A grande Área de Convivência do Sesc Pompeia abriga, até o final de agosto, a exposição Quase Circo – Carmela Gross. A mostra da artista visual paulistana proporciona uma leitura abrangente de suas obras, evidenciando a diversidade de sua produção e sua contribuição para a arquitetura, história urbana e o panorama artístico contemporâneo.
A exposição destaca a convergência entre as criações de Carmela e a arquitetura visionária de Lina Bo Bardi, oferecendo aos visitantes uma imersão nas obras da artista. Sem aderir a rótulos ou convenções, a narrativa visual apresentada por Carmela Gross desafia expectativas e convida os espectadores a explorar novas perspectivas.
A mostra reúne 13 obras, exibidas em grande escala, como a instalação “RODA GIGANTE” (2019), “ESCADAS VERMELHAS” (2012/2024), “O FOTÓGRAFO” (2001), “UMA CASA” (2007),” LUZ DEL FUEGO” (2018/2024), “FIGURANTES” (2016), “BANDO” (2016/2024), “ROUGE” (2018), “A NEGRA VERMELHA” (1997/2024), “BANDEIRA PIVÔ” (2024).
Além disso, os visitantes têm acesso a painéis luminosos, vídeos e desenhos na Área de Convivência, junto com duas obras anteriormente expostas no Sesc Pompeia: “RIO MADEIRA” (1990) e “ESTANDARTE VERMELHO” (1999). Destaca-se também a obra “GATO”, criada especialmente para a exposição e instalada nas passarelas do complexo esportivo, inspirada em um desenho de Lina Bo Bardi.
“Esta exposição é uma convergência. De um lado, a obra peculiar de Carmela Gross, que, ao longo de quase seis décadas, produz arte como uma forma singular de observar, deslocar e recombinar elementos do mundo, frequentemente utilizando os restos do crescimento urbano como matéria-prima. De outro lado, a arquitetura de Lina Bo Bardi, que encontrou no Brasil lições sobre trabalho, arquitetura e design populares, incorporando-as em sua própria arquitetura fundamentada em princípios modernistas”, destaca o curador Paulo Miyada.
Para o diretor regional do Sesc São Paulo, Luiz Deoclécio Massaro Galina, a iniciativa integra uma série de projetos expositivos sediados no Sesc Pompeia em anos recentes, com o intuito de revisitar produções históricas de nomes decisivos para a compreensão da arte brasileira.
Os desenhos, objetos e instalações de Carmela Gross (São Paulo, 1946) dialogam com questões ligadas ao espaço urbano. A artista já participou de oito edições da Bienal de São Paulo, e de exposições individuais e coletivas, no Brasil e em diversos países: França, Estados Unidos, Rússia, Eslováquia, México, Colômbia, Espanha, Chile e Itália, entre outros. Tem obras nos acervos de vários museus: Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da USP, MoMA, de Nova York, Museum of Fine Arts, de Houston, entre outros, e em coleções particulares referenciais. Realizou obras públicas na cidade de Laguna, em Santa Catarina, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em Paris, na França.
A visitação é gratuita e pode ser feita de terça a sábado, das 10h às 21h, e aos domingos e feriados, das 10h às 18h. O Sesc Pompeia fica na Rua Clélia, 93 – Água Branca.