Moradores afirmam que cobram remoção de árvore há dez anos

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Na semana passada, na edição 981 do JG, foram informadas duas ocorrências de quedas de árvores na região, uma na Rua Tonelero e outra na Rua Dronsfield. No caso da Rua Tonelero, embora a Prefeitura afirme que esteve no local junto com a Defesa Civil, e que o caso não teve vítimas ou danos a imóveis, moradores entraram em contato com a redação e enviaram um vídeo onde é possível ver o momento da queda da árvore que atingiu uma motociclista, além de três imóveis.

Segundo os vizinhos, o SAMU foi acionado mas não respondeu o chamado. A motociclista foi encaminhada ao Hospital Metropolitano. Em relação aos imóveis, em um deles funciona uma oficina mecânica e no outro um estacionamento, que pertence a Ricardo Couto. O empresário afirma que é a segunda vez que uma árvore atinge seu estabelecimento. A terceira é uma residência que pertence à Valéria Teodorio. Ela afirma que há dez anos cobra a remoção da árvore. Após uma queda de galhos em dezembro de 2020, ela acionou a Defesa Civil e afirma que foi informada que a remoção era considerada urgente e que a demanda seria encaminhada à Prefeitura. Com a queda da semana passada, ela diz precisar de um laudo da Prefeitura ou Defesa Civil para acionar o seguro.

A Secretaria Municipal das Subprefeituras, por meio da Subprefeitura Lapa, esclarece que não há fornecimento de laudo para acionar seguro residencial. O mesmo, se coberto pelo segurado, deve ser solicitado junto à seguradora que providenciará vistoria ao imóvel para comprovar as ações de fenômenos da natureza.

A Defesa Civil do município informa que também não emite laudo. Sobre a ocorrência citada, diz que foi atendida em 14 de setembro, com retirada parcial e, no dia 15, feita a remoção total. O trabalho foi realizado em conjunto com o Corpo de Bombeiros e o Departamento de Áreas Verdes da Subprefeitura Lapa.

Usuária questiona falta de profissionais em UBS

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A usuária da UBS Vila Romana Cleia Rey entrou em contato com o JG informando a falta de profissionais no equipamento de saúde. “Tinha uma médica da especialidade Clínica Geral que foi demitida no mês de agosto deste ano. Também faltam médicos da especialidade Ginecologista. Há somente uma médica clínica para atender todos os usuários deste posto e as recepcionistas têm uma resposta padrão que diz ‘não sabemos quanto tempo ficaremos sem médicos para atender’, ou então mandam ir no final do mês para verificar se a lista irá abrir. Estou há um ano com exames prontos e as respostas são sempre as mesmas para todos os usuários que necessitam de atendimento”, relata.

Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirma que a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Romana, gerenciada pela Organização Social de Saúde (OSS) Associação Saúde da Família, está configurada através do Sistema Integrado de Gestão e Assistência à Saúde (Siga), com, no mínimo, 50% de vagas para consultas presenciais e 50% de vagas para teleconsultas. No caso como o citado pela usuária, é ofertado o teleatendimento e o acolhimento presencial, com enfermeira, para entrega de resultado de exames.
Informa ainda que todos os resultados de exames são analisados pela equipe de enfermagem e, identificada alguma alteração, é feito o agendamento de consulta de encaixe com o profissional médico.

Sobre o quadro de profissionais, a SMS afirma que não ocorreram desligamentos. Alguns profissionais optaram pela transferência para outro serviço, porém continuam atendendo normalmente. A OSS que administra a unidade está realizando o recrutamento para que as vagas sejam preenchidas, sem prejuízo ao atendimento da população. A gerência da UBS Vila Romana afirma que está à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas dos usuários.

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