Usuários da AMA Sorocabana reclamam de encaminhamento para unidades distantes

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Um usuário da AMA Sorocabana, que prefere não se identificar, entrou em contato com a redação do JG para questionar os procedimentos de encaminhamento de pacientes da unidade. Ele afirma que após a estabilização, o direcionamento deveria ser para uma vaga no Hospital da USP ou no próprio Hospital Sorocabana, mas que no seu atendimento foi enviado ao Hospital de Santo Amaro. Mais usuários corroboram com a informação.

Outra reclamação é sobre as reuniões dos conselhos gestores que funcionam no complexo do Sorocabana. Usuários que queriam participar foram informados que a sala do encontro é muito pequena e que representantes da Associação Saúde da Família, Organização Social responsável pela gestão da unidade, teriam preferência. Durante a pandemia os encontros foram realizados de forma virtual e eles solicitam que, na falta de estrutura para os encontros presenciais, as reuniões sejam feitas em formato híbrido.

Questionada sobre os dois casos relatados, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que as vagas de leitos hospitalares são disponibilizadas pela Central de Regulação de Urgência e Emergência (Crue) do município, e pode variar de acordo com a especialidade requerida. Por tratar-se de manifestação anônima, não foi possível uma apuração detalhada.

A regulação do acesso aos recursos de urgência e emergência no Município de São Paulo são realizadas envolvendo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por intermédio das Centrais de Urgências e Emergências do Complexo Regulador Municipal (CRUE) da SMS, e a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS), que atuam de forma articulada e integrada.

Sobre a reunião mensal do Conselho Gestor da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) Sorocabana, a SMS afirma que é um espaço aberto à participação de todos os interessados e, entre 2020 e 2021, o período mais crítico da pandemia de Covid-19, excepcionalmente os encontros foram realizados de forma virtual, de acordo com as recomendações de distanciamento social daquele momento. Um novo conselho foi eleito em abril deste ano e, desde então, as reuniões ocorrem de forma presencial, em todas as segundas sextas-feiras de cada mês, às 9h. O conselho tem autonomia para definir o formato das reuniões ordinárias e propor as pautas necessárias às discussões.

Silvia Tommasini, integrante do Comitê de Defesa do Hospital Sorocabana, um coletivo que luta pela qualidade da saúde pública e seu acesso universal, relata também a importância da oficialização da municipalização do Hospital Sorocabana. As respostas recebidas da administração dizem que o processo está sendo encaminhado, mas a documentação oficial não é apresentada aos usuários e membros do conselho gestor.

No dia 13 de outubro de 2021 a Prefeitura recebeu um termo do governo do Estado indicando a intenção de transferência da titularidade do prédio do Hospital Sorocabana, o que em teoria possibilitaria o início do processo de estudos e elaboração de projeto executivo para a reforma e modernização da estrutura. Porém, a unidade segue funcionando nos mesmo moldes de sua reabertura em 2020, quando foram ativados os leitos para pacientes de Covid-19, sob administração da Associação Saúde da Família (ASF). Os leitos passaram por uma transição para atender clínica médica, mas usuários relatam que a unidade tem atendido moradores de outros bairros, e não os da Lapa. O Sorocabana foi fechado em 2010 e desde então sua reabertura tem sido uma demanda prioritária da região.

Equipamentos
Outra preocupação dos usuários é referente à atual estrutura e equipamentos utilizados no complexo do Sorocabana. Caso do aparelho de raio-x da unidade Hora Certa que está quebrado, aumentando a demanda da AMA Sorocabana. Questionada, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que a Associação Saúde da Família (ASF), Organização Social de Saúde (OSS) que administra o complexo Sorocabana, está tomando as medidas necessárias para o conserto do aparelho de raio-x em questão.

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