Parque da Água Branca recebe feira de empreendedorismo materno
No domingo (12), das 10h às 18h, o Parque da Água Branca será palco da primeira edição da feira Maternashop. A rede de mães empreendedoras foi criada há seis anos e passou de 10 mil para 35 mil integrantes durante a pandemia.
O evento, que será o primeiro realizado de forma física, contará com expositoras de variados produtos e serviços como móveis, hortifruti, flores, roupas, decoração, conteúdo para redes sociais, terapias, bolos, entre outros. As mães que antes trabalhavam em um formato informal puderam profissionalizar seu atendimento com o suporte da equipe do Maternashop. “Existem muitas mães que já tinham suas profissões e outras que aprenderam algo novo como ofício e disso resultou uma oferta de produtos e serviços de todos os segmentos”, diz Clareana Eugenio, idealizadora e mediadora do Maternashop.
Em 2021, o projeto rendeu outros frutos como o POMAR – Programa de desenvolvimento para mães empreendedoras. O treinamento tem duração de 12 semanas, com sete mentorias em diferentes áreas como “Estrutura da empresa”, “Redes Sociais” e “Vendas”. Em sua terceira turma, o programa conta com bons resultados para o grupo. “Resolvi montar meu e-commerce de brinquedos educativos e, em fevereiro de 2020, dei o primeiro passo. Quando soubemos que a pandemia havia chegado no Brasil, os primeiros brinquedos nem haviam chegado e fiquei bem preocupada, não sabia o que fazer, não tinha site, nada, além da rotina de mãe com o filho dentro de casa que acabou me consumindo. O Maternashop me trouxe um senso de comunidade, de pertencimento. Lá encontrei mães em situações parecidas com a minha, recebi apoio, cada feedback deixado em relação aos meus produtos e ao meu atendimento me traziam ainda mais confiança de que estava no caminho certo”, afirma Shadya Hamad, mãe do Rafael de cinco anos e empreendedora com a Colorê Brinquedos.
Quem tiver interesse em patrocinar o evento ou mães que queiram participar expondo o seu trabalho podem entrar em contato através do e-mail contato@maternashop.com.br. O Parque da Água Branca fica na Avenida Francisco Matarazzo, 455.
Casa Amarela é tombada pelo Conpresp
No dia 22 de novembro, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) votou pelo tombamento da Casa Amarela da Vila Romana. Com a decisão que foi unânime, o imóvel da Rua Camilo passa a ser protegido por lei.
O conselho destacou a importância cultural, artística e afetiva da casa para a população e para a memória da Vila Romana. Com o tombamento, terrenos vizinhos não poderão ter construções com altura superior a cinco metros.
A Casa Amarela data de 1921 e foi construída pelo imigrante italiano Angelo de Bortoli para acolher conterrâneos que chegavam ao Brasil. Hoje, a propriedade está sob os cuidados da bisneta de Angelo, Janice de Piero, que criou um centro cultural e ateliê no imóvel de forma a integrá-lo ainda mais à vizinhança, com rodas de conversa, palestras e exposições artísticas. O pedido de tombamento levou quatro anos para se concretizar.
Outro motivo de comemoração neste ano foi o fato da casa ter completado 100 anos. A data escolhida para ser celebrada foi o dia 25 de maio, por ser o aniversário de Angelo de Bortoli. A Casa Amarela também integra a programação da Jornada do Patrimônio há sete edições.
Paróquia Nossa Senhora da Lapa completa 110 anos
Ícone da região, a Paróquia Nossa Senhora da Lapa completa 110 anos na próxima terça-feira (7). Será realizada uma missa festiva no dia, às 15h, para celebrar a data. No sábado (11), às 16h, acontece a Festa da Padroeira no formato drive-thru, quando será possível retirar diversos quitutes como lanche de pernil, lanche de berinjela, pastel, cuscuz, tortas, doces e bolos. As encomendas devem ser feitas até o dia 9 (quinta-feira) pelo telefone (11) 2609-1568 e o pagamento pode ser realizado via PIX. A chave é o telefone 1198651-1776. A retirada será das 15h às 20h na igreja que fica na Rua Nossa Senhora da Lapa, 298.
