Desenhar brincadeiras nas calçadas pode parecer coisa de criança. Só que o projeto ‘Calçadas Brincantes’, que tem como meta pintar 150 brincadeiras em calçadas na Vila Leopoldina, Pompéia e Vila Romana, já conquistou gente grande também. Artistas, arquitetos e designers estão se unindo à causa e, de forma voluntária, já começaram a criar diversas brincadeiras para serem pintadas nas calçadas, no dia 28 de outubro. A ação, que tem o apoio do Jornal da Gente, será realizada simultaneamente pelas instituições de ensino que fazem parte do Programa Escolas do Bem, em São Paulo, Minas Gerais e Bahia.
A arquiteta e tatuadora Gabi Cravo é uma das que está colaborando com a ação. Mesmo morando no Rio de Janeiro, quando soube do projeto se apaixonou pela ideia e criou a ‘Trilha das Notáveis’. A brincadeira faz uma alusão a quatro mulheres que são referência em nossa sociedade e os caminhos que cada uma percorreu. Entre elas, Lina Bo Bardi e Tarsila do Amaral. Essa será uma das brincadeiras pintadas na Praça Diogo do Amaral.

Já a designer Tamires Moura de Souza, moradora na Pompéia, nunca havia criado nada parecido. Ela recebeu um vídeo da filha de uma cliente, que contou sobre o projeto. Tamires, então, decidiu criar um diagrama em forma de labirinto, estampado por um leãozinho. O jogo desenvolve tanto a atenção quanto as habilidades motoras das crianças. Essa calçada será pintada na Rua Guiará.

O Projeto Calçadas Brincantes tem o apoio da Subprefeitura da Lapa. Artistas interessados em criar uma brincadeira para o projeto podem entrar em contato pelo e-mail comunicacao@inoa.org.br.

Um verdadeiro passeio multicultural gratuito através da música de várias partes do mundo, cuja proposta é celebrar a diversidade e mostrar a força da imigração no Brasil. Esse é o destaque deste final de semana no Tendal da Lapa (Rua Guaicurus, 1.100 – Água Branca), que recebe a 5ª Edição do Festival Gringa Music.

Trata-se de um palco móvel de World Music onde se apresentam músicos imigrantes residentes no Brasil. O objetivo do festival é promover o intercâmbio intercultural, a integração dos artistas imigrantes no mercado de trabalho e revolucionar o circuito musical de São Paulo.

PROGRAMAÇÃO

Sábado 07/10

– 13h00: Chadas Ustuntas (Turquia)
– 14h10: Anais Sylla (França)
– 15h30: Guayoyo (Venezuela)
– 16h50: Mônica Eliziche (Paraguai)
– 18h00: Leonardo Matumona (Congo/Angola)
– 20h00: Idowu Akinruli  (Nigéria)

Domingo 08/10

– 13h00: Débora Sanna (Itália)
– 14h10: Fernando Ferrer (Cuba)
– 15h30: Helio Ramalho (Cabo Verde)
– 16h50: Renata Espoz (Chile)
– 18h00: Yannick Delass (RD Congo)
– 20h00: La Guacamaya (Argentina/Uruguai/Chile)

Com a participação de mais de 80 pessoas, a 1ª Caminhada pela Paz atingiu seu objetivo de chamar moradores e empresários da região a aderirem a campanhas locais que incentivem o diálogo comunitário, repudiando a violência. A manifestação, realizada no sábado, 30/9, contou com apoio do Jornal da Gente e foi uma iniciativa do recém-criado Movimento Leopoldina pela Paz.

As idealizadoras do movimento fazem um balanço positivo do evento. “Mostramos que todos nós somos responsáveis pela paz. Não podemos nos calar diante da violência. Cultura de paz é uma questão de cidadania”, afirma a advogada Fabiana Camargo.

Ativista do Fórum Regional de Mulheres da Zona Oeste, Alexandra Swerts notou disposição coletiva em agir em favor da paz.  “Percebemos que as pessoas querem falar sobre cultura de paz, construindo diálogos e pontes”.  

