Uma área com forte apelo imobiliário, a Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, deve se transformar em um extenso boulevard, ligando a Zona Oeste à região central e à Zona Leste. A iniciativa, conduzida pela SP Urbanismo e pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), já recebeu o sinal verde do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que autorizou o início do processo licitatório para a contratação do projeto básico e estudo de impacto ambiental.

Com foco na mobilidade ativa, no transporte coletivo e na ampliação das áreas verdes, o projeto contempla intervenções urbanísticas ao longo de toda a Avenida Marquês de São Vicente, entre a Avenida Sérgio Tomás, na Barra Funda, e a Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, fortalecendo o eixo de ligação Leste-Oeste da capital.

Paralelo à Marginal Tietê, o traçado proposto transformará uma área historicamente árida em um corredor verde com calçadas-parque e canteiros-parque, promovendo maior qualidade de vida à população. Serão implantados, ao todo, 12 km de ciclovias, 69,7 mil m² de calçadas e 90 mil m² de parque linear.

Com 6,9 km de extensão, o novo boulevard será uma via arborizada com ciclovias, parque linear e prioridade para o transporte público. O projeto contempla duas faixas de rolamento por sentido para veículos particulares, uma faixa exclusiva para o transporte público e uma faixa azul destinada a motocicletas. As ciclovias serão implantadas no canteiro central nos trechos mais largos e junto às calçadas nos demais, assegurando conforto e segurança aos ciclistas.

A nova infraestrutura incluirá transposições viárias em pontos estratégicos, como a Avenida do Estado, a Avenida Tiradentes e a própria Avenida Salim Farah Maluf, garantindo fluidez no tráfego e integração multimodal.

Com a concretização deste projeto, abre-se a possibilidade de futura desativação do Elevado Presidente João Goulart (Minhocão) para o tráfego de veículos — medida prevista no Plano Diretor Estratégico (PDE) com execução até 2029.

Reconhecido como um dos destinos mais visitados da Zona Oeste de São Paulo, o Mercado Municipal da Lapa comemorou 71 anos na última sexta-feira, 22. Fundado em 1954, o espaço é o quarto mercado municipal mais antigo da capital, declarado no último ano como patrimônio do município. Ao longo do tempo, o espaço se tornou ponto de encontro de diferentes gerações, ganhando reconhecimento pela diversidade e força econômica local. (Foto: Divulgação)

No sábado, 23, quem gosta de circo e contação de histórias vai se divertir com o espetáculo “Meus Brinquedos, Minhas Brincadeiras”, que acontece às 13 horas no Centro Cultural Tendal da Lapa (Rua Gauicurus, 1.100 – Lapa).

Conduzida pela Cia. Caixotes Viajantes, a apresentação explora a infância, a ludicidade e a cultura popular através de contações de histórias e atividades interativas com caixotes, resgatar memórias afetivas e promover a interação entre o público e a cultura popular nordestina.

O roteiro é baseado em experiências do artista Junio Alexandrino no Nordeste, com foco em vivências da infância, elementos da cultura popular, histórias orais, música e a construção de brinquedos. Nessa experiência, os participantes com convidados a interagir ativamente, utilizando os caixotes como elementos de jogo e imaginação.

Em mais um embate envolvendo o antigo terreno dos Salesianos, no Alto da Lapa, onde deverá ser construído um empreendimento residencial com a retirada de árvores centenárias do local, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rejeitou uma queixa-crime promovida pelas empresas TGSP Empreendimentos Imobiliários e Tegra Incorporadora contra a AMOCITY – Associação dos Moradores do City Lapa e um grupo de moradores da região.

Na ação criminal, as empresas alegam que, após a aquisição regular de parte do terreno até então pertencente ao Instituto Salesianos Pio XI, passaram a ser alvo de acusações públicas infundadas e ofensivas por parte de moradores da região e representantes da associação local, com entrevistas publicadas na mídia nas quais estes acusam a TGSP e a Tegra de “praticar condutas lesivas ao meio ambiente, como a supressão irregular de árvores centenárias e o despejo de substâncias tóxicas no solo, sem qualquer respaldo probatório”.

A juíza Roberta de Toledo Malzoni Domingues, no entanto, entendeu que “não há justa causa para que o processo siga adiante”, rejeitando a ação. Segundo ela, “os crimes de calúnia e difamação exigem, para sua ocorrência, a imputação de fato certo e determinado, narrado especificamente em determinadas condições de tempo e lugar”, o que não aconteceu. “Na verdade, a liberdade de expressão, desde que respeite os limites da legalidade, deve sempre ser protegida por se tratar de um princípio constitucional caro ao ordenamento jurídico brasileiro. A divulgação de fatos de interesse público, como esses que se fazem objeto da discussão travada nestes autos, torna-se mais que permitida, necessária, seja a fim de trocar conhecimentos, alertar a população, cobrar providências ou compartilhar experiências e informações”, afirmou a juíza.

