O livro Orlando Villas Bôas e a Construção do Indigenismo no Brasil, lançado pela Editora Mackenzie, está entre os finalistas do 57º Prêmio Jabuti, na categoria Biografia. A obra organizada por Orlando Villas Bôas Filho, decorre da comemoração do centenário de nascimento de Orlando Villas Bôas, no ano de 2014, que morou seus últimos anos na Lapa e sua família segue na região.
De acordo com Orlando Villas Bôas Filho, figurar entre os finalistas do Prêmio Jabuti é uma satisfação muito grande, especialmente em virtude da temática do livro, pois isso demonstra a sensibilidade da comissão julgadora para importância da bibliografia e da história concernida no livro. “Não havia imaginado que o livro pudesse ter essa repercussão, essa ressonância, embora pela qualidade ele fosse vocacionado a isso. Recebi a notícia com muita alegria, a consagração do trabalho está colocada ai, realmente eu acho que é algo que enaltece o trabalho como um todo, um trabalho de equipe feito com muita competência, em parceria com a Editora Mackenzie”, afirma o autor.
O livro procura analisar a contribuição de Orlando Villas Bôas e seus irmãos na construção do indigenismo brasileiro. Para tanto, reúne artigos de autores nacionais e estrangeiros que, a partir de prismas distintos, analisam a herança dos irmãos Villas Bôas. Além disso, compila depoimentos de diversas personalidades acerca do trabalho empreendido por Orlando Villas Bôas e seus irmãos para a proteção dos povos indígenas do Brasil.
Além dos artigos, o livro reúne uma rica iconografia que ilustra a vida e a obra de Orlando Villas Bôas. Além de fotografias de época e inéditas, procurou-se também reunir cartas trocadas com várias personalidades, como o Marechal Rondon, Claude Lévi-Strauss, André Siegfried, Darcy Ribeiro, John Hemming, Café Filho, David Maybury Lewis, Carlos Drummond de Andrade e outros. Também conta com uma cronologia relativa à vida de Orlando Villas Bôas.
O livro tem, portanto, a pretensão de contribuir para a discussão do papel desempenhado por Orlando Villas Bôas e seus irmãos na construção de uma política de proteção e respeito aos povos indígenas do Brasil. Visa, assim, realçar a importância histórica do trabalho por eles desenvolvido em defesa de um país capaz de respeitar a diversidade cultural que lhe é constitutiva.