Para a advogada Glaucia Trevisan, a mobilização das pessoas por uma causa comum deve ser destacada. “A caminhada fortaleceu vínculos em comunidade. Essa foi a primeira iniciativa. Continuando a organizar eventos regulares, certamente teremos a adesão de mais pessoas”, ressalta. Uma das iniciativas cogitadas pelo Movimento Leopoldina pela Paz é a realização de uma jornada de meditação na Praça John Lennon, além de aproveitar temas relacionados à Saúde, como Outubro Rosa e Novembro Amarelo, para fazer novas mobilizações no bairro.

O assassinato de Jussara Tonon, foi lembrado por Marcia Bariani, da ONG Árvore da Esperança. “A Caminhada foi um sentimento de respeito, pois a gente se importa com o que aconteceu com Juçara, um caso de feminicídio que chocou a população da Leopoldina. Temos certeza de que ela sentiu o nosso envolvimento”.

A empresária Marcella Simões, seguindo o mesmo pensamento de Márcia Bariani, destacou que o evento sinalizou para união das mulheres da Leopoldina e região. “Não deixamos passar em branco algo tão horrível que aconteceu no nosso bairro. Importante também foi ver as pessoas aderindo à causa da Árvore da Esperança”, afirmou Marcella.

Em apoio à Árvore da Esperança, o Movimento Leopoldina Pela Paz está engajado em uma campanha de doação de brinquedos, que serão entregues no Natal para crianças em situação de vulnerabilidade. As doaçõespodem ser entregues no posto da Ultragás, na Rua Mergenthaler, 84.

Acompanhado por representantes da Associação dos Amigos de Alto dos Pinheiros (SAAP), o deputado estadual Antônio Donato (PT) percorreu áreas do Parque Villa-Lobos, após ter recebido denúncias de má gestão dessa área verde em regime de concessão há mais de um ano.

Antes do início da caminhada, Donato recebeu da presidente da SAAP, Maria Helena Bueno, um extenso relatório identificando vários problemas na manutenção e uso do parque.  Segundo Maria Helena, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura jamais poderia ter concedido o Villa-Lobos à concessionária Reserva Parques. “Eles vieram para cá, faz um ano, sem investir absolutamente nada. Vieram sem dinheiro. A secretaria cuidava muito melhor deste parque. Fizemos várias enquetes e está todo mundo reclamando. É barulho, excesso de carro. Tudo ocupado, tudo feio, tudo destruído”, desabafa.

Ao caminhar pelo parque, Donato encontrou sanitários com problemas, pistas de passeio e ciclovia repletas de buracos e o Orquidário Ruth Cardoso destruído, além de cruzar com várias áreas tomadas por inúmeras tendas, quiosques patrocinados por grandes grupos empresariais e espaços tomados por brinquedos com uso condicionado a pagamento.  “Virou um parque de diversões, arrecadando dinheiro para quem sabe, algum dia, eles (Reserva Parques) fazerem algo”, criticou a presidente da SAAP.

Ao final da vistoria, Donato fez críticas ao modelo de concessão. “Na lógica de um regime de concessões, o governo, não dispondo de recursos, chama o privado para fazer a gestão porque o privado tem os recursos para realizar obras e melhorias que devem ser feitas de imediato.  Mas aqui no Villa-Lobos acontece o contrário. O privado assume, não realiza melhorias e, pior, passa a cobrar da população para fazer caixa e aí investir”, afirmou o deputado petista, convocou Audiência Pública na Assembleia Legislativa, marcada para o dia 9/11, para tratar do tema concessão de parques estaduais, pois também outros equipamentos, entre eles o Parque da Água Branca, enfrentam problemas de gestão após passarem a ser administrados pela iniciativa privada.

Com a reeleição de três candidatas e a chegada de duas novas eleitas pela primeira vez, o Conselho Tutelar da Subprefeitura Lapa ganha nova composição e será 100% feminino no quadriênio que terá início em 10 de janeiro de 2024.

A eleição que renovou o Conselho Lapa e outros 51 em toda a cidade ocorreu no domingo, 1. O quinteto lapeano, responsável pela defesa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) será formado por Ana Paula da Silva (3.128 votos), Hyde Pereira Santos (3.125 votos), Lilian Belloti Pinheiro (2.186 votos) – todas reeleitas -, além das novas integrantes Patrícia Tavares da Silva (3.231 votos) e Eliete Ventura Diaz (2.903 votos). O primeiro suplente é Angelo Apro Junior (1035 votos), enquanto Fábio dos Santos Carvalho ficou com a segunda suplência (592 votos).