Referência em saúde na região de Perdizes, a nova UBS Vila Anglo, que hoje funciona em um amplo prédio na Avenida Sumaré, 100, já soma mais de 74 mil atendimentos desde abril de 2023, quando foi inaugurada.

Além de consultas médicas na área de clínica geral, atendimento odontológico, vacinação e acompanhamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, a equipe da UBS realiza visitas domiciliares, com atenção especial a idosos em Instituições de Longa Permanência (ILPIs), com o objetivo de levar os serviços à população mais vulnerável.

Na Vila Anglo, os pacientes também contam com atividades em grupo, oferecidas como forma de promove a saúde coletiva, o fortalecimento de vínculos com a equipe e a ampliação do acesso ao cuidado. Entre elas, estão o Grupo de Estimulação Cognitiva (memória), voltado à saúde mental dos idosos, e o Grupo de Tabagismo, destinado ao apoio de usuários que desejam parar de fumar.

A mudança de local da UBS, que por anos funcionou em uma casa pequena e sem acessibilidade, foi uma reivindicação antiga dos moradores, que atualmente contam com uma estrutura mais adequada de atendimento. “Costumo dizer que quanto mais conheço o SUS, mais me surpreendo de forma positiva. O grupo antitabagismo, a metodologia e principalmente os profissionais envolvidos são maravilhosos e têm minha total gratidão”, relata Fernando Consentino, de 56 anos, morador de Perdizes e fumante desde os 15 anos de idade.

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque da Lapa, na Rua Bergson, 52, é um dos equipamentos de saúde municipais que promovem atividades de estímulo a um estilo de vida mais saudável, com foco no bem-estar e alimentação. A iniciativa, batizada de Academia da Saúde, já foi implementada em 18 UBSs da cidade, oferecendo práticas como: sessões de alongamento, fortalecimento, pilates, relaxamento, exercícios funcionais, lian gong, chian gong, auriculoterapia, shantala, moxabustão, aromaterapia, dança circular, roda de chá, hortoterapia, conversas sobre alimentação e alimentos orgânicos, entre outras.

Nesses espaços, a oferta de atividades físicas para a população é apenas uma das formas de cuidado, uma vez que eles também promovem a conscientização sobre a importância da alimentação saudável, práticas integrativas e complementares em saúde (Pics), práticas artísticas e culturais e educação em saúde

Lançado pelo Ministério da Saúde (MS) em 2011, o programa Academia da Saúde é uma estratégia de promoção do cuidado em saúde por meio da implantação de espaços públicos com infraestrutura e profissionais qualificados.

Orçado em cerca de R$ 1,3 bilhão, o projeto de construção da superestação Água Branca está comprometido devido ao impasse sobre a cessão de três áreas da União próximas ao local. O início das obras, que deveria acontecer ainda neste semestre, agora depende da liberação, por parte da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), entre outros imóveis, de três galpões locados para uma empresa privada de logística que, pelo projeto de reformulação da estação, deverão ser demolidos.

Projetada para concentrar o maior número de linhas de trens e metrô do país, a mega estação Água Branca terá 10 plataformas. Vai receber a Linha 3-Vermelha do metrô, fazendo a integração com a Linha 6-Laranja, além das linhas 7-Rubi, 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM. Futuramente também passarão por lá os trens intercidades para Campinas.

Às vésperas de completar seu centenário, que será comemorado em outubro, a Sociedade Beneficente União Fraterna terá o seu prédio, localizado na Rua Guaicurus, 27, na Água Branca, incluído no projeto Jornada do Patrimônio, iniciativa da Secretaria Municipal da Cultura e Economia Criativa. No domingo, 17, a partir das 9 horas, o edifício, que é tombado pelo patrimônio histórico, poderá ser visitado de forma guiada. Durante a visita, os participantes serão convidados a experimentar uma vivência sensorial, explorando o local através da busca de conexões entre os sentidos e as lembranças, a relação entre aspectos tangíveis e intangíveis do patrimônio e a inclusão como parte fundamental das vivências pessoais.

O prédio é sede da entidade desde 1934. Possui um salas comerciais no andar térreo e um salão, usado para bailes e eventos, no andar superior, com uma rica arquitetura. A partir de 2013, com o início de uma parceria com o Instituto Anastassiadis, o prédio, que apresentava desgastes em suas estruturas externa e interna, começou a passar por um processo de restauro, cuja etapa final terá início agora, com o centenário.

O atual presidente da União Fraterna, Eudoxios Anastassiadis, explica que, de imediato, a grande preocupação foi regularizar a situação do imóvel perante os órgãos municipais “Depois começamos a traçar planos para a recuperação estrutural e modernização do edifício, como limpeza da fachada tomada por pichações, reforma da parte elétrica, instalação de ar condicionado no salão de baile, obras de acessibilidade e várias outras reformas, além de estabelecermos um perfil mais cultural para a entidade, a partir da aprovação de um novo estatuto no final de 2016”, ressalta Anastassiadis. “Um dos aspectos que mais valorizamos é o uso intensivo do nosso salão, resgatando sua vocação histórica para festas e bailes”, afirma ele.