A história da paróquia está diretamente ligada ao desenvolvimento da região. Foram os padres jesuítas que receberam terras ao redor do Rio Emboaçava, em 1561, os responsáveis por iniciar um assentamento e o início da população lapeana. Até a metade do século XIX, a Lapa era habitada basicamente por trabalhadores das olarias e agricultores locais. Foi em 1870, com a instalação das ferrovias e a imigração europeia que começou um crescimento decisivo para o bairro, assim como o incentivo para o surgimento das primeiras indústrias. A então capela que daria origem à igreja chegou a funcionar como uma escola para crianças e adultos.
Foi em 1911 que a capela foi elevada à categoria de Paróquia e denominada de Nossa Senhora da Lapa. Desde 1980, o pároco da igreja é o Padre Adalton Pereira de Castro que empreendeu diversas reformas para tornar o templo mais próximo do seu projeto original. “Atuo há 41 anos como pároco à frente da comunidade e é um trabalho muito bom porque nossa missão, em primeiro lugar, é anunciar Jesus Cristo, levar mensagens do evangelho e de fé para as pessoas. A presença da nossa igreja aqui na região oeste de São Paulo é fundamental. Somos um referencial de solidariedade porque o nosso trabalho, além de evangelizador, tem também uma dimensão social, de reinserção das pessoas na vida comunitária e de acompanhamento dos mais vulneráveis nas suas dificuldades e suas dores”, declara o padre Adalton.
CPTM oferece curso de formação de maquinistas na Lapa
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em parceira com o Senai, abriu na quarta-feira (24) 100 vagas para o seu programa de Jovem Aprendiz para a formação de maquinistas. As aulas acontecem no Centro de Formação Profissional Engenheiro James C. Stewart, na Lapa, de segunda a sexta-feira, entre 7h30 e 17h. Também serão oferecidas 66 vagas para o Curso Técnico em Manutenção de Sistemas Metroferroviários.
Para se inscrever é necessário ter entre 18 e 24 anos e ensino médio completo. O processo seletivo vai acontecer através de análise do histórico ou boletim escolar do Ensino Fundamental. As inscrições vão até terça-feira (30) e devem ser feitas através do site (https://leopoldina.sp.senai.br/noticia/1884/21723/processo-seletivo-cptm).
Os alunos recebem no primeiro ano uma bolsa de estudos que corresponde a um salário mínimo e, no segundo ano, a bolsa passa para um salário mínimo e meio, além de planos de saúde e odontológico, vale alimentação, transporte e refeição.
A Formação Profissional Ferroviária teve seu início em 1943 nas oficinas da SPR (São Paulo Railway), com número reduzido de alunos. Com a criação da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) e do Acordo Rede/SENAI em 1961, o nome dessas escolas passou para Escola Senai Ferroviária de Paranapiacaba e Escola Senai Ferroviária da Lapa. As duas escolas foram unificadas em 1972 recebendo o nome de Centro de Formação Profissional de São Paulo. Em 1975, com novas instalações, o nome ganhou um complemento “Engenheiro James C. Stewart”, em homenagem ao engenheiro da SPR.
Moradores das comunidades cobram aprovação definitiva do PIU
A Câmara Municipal realizou uma nova audiência para discutir o PIU Leopoldina, antes da sua segunda e definitiva votação. O encontro aconteceu de forma presencial na Yah Church, na terça-feira (23). Prevista para começar às 18h, a reunião atrasou e parte considerável do público teve dificuldades para acessar o local por estar sem o comprovante da vacinação contra a Covid-19. Participaram os vereadores Paulo Frange, Fabio Riva, Rodrigo Goulart, Silvia Ferraro, Ely Teruel e Antônio Donato.
