Moradores se mobilizam contra transtornos provocados por shows no Allianz Parque

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Foto: Divulgação

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Filas tomam conta de calçadas e áreas verdes

Para a população que mora na região da Água Branca, Perdizes e Pompeia, 2023 foi marcado pelos grandes transtornos causados por mais de 70 shows realizados no Allianz Parque, que levaram uma multidão a tomar conta do entorno da arena em metade dos finais de semana do ano.

Para tentar amenizar a situação, os moradores estão se mobilizando no sentido de fortalecer as associações de bairro locais e, com isso, dar visibilidade a esses transtornos e propor ações aos órgãos públicos responsáveis pelas autorizações, fiscalização e policiamento dos eventos no sentido, principalmente, de responsabilizar as empresas produtoras de shows e a administradora da Arena Allianz Parque pelos problemas. A última reunião aconteceu no dia 26/11.

Entre os transtornos relatados por moradores e comerciantes devido a presença de milhares de pessoas, por várias horas durante o dia e noite, ao redor do Allianz, estão o bloqueio de ruas e calçadas, prejudicando o acesso às entradas de condomínios, estacionamentos, comércios e ao Shopping Bourbon, além de dificultar a chegada aos hospitais e postos de saúde da região. Com as ruas tomadas pelo público, as 18 linhas de ônibus que servem a área precisam ser desviadas, deixando de parar em vários pontos, e os entregadores e motoristas de aplicativo não conseguem chegar aos seus destinos. A população também é impedida de usar as praças e demais áreas verdes do bairro, que ficam lotadas de pessoas e cheias de sujeira.

“Quem mora aqui perdeu o direito de ir e vir, além de ter de conviver com o barulho e a falta de sossego permanente. Enfim, perdemos nossa qualidade de vida e precisamos resgatar isso”, diz a conselheira do CADES – Lapa, Jupira Cauhy, que é moradora da região. “Para o primeiro semestre do ano que vem já estão agendados 13 shows no Allianz. Se uma medida urgente não for tomada, os transtornos vão continuar”.

Em 5/12, o Conselho Superior do Ministério Público indeferiu a homologação do TAC – Termo de Ajustamento de Conduta sobre poluição sonora dos eventos realizados na Arena, firmado em outubro de 2022 e que previa a realização de medidas até março de 2023, vinculando o cumprimento a posterior análise técnica pelo IPT. De acordo com a justificativa do MP, a homologação foi indeferida porque o cronograma inicial não foi cumprido, já que não houve a apreciação da análise técnica realizada pelo IPT ou a publicação de informações sobre o cumprimento das medidas pela investigada, mesmo após a continuidade das investigações.

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