Uma proposta, que de certo trará à tona discussão,
passa a ser defendida pela Associação Amigos da Lapa de Baixo: a mudança do nome
do bairro para Nova Lapa. “A região precisa ser revitalizada e nós vamos lutar
por melhorias. Entendo que mudar o nome ajudaria a dar um grande impulso nessas
conquistas”, defende o presidente da entidade Walter Rivetti, que conta com
apoio do presidente das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa
(Consabs), José Bendito Boneli Morelli.
A moradora Selma Gazolli discorda.
“A Lapa como é hoje conhecida teve sua ocupação inicial na Lapa de Baixo junto
da estação de trem. O nome Lapa de Baixo veio com a construção da passagem
subterrânea, que dividiu a Rua 12 de Outubro. O nome correto para Lapa de Baixo
é Lapa, as outras é que deviam se chamar Nova Lapa de Cima, Nova City Lapa.
Outra coisa, ninguém que mora na Lapa de Baixo foi consultado sobre esta
mudança”.
Lapa de Baixo pode|ser rebatizada
Fique de bem|com a vida
Viver
é muito mais do que comer e morar dignamente. Para viver bem, é
essencial atender todas as necessidades do corpo, da mente e do
espírito – e isso requer um conjunto de fatores. Sem nos alongarmos
nesses itens, podemos destacar que um fator importante do ser humano é
o sexo. Não essa banalidade que vemos divulgadas por aí, mas o direito
pessoal de ter uma vida saudável nesse quesito.
O psicólogo Oswaldo
Rodrigues Jr., do Instituto Paulista de Sexualidade, há 25 anos na
profissão e há 14 no comando de sua clínica, trata de questões ligadas
à sexualidade, e é referência no País e no exterior sobre o assunto.
Prestes a iniciar um grupo de estudo sobre disfunção erétil (veja box
no final da entrevista), ele fala sobre sua experiência clínica. Numa
casa tranquila, próxima à Avenida Sumaré, Oswaldo nos concedeu esta
entrevista.
É difícil falar sobre sexo?
Na verdade,
fomos criados para cumprir alguns papéis principalmente relacionados ao
trabalho, à vida social, familiar. Relacionamento e sexo, bem, essas
são situações para quais nós, humanos, não fomos criados. A gente
aprende que temos que casar na frente de todo mundo, fazer a festa e
está tudo feito. Problema sexual é diferente de uma dor de dente. A dor
de dente faz o paciente ir ao dentista imediatamente. Os problemas
sexuais fazem com que as pessoas aguardem de cinco a dez anos antes de
procurar a solução para o problema. Então esses homens ou mulheres,
mesmo os mais jovens, demoram para procurar um tratamento.
E fica difícil saber o que vai acontecer, né?
Porque
sexo é uma coisa da qual a gente não aprende a conversar e a discutir,
e isso dificulta muito os casais e aí tem essas outras dificuldades que
vão acontecendo. Sexo não adianta pegar um livro, ler e saber o que
fazer. A comunicação é o ponto principal. E por isso procuramos
resgatar a situação que eles não desenvolveram, não puderam
desenvolver, tiveram dificuldades de desenvolver e aí conseguimos fazer
alguma coisa, através de um processo de psicoterapia que implica mudar
atitude e facilitar os novos comportamentos.
Isso é muito comum entre os casais?
Uma
das coisas que a gente percebe é que muitas pessoas, muitos casais
precisam de melhorias nas suas vidas sexuais. Algumas pessoas têm
queixas específicas sexuais, outras têm queixas um pouco mais
nebulosas, e a nossa proposta é fazer atendimento em psicologia, em
psicoterapia, em pessoas ou casais que queiram melhorar seu bem-estar
sexual, com vistas de melhorar sua vida de forma geral. É muito comum o
que a gente chama de inadequação sexual do casal, quer dizer, como o
casal se integra sexualmente para que sinta bem com o outro. Muitas
vezes temos um casal aqui discutindo e aprendendo a se comunicar de uma
forma efetiva e afetiva para que o sexo e o relacionamento a dois possa
acontecer.
Quais são as principais queixas?
