Justiça suspende em definitivo aumento do limite de ruído em estádios e casas de show
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Aprovado recentemente em forma de ‘jabuti’ dentro do Projeto de Lei (PL) que regulamenta o funcionamento das Dark Kitchens, o aumento de 55 para 75 decibéis do limite de barulho permitido no entorno de estádios e casas de espetáculo da cidade foi agora suspenso em definitivo pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Os desembargadores entenderam que o limite máximo de ruído produzido nesses locais deve estar dentro das normas da ABNT, o que significa que estes podem gerar, no máximo, 55 decibéis de barulho à noite e 65 durante o dia. De acordo com a decisão, o aumento desse limite foi aprovado de forma irregular, por fazer parte de outro PL. Durante o julgamento no TJ, o relator do processo, desembargador Ricardo Dip, argumentou que a Prefeitura de São Paulo só pode legislar sobre barulho de forma benéfica à população, e não de forma a retroceder nos direitos dos munícipes.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Procuradoria Geral do Município, informou que aguarda a intimação do acórdão para conhecimento de seus termos e fundamentos, para verificar possíveis providências judiciais que eventualmente serão adotadas.
Estação Palmeiras-Barra Funda da CPTM recebe exposição “Olhares da Floresta II”
Quem estiver passando pela Estação Palmeiras-Barra Funda, que atende a Linha 7-Rubi da CPTM, poderá conhecer um pedacinho da Amazônia com a exposição Olhares da Floresta II, que estará em exibição até o dia 30/09.
A mostra, organizada em parceria com a ONG ImageMagica, é realizada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, com o objetivo de ampliar e fortalecer a representatividade cultural das aldeias e comunidades ribeirinhas do Rio Arapiuns, no Pará
A exposição é um compilado de imagens realizadas em 20 comunidades e aldeias. Para chegar nesses locais afastados, a equipe da ONG percorreu por meio de barco cerca de 140 quilômetros de rio. Os voluntários usaram a fotografia como meio de expressão para produzir registros e legendas que refletem a relação dos habitantes com a natureza e os costumes, características marcantes da região. A exposição das imagens para milhares de pessoas que passam pela estação gera impacto, conhecimento e valorização da diversidade cultural do país.
Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.
‘O Bosque dos Sonâmbulos’ volta em cartaz no Teatro Viradalata
Um musical inspirado nos filmes de horror gótico das décadas de 1960 e 1070 é o enredo do espetáculo ‘O Bosque dos Sonâmbulos’, que volta em cartaz no Teatro Viradalata. As sessões acontecem de terça a quinta, às 21h, até o dia 12/10.
Adaptando o filme homônimo de Matheus Marchetti para os palcos, ‘O Bosque dos Sonâmbulos’ é um conto-de-fadas macabro sobre uma misteriosa companhia de ópera que vem se apresentar em um antigo hotel nas montanhas. Enquanto o jovem Thomas se apaixona por um belo cantor da trupe, seu irmão mais novo, Oliver, teme que eles sejam vampiros, e que sua família corra grande perigo.
“O Bosque dos Sonâmbulos surgiu de um diário de sonhos que eu tive na minha adolescência, e especificamente para um sonho recorrente sempre envolvendo um hotel isolado e um menino misterioso que eu encontrava lá. Queria escrever um romance gay adolescente que se casasse com minha linguagem narrativa de preferência o horror. Assim, busquei inspiração nos filmes de horror gótico dos anos 1960 e 1970, principalmente os que tratam de vampiras lésbicas – como as obras de Jean Rollin – mas subvertendo o olhar talvez mais heteronormativo dessas narrativas, trocando o gênero dos personagens centrais,” conta Matheus Marchetti.
Com uma encenação minimalista, apenas alguns objetos de cena e figurinos coloridos ocupam a função de cenário. A trilha sonora é cheia de contrastes – indo do lírico ao folk-rock em instantes – buscando recriar o sentimento de sair de um sonho e cair em um pesadelo, e vice-versa. As músicas são tocadas ao vivo por uma pequena banda para piano, violão, violoncelo e guitarra.
A encenação pretende criar uma performance intimista, colocando o público no mesmo saguão do hotel onde a história acontece. Sentados no mesmo ambiente que os protagonistas, num formato de arena, os espectadores se acomodam no que aparenta ser o lobby de um hotel abandonado com os poucos objetos de cena cobertos por pesados panos que pairam como fantasmas.