O vereador Antonio Donato foi o primeiro a falar por ter que deixar a audiência para outro compromisso. Em sua manifestação, disse que o partido (PT)espera contrapartidas maiores da Votorantim para votar o projeto, uma vez que o mercado está aquecido e que os proponentes vão ganhar muito dinheiro com os empreendimentos e potencial construtivo adquirido.
José Armênio, secretário adjunto da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento, fez a apresentação e defesa do projeto. “Ao invés de esperar 25 anos para ter os recursos da outorga que seriam pagos pelo proponente, teremos equipamentos e moradias agora. Já veremos resultado em cinco anos”, disse. Falou ainda sobre os estudos financeiros e a remediação do terreno contaminado previsto para receber moradias tanto do PIU como da PPP da Habitação.
O vereador Fabio Riva considerou uma vitória o projeto ter sido aprovado em primeira votação. “O primeiro passo foi dado, agora até a segunda votação nós precisamos fazer o ajuste fino do projeto com a contribuição de vocês. Podemos melhorar as contrapartidas. O PIU vai valorizar a Vila Leopoldina e melhorar não só no aspecto urbano, mas também social”, declarou.
Silvia Ferraro da Bancada Feminista ressaltou a importância de registrar com clareza no texto da lei a garantia das contrapartidas. “Nós, vereadores, temos a obrigação de verificar se tudo que está sendo prometido será cumprido mesmo. No projeto tem que estar escrito explicitamente que as pessoas só vão sair de suas casas quando tiverem a chave em mãos, com financiamento garantido. Temos as operações urbanas, como a Água Branca, Água Espraiada, onde as famílias esperam moradia há mais de dez anos e não queremos que isso se repita aqui”, disse.
Por parte da Votorantim, se manifestaram os representantes Cláudio Lima e Renê Rocha. “O PIU é um projeto transformador para a cidade, proposto há cinco anos e amplamente discutido. Essa é a sétima audiência. Todos os pontos estão rigorosamente dentro da lei e o PIU resolve o principal problema da região que é a habitação, pois dará moradia para 853 famílias”, disse Cláudio Lima. “O setor privado será o maior interessado em entregar as obras no menor tempo possível para usufruir do restante do potencial construtivo. O PIU prioriza investimentos de interesse público, algo que em condições normais ocorreria em 30 anos. Ninguém ganha sem o avanço do PIU”, completou Renê Rocha.
A maioria das manifestações do público foram no sentido de cobrar o avanço do projeto e aprová-lo em segunda votação ainda esse ano. Já a AVL (Associação Viva Leopoldina) apontou o que considera como vantagens excessivas aos proponentes. “Não resta dúvida que moradia digna todo mundo precisa e ninguém é contra isso. A Votorantim vai ganhar 500 mil m² em potencial construtivo e a Prefeitura deixará de arrecadar R$ 800 milhões que também poderiam ser utilizados para moradias. Isso representaria cerca de 60 mil casas, enquanto aqui estão sendo entregues 853”, disse Carlos Alexandre de Oliveira, diretor de relações governamentais da AVL.
Paulo Frange, presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara, encerrou a sessão com o entendimento de que o evento foi positivo. “Foi muito importante essa audiência por várias razões: por ser a primeira audiência presencial que a Câmara faz desde março de 2020, e por ser um tema interessante. Ficou claro que há questionamentos ainda em relação às contrapartidas da Votorantim, mas são avaliações pessoais, sem fundamentos em estudos. O projeto nasceu na Votorantim, mas não será da Votorantim, pois passa por um processo licitatório. É natural que eles ganhem, porque eles têm os terrenos e sabem lidar com isso, mas terão outros lances e os valores devem subir. O que teremos no projeto de lei é o valor mínimo, apartamentos para atender as pessoas com maiores necessidades e novos equipamentos”, falou. Ainda não há previsão para a segunda votação ser pautada na Câmara.