Concorreram 1.241 candidatos para os 52 conselhos tutelares, com a eleição de 260 conselheiros. A votação ocorreu em 325 pontos da capital e foram disponibilizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral 2.026 urnas eletrônicas.

O processo de escolha foi organizado pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Diretos Humanos e Cidadania (SMDHC) e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

Planejada em 1996, na gestão do prefeito Paulo Maluf, a ampliação da Avenida Mario de Andrade, paralela à Avenida Francisco Matarazzo, continua indefinida, mesmo sendo prioridade no contexto das obras da Operação Urbana Consorciada Água Branca (OUCAB) desde 2013. O grande entrave para a finalização do Projeto Executivo da obra continua sendo o método construtivo a ser utilizado na transposição da Avenida Mario de Andrade para a Avenida Santa Marina.

Na reunião do Conselho Gestor da OUCAB, ocorrida em 18/9, o assunto foi colocado em pauta.  “Os dados que temos neste momento indicam dificuldades de construir essa passagem em nível inferior”, explicou Antonia Ribeiro, coordenadora de Planejamento da SP Obras, empresa municipal que acompanha a execução de projetos urbanísticos na cidade.

Segundo Antonia, a alternativa para esse gargalo seria a construção de um viaduto ligando as duas avenidas. Estudo nesse sentido já está sendo encaminhado, mediante aditivo no contrato firmado com a empresa responsável pela elaboração do Projeto Executivo da obra de ampliação da Avenida Mário de Andrade. Não há prazo para a entrega das avaliações.

Desde 1996, a Avenida Francisco Matarazzo vem recebendo projetos de impacto viário, entre eles universidades, Shopping Bourbon, hipermercados e Arena Allianz, sem, no entanto, contar com compensações privadas que proporcionassem o adequado planejamento viário. Dessa forma, o prolongamento da Mário de Andrade, obra estimada em mais de R$ 400 milhões, é considerado vital para desafogar o tráfego intenso naquela região.

Durante a Audiência Pública de prestação de contas convocada pela Câmara Municipal, na quarta-feira, 27, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que está em preparação o processo licitatório para contratação da empresa que ficará responsável pela elaboração do projeto executivo e, na sequência, a realização de obras visando à reconstrução do Hospital Sorocabana. “Iremos encaminhar a licitação no final de outubro”, disse o secretário adjunto da Saúde, Mauricio Serpa, que participou remotamente da audiência.  A expectativa, segundo ele, é de que o contrato esteja em vigor entre dezembro deste ano e janeiro de 2024.

Representantes do Conselho Gestor do Hospital Sorocabana acompanharam presencialmente a Audiência Pública e foram cautelosos ao comentar a declaração do secretário adjunto. “É muito bom sabermos que a licitação está sendo encaminhada, porém até agora o Conselho Gestor não foi chamado a participar das avaliações que a SMS faz sobre o novo Sorocabana”, afirma o conselheiro Pedro Santinho. “Fizemos um requerimento à secretaria. Precisamos saber qual é o plano para reformar o hospital, qual o cronograma das etapas da reforma, quais são os estudos epidemiológicos regionais embasando o tipo de hospital a ser entregue e o que nele será implantado”, acrescenta Santinho.

A conselheira Ana Maria Estevam entende que não há como abrir mão de uma ala neonatal. “Já ouvimos da própria SMS que o Sorocabana seria reaberto sem maternidade. Mas recebemos a informação da vereadora Luana Alves dando conta de que a secretaria trabalha com o projeto de hospital com maternidade. O escopo da reforma que norteará a licitação do projeto executivo precisa ser apresentado e debatido com o Conselho Gestor antes da publicação do edital no Diário Oficial”, sustenta Ana Maria.

O secretário adjunto mostrou-se aberto ao diálogo com o Conselho Gestor, adiantando, no entanto, que as conversas devem respeitar os parâmetros técnicos levantados pela secretaria.