Atendemos
queixas específicas, como, por exemplo, dificuldade de ereção, de
controle ejaculatório, falta de ejaculação na relação, dificuldades
relacionadas a desejo, diminuição ou excesso, ou desejo descontrolado,
ou variações de comportamentos sexuais que às vezes são complicados de
serem sustentáveis num casal, ou mesmo socialmente. E mulheres com
queixas de orgasmo, com dificuldades de permitir ou ter penetração,
dificuldade de lubrificação vaginal, também dificuldade de desejo.
O que fazem os psicólogos?
Nosso
papel é ajudar esse período de comunicação, afetivo, fazer com que esse
casal aprenda uma comunicação emocional e sempre discutimos questões e
técnicas sexuais, as soluções dos próprios problemas específicos que
dependem de desenvolvimento e algumas vezes de técnicas, mas são na
verdade atitudes que envolvem pensamento, emoção e o próprio
comportamento. A técnica atinge só o comportamento, não atinge
necessariamente a contribuição e a emoção.
E quem procura mais, casais mais velhos ou casais mais novos?
Olha,
ao longo de 25 anos atendendo, tem uma variação de coisas. Por exemplo,
no final da década de 1980 e começo de 1990, existiam muitos homens
sozinhos que procuravam tratamento porque houve uma grande divulgação
das questões masculinas. Antes, na década de 1970 e começo de 1980,
existia muita divulgação das questões dos problemas femininos, através
das revistas femininas. Então, no final da década de 1980, começaram a
aparecer muitos homens sozinhos, que diziam ter um problema e queriam
resolver para chegar em casa já resolvidos. Depois ficou mais comum
recebermos pessoas mais velhas e depois começaram aparecer pessoas mais
novas por causas dessas pílulas. No Brasil, aconteceu um fenômeno
interessante, diferente dos Estados Unidos ou alguns países europeus,
onde essas pílulas são compradas por pessoas mais velhas de uma maneira
mais coerente.
Fale um pouco sobre esses comprimidos.
Muitos
homens podem ir até a farmácia e tomar um comprimidinho, por exemplo,
para experimentar. Mas eles não percebem que na bula diz que é e
necessário ter desejo sexual e é necessário ter ambiente erótico, ou
seja, na verdade dependemos da nossa parceira. É verdade que essas
pílulas funcionam e ajudam até mesmo quanto aos estímulos físicos, se
não houver nada errado. O que aconteceu no Brasil na última década?
Muitos jovens passaram a experimentar as pílulas e perceberam que elas
não funcionavam. Aí veio a sensação maior de carga de culpa.
Então nem todos tinham problemas?
Sim,
alguns não tinham o problema e agora passaram a ter! Começou a
acontecer de casais jovens estarem chegando até aqui. Atendemos até
adolescentes. Alguns com 15, 16 ou 17 anos chegam aqui trazidos pelos
seus pais, inclusive, que marcam consulta dizendo ‘nosso filho está com
problemas, descobrimos que ele está com impotência’. Uau! Se os pais já
estão sabendo, vamos lembrar que a intimidade e a privacidade já se
tornaram pública, então, para esse adolescente, se torna mais um
problema.
A maioria que vem aqui tem um relacionamento estável?
É,
80% deles vêm porque tem um relacionamento estável, mas ainda tem uma
porcentagem que vem sozinha. Tem gente que chega aqui até com 40 anos
de idade e diz não ter tido nenhuma relação sexual, não ter namorada.
No entanto, há muitos casais que procuram porque começaram a perceber,
até mesmo pela discussão mais pública, que sexo se faz a dois. Quando
ele vem sozinho, a primeira coisa que fazemos é perguntar pela
parceira, porque vai chegar um momento em que a parceira vai precisar
estar presente. Existe a questão individual que precisa ser tratada por
psicoterapia – os medos, as dificuldades de comunicação –, mas existem
momentos que a parceria precisa estar lá, é necessário troca.
Isso quer dizer que o casamento está em alta?
Não
sei te dizer, mas existe uma coisa na nossa cultura que valoriza o
casal. Uma coisa importante: homens solteiros morrem mais cedo, de 10 a
15 anos antes que os casados! Você sabe, os homens ainda acreditam que
viver sozinhos e solteiros seja um glamour porque saem com qualquer
uma, mas isso é mentira. Estatisticamente, os casados fazem mais sexo.