Os elaborados figurinos (parcialmente reutilizados do curta, por Ana Teixeira) funcionam como cenário – cada peça de roupa torna-se essencialmente um objeto cênico chave. Todos os figurinos carregam algum elemento de cor de forma muito intensa, que mesclada com uma iluminação igualmente colorida e exagerada, enfatizam essa viagem ao fantástico, à um mundo de conto de fadas às avessas – igualmente sensual, assustador e fascinante.
O Teatro Viradalata fica na Rua Apinagés, 1.387 – Sumaré. Ingressos entre R$ 45 e R$ 90. Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/86216
Moradores da região engajados na pintura das ‘calçadas brincantes’
Um projeto inédito de pintura de calçadas está movimentando a vida de várias famílias da região. Em uma ação simultânea, no dia 28 de outubro, voluntários de várias regiões do Brasil vão pintar 1000 calçadas brincantes.
Aqui na Vila Leopoldina, Vila Romana e Pompéia, a ação está sendo coordenada pelas escolas Greenkids e Espaço Pensar. Juntas, têm como meta pintar 150 brincadeiras nas calçadas, com o apoio do Jornal da Gente e da Subprefeitura Lapa. “Precisamos de voluntários que se organizem em equipes de até 10 pessoas, escolham um desenho e a calçada onde desejam pintar nesses três bairros”, diz Lucy De Miguel, coordenadora do programa Escolas do Bem, que coordena a iniciativa.
A médica Juliana Morais, mãe da Beatriz (9) e seu marido, juntamente com outros amigos, já estão mobilizados para pintar uma brincadeira na Praça Diogo do Amaral, na Lapa. “Minha prima é tatuadora e fez o desenho, inspirada na jornada de mulheres importantes, que vale a pena ser conhecida pelas crianças”, diz.
Outra família que está bem engajada é a da empresária Cely Giraldes, mãe dos gêmeos Lara e Joaquim (9). As crianças chegaram da escola entusiasmadas com a proposta e logo envolveram os pais, que decidiram liderar duas equipes. A primeira será para pintar a sua própria calçada, na Rua Guiará, na Pompéia. “Até reformei minha calçada para a brincadeira ficar perfeita”, conta Cely.
A segunda calçada escolhida para receber a brincadeira será na porta de uma loja na Rua Desembargador do Vale, Perdizes. O desenho foi criado por uma artista plástica e gentilmente cedido para o projeto. “Estou apaixonada por essa ação porque resgatou minha memória de brincar na rua. Precisamos devolver isso para as crianças”, diz.
Já a professora Cintia Barros quer pintar uma brincadeira em inglês, para levar para as ruas o aprendizado do idioma de forma lúdica. Ela está aguardando autorização do seu condomínio para fazer a pintura na Rua Carneiro da Silva, na Leopoldina.
Quer pintar uma brincadeira? As inscrições das equipes estão abertas até o dia 30 de setembro. Para mais informações e inscrições, acesse o site www.escolasdobem.com.br.
Sítios arqueológicos encontrados nas futuras estações Santa Marina e Sesc-Pompeia do Metrô terão informação em site
A construção da Linha 6-Laranja do Metrô, que terá estações na região da Avenida Santa Marina e do Sesc Pompeia, revelou uma série de sítios arqueológicos, com achados históricos que retratam São Paulo antiga. Para que esse material seja divulgado e conhecido pela população, a Linha Uni, concessionária responsável pela construção e operação da Linha 6, criou em seu site uma área exclusiva (https://www.linhauni.com.br/linha-6-laranja/achados-arqueologicos) com fotos e informações sobre os achados.
“Com a inclusão dos dados referentes aos achados arqueológicos em nosso site, garantimos à população conhecimento sobre todos os trabalhos realizados nesse sentido durante as obras da Linha 6 – Laranja de metrô. Esses achados contam a verdadeira história de São Paulo, escondida no subterrâneo da cidade. É o resgate e o ressignificado da cultura paulistana”, ressalta Jaime Juraszek, CEO da Linha Uni.
Entre 2021 e este ano, ao todo, foram identificados nove sítios arqueológicos históricos, sendo sete já resgatados. Desde o início das obras, já são 11 cadastrados: Miguel Conejo (Estação Freguesia do Ó), Água Branca (Estação Água Branca), Santa Marina I (Estação Água Branca), Santa Marina II (Estação Santa Marina), Pompeia (Estação Sesc-Pompeia), São Joaquim I (Estação São Joaquim), Falha Taxaquara (VSE Tietê), Sara de Souza (VSE Sara de Souza), Saracura/Vai-Vai (Estação 14 Bis), Vila Cardoso (Estação Vila Cardoso) e Lavapés (VSE Felício dos Santos), este último no bairro da Liberdade.
