Sabesp apresenta Centro Ecológico de Reciclagem de Pavimentos

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Foto: Sabesp

Sabesp
Acesso ao CERP será independente ao do parque

Para tirar dúvidas da comunidade e apresentar oficialmente o Centro Ecológico de Reciclagem de Pavimentos (CERP) localizado ao lado do Parque Orlando Villas-Bôas, a Sabesp participou de um webinar na terça-feira (1º) realizado em parceria com o Jornal da Gente e o Instituto Limpa Brasil.

A conversa contou com Aurélio Fiorindo Filho, superintendente da Unidade de Negócio Oeste da Sabesp, Alessandro Muniz Paixão, gerente do Departamento de Engenharia da Sabesp, Edilainne Muniz, diretora executiva do Instituto Limpa Brasil e Bárbara Dantine, editora do Jornal da Gente.

A apresentação foi conduzida por Aurélio Fiorindo Filho, que falou do alinhamento da empresa com os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, com a promoção de saneamento básico e acesso à água potável. Também falou das ações realizadas em decorrência da pandemia, como a isenção de tarifas para 2,5 milhões de clientes, a distribuição de 6,5 mil caixas d’água para pessoas em situação de vulnerabilidade, a instalação de 100 pias em pontos de grande fluxo de pessoas no centro e em comunidades, 19 mil lavagens de hospitais e áreas públicas em 304 municípios e a instalação de 530 lavatórios públicos, entre outras.

O CERP, já instalado e em funcionamento, é um projeto de economia circular para reaproveitar o material proveniente de obras de saneamento da Sabesp. A partir da reciclagem de pavimentos de ruas, calçadas e sarjetas são criados novos insumos para a recomposição das valas, o que culmina com a redução de material que é enviado para aterros públicos e retira agregados do meio ambiente. Segundo Aurélio Fiorindo Filho, os produtos que são gerados com a reciclagem têm uma qualidade maior, melhorando as reposições da Sabesp em vias públicas. Esses produtos são a brita graduada simples reciclada (BGR) e o RCC (Resíduo da Construção Civil) espumado, gerado através de um processo que consiste em misturar betume, água a 170ºC e o RCC em uma câmara fechada, evitando ruídos e odores. O procedimento foi base de estudos da USP e considerado uma solução econômica e sustentável.

Por possuir um acesso separado, a operação do CERP não interferirá com o uso do Parque Orlando Villas-Bôas quando este for reaberto ao público.

Entre as principais preocupações de moradores do entorno, está o impacto ambiental e de vizinhança que o CERP poderia causar, mas segundo o superintendente o processo que será executado no local acontece a frio (sem queima de substâncias), é não poluente e conta com uma cortina natural de árvores que impedirá que poeira e detritos se espalhem para fora da área de operação. Em relação ao barulho e poluição do fluxo de caminhões que irão trazer e levar o material, estima-se que seja um volume de oito mil caminhões durante todo o contrato, válido para dois anos, e os veículos que trouxerem o material já serão recarregados com os produtos novos, aproveitando a viagem. A entrada se dará pela Marginal Tietê, sem aumentar o trânsito de veículos no bairro. Em relação às autorizações, o licenciamento foi aprovado tanto pela Cetesb quanto pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.

Aurélio Fiorindo Filho afirma que esse projeto é pioneiro e será um exemplo da região para outros lugares da cidade. “Estamos trazendo benefícios, não malefícios. Não se compara a uma usina de asfalto porque não há queima de produto para produzir outro, nem com a usina de compostagem. Ainda não é possível abrir para visitação por causa da pandemia, mas quando for viável queremos trazer a comunidade, escolas e universitários para fazerem pesquisas. Tenho certeza que será um empreendimento exitoso e que todos serão favoráveis a ele”, afirmou o superintendente.

Moradores também questionaram se foram realizados estudos de impacto ambiental e de vizinhança. “Por não ter degradação, geração de resíduos ou impactos ambientais e sociais, os estudos foram dispensados. Fizemos e apresentamos outros estudos referentes à operação que foram solicitados pela Cetesb”, explicou o gerente do Departamento de Engenharia da Sabesp Alessandro Muniz Paixão.

Sobre a escolha do local, foi citado que a Vila Leopoldina é um bairro que passou por grande transformação nos últimos 20 anos e tem uma posição estratégica pela proximidade de onde são gerados os resíduos, o que garante o maior benefício ambiental com o menor deslocamento de veículos. O CERP funcionará de segunda a sexta, das 7h às 17h.

Clique aqui para assistir ao webinar.

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