Com mais de quatro meses de vigência, a lei que criou o Programa de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Vila Lobos (PIU Leopoldina) avança a passos muito lentos, travada por uma indefinição central: a exata metragem da área destinada às construção das moradias sociais.
Pelas determinações legais, a construção dos conjuntos habitacionais para as famílias da comunidade Ceasa seria feita em um único terreno de pouco mais de 6 mil m² doado pelo grupo Votorantim, empresa proponente do PIU. Preocupada com o adensamento de 853 moradias nessa área, a Prefeitura iniciou conversas com a Ceagesp verificando a possibilidade de um acordo para incorporação de terreno do entreposto da Avenida Gastão Vidigal, lindeiro à favela Do Nove. No entanto, as negociações não evoluíram e o entrave do adensamento segue sem solução.
Por outro lado, a Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) articula as primeiras ações para compor o Conselho Gestor da Área de Intervenção Urbana (AIU) Vila Leopoldina -Vila Lobos, espaço territorial formado a partir da vigência da lei que criou o PIU. É no perímetro da AIU que ocorrerão as obras do PIU no campo social (construção de moradias e reforma do Cingapura Madeirite), ambiental (parque linear) e privado (torres de uso misto). “Fomos chamados pela Sehab para começar o encaminhamento do Conselho Gestor”, afirma Alexandre Beraldo, presidente da Associação Moradores Ceasa. “As comunidades estão assentadas numa área que pelo zoneamento é uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social). Toda ZEIS tem um Conselho Gestor e o nosso precisa ser renovado, pois o Conselho Gestor da AIU vai contar com membros indicados pelo Conselho da ZEIS”
Na quarta-feira, 18, a Sehab organizou nas comunidades um primeiro encontro para explicar toda a dinâmica eleitoral. O Conselho Gestor da Zeis será renovado em eleição marcada para o mês de dezembro. Ainda não há data marcada para a eleição do Conselho da AIU.