“Estamos empenhados nessa pesquisa, que poderá contribuir para o reconhecimento da ancestralidade negra, e talvez indígena de São Paulo”, afirma a arqueóloga e diretora da A Lasca Arqueologia, Lúcia Juliani, coordenadora científica das pesquisas desenvolvidas nas áreas da Linha 6 – Laranja.
Caminhada pela Paz na Leopoldina acontece dia 30/9
Os moradores e comerciantes da Vila Leopoldina já estão mobilizados para a 1ª Caminhada da Paz, que será realizada no bairro no próximo sábado, 30, com concentração a partir das 9 horas na esquina das ruas Schilling e Carlos Weber. A população percorrerá a pé a Rua Carlos Weber pedindo o fim de todas as formas de violência, especialmente contra a mulher.
Realizado pelo Movimento Leopoldina pela Paz, o evento foi criado pelas advogadas Fabiana Camargo e Gláucia Trevisan e tem a parceria do Observatório Leopoldina, Jornal da Gente, Amigas da Leopoldina e de vários comerciantes locais. A ideia da caminhada surgiu da repercussão de um ato de feminicidio que no dia 1º de agosto matou Jussara Burguez Tonon, de 46 anos, moradora da Rua Carlos Weber, deixando perplexa e assustando a população da Leopoldina.
“A empatia é o que se espera para criar um campo de diálogo para a paz que, sabemos, se constrói passo a passo e com acordos civilizatórios bem claros, afinal, a vida é mais importante”, diz Gláucia Trevisan. “É preciso reforçar a importância de cultivarmos nos bairros a cultura de paz, mobilizando pessoas que moram e trabalham próximas a atuar no combate a todas as formas de violência, que, além da mulher, atinge outros grupos vulneráveis, como idosos, crianças, jovens e a população negra e LGTBQIA + e os que moram nas ruas”, lembra ela.
Como forma de apoio ao movimento e à caminhada pela paz, diversos comerciantes do bairro estão retomando a iniciativa Placas Inspiradas, criada durante a pandemia pelo grupo Meditação no Bairro e que se propunha a acolher as pessoas que caminhavam pela Leopoldina com mensagens deixadas em lousas e cavaletes em frente aos estabelecimentos comerciais. Desta vez, a ideia é contribuir com frases que abordem a temática da cultura de paz, que estarão presentes em mais de 10 pontos do bairro. Durante a caminhada, os moradores também poderão participar levando cartazes com frases inspiradas no tema.
PIU Leopoldina: adensamento preocupa Prefeitura
Mais de 800 moradias sociais construídas num terreno de 6 mil metros, na Avenida Manuel Bandeira, implicando em erguer prédios com mais de 20 andares. Esse é o cenário atual projetado para o PIU Leopoldina, projeto de intervenção urbana que desde 20 de junho é lei municipal com o objetivo de reurbanizar a área degrada nas proximidades do Carrefour.
Ao avaliar o impacto dessa obra, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) procura alternativas para diminuir o adensamento de moradias. Embora não tenha tornado público o fato, a SMUL tem conversado com a Ceagesp sobre a possibilidade de o entreposto federal ceder para a Prefeitura uma área ao lado do 91º DP, de modo que parte das 853 moradias possam ser construídas naquele local, deixando menos compacto o projeto urbanístico a ser implementado no terreno da Avenida Manuel Bandeira, de propriedade do grupo Votorantim, proponente do PIU.
Alexandre Beraldo, liderança nas comunidades Nove, Linha e Cingapura Madeirite e presidente da Associação Moradores Ceasa (AMC), diz que essa proposta merece ser debatida, embora ele não tenha sido comunicado oficialmente, pelo poder público, sobre eventual construção de moradias sociais no terreno da Ceagesp. “Fomos pegos de surpresa. Ainda não nos chamaram para tratar desse tema. Mas é uma proposta que vale entrar em discussão, pois a construção das moradias sociais, que inicialmente estava prevista para acontecer em dois terrenos, numa área de 16 mil m², agora terá de ser feita num único terreno de 6 mil m². Contar com mais uma área diminuiria o adensamento e evitaria a construção de prédios ainda mais altos”, afirma Xandão.