Porque os solteiros não saem todo dia para fazer sexo. Então são
fantasias mesmo.
Até o dia 14 de dezembro o Instituto Paulista de Sexualidade estará recebendo inscrições para a participação gratuita no Grupo de Tratamento para Disfunção Erétil.
A disfunção erétil é conhecida pela dificuldade ou incapacidade de obter ereção suficiente para relação sexual, dificuldade que pode agravar diversas outras áreas da vida social e pessoal do indivíduo, tais como baixa autoestima, ansiedade, depressão, sentimentos de culpa e prováveis desencontros conjugais. O tratamento será feito em consultas semanais de 90 minutos, às segundas-feiras, com início dia 4 de janeiro de 2010, para um grupo de 15 homens, no máximo. O tratamento é grátis e terá duração de oito meses.
O estudo será conduzido por psicólogos da clínica. Para maiores informações, telefone 3662-3139 ou e-mail inpasex@uol.com.br.
Proibido não tocar.
Crianças em contato com Bruno Munari. Exposição do Museo dei Bambini, de Milão, a mostra é voltada para o público pré-escolar e apresenta a obra de Bruno Munari. Todas as peças podem ser tocadas pelos pequenos. Até 23 de agosto. Grátis. Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195, Pinheiros. Telefone 3095-9400.
Só sonho samba.
Música ao vivo, marionetes de fio, samba e muita diversão compõem o musical infantil. O espetáculo da Companhia de Bonecos Urbanos segue temporada até 27 de setembro, sempre aos domingos às 15h. O grupo se apresenta também no feriado de 7 de setembro, no mesmo horário. No palco, 11 bonecos, manipulados por três atores, resgatam a história do samba paulista misturando diferentes técnicas de manuseio, como varas, manipulação direta (Bunraku teatro de animação japonesa) e bonecos de fio. Além disso, um cenário composto por material reciclável complementa a atmosfera de uma vida em comunidade. O arremate final fica por conta de uma banda ao vivo formada por três músicos, dois percussionistas e um violonista, para dar ritmo à trilha sonora criada pela Companhia especialmente para peça. R$ 8 (inteira). Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195. Telefone 3095-9400.
Dorival Caymmi – Em busca da Brasilidade.
Poucos autores marcaram tanto a música brasileira como o baiano Dorival Caymmi. Sua intervenção na MPB será o tema desse curso, em três encontros semanais, irá explorar sua obra. O evento é fruto do livro Caymmi Sem Folclore, de André Domingues. Dias 14, 21 e 28 de Agosto, das 19h30 às 21h30. Grátis. Centro Cultural e de Estudos Superiores Aúthos Pagano. Rua Thomé de Souza, 997, City Lapa. Telefone 3836-4316.
Festival de sopas na Ceagesp.
O evento faz parte das comemorações dos 40 anos da empresa, completados dia 31 de maio. Bufê com quatro variedades de sopas por noite. Acompanhados por pão italiano, queijo ralado, pimenta moída na hora, salsinha, cebolinha, croutons, pães e torradas diversas, entre outros. R$ 14,00, as pessoas poderão se servir à vontade. Há também refrigerantes, água, sucos naturais, vinho, cerveja, frutas da época e sobremesas. Até 29 de agosto. De quinta a sábado, das 18h às 23h. Estacionamento gratuito. Entreposto de São Paulo. No antigo prédio da Nossa Caixa. Entrada pelo portão 3 – Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946, Vila Leopoldina.
Reeducação alimentar e culinária natural.
Palestras sobre as características dos alimentos e o uso correto de cada um. Ensina a montar cardápios saldáveis e várias receitas de comidas naturais. Valor: R$ 140. A Flora Medicinal. Rua Albion, 188, Lapa. Telefone 3832-9901.
Mad Rock Fest.
Em comemoração ao Dia do Rock, o festival organizado pelo Mad Studios, pretende promover novos talentos do rock brasileiro. Já estão confirmadas a aparesentação das bandas Forte Apache, Izi, Nutshell, Caballero e um show surpresa. Entrada grátis mas a organização pede a colaboração de um quilo de alimento não perecível. Dia 23 de agosto, a partir das 13h30. Tendal da Lapa. Rua Constança, 72 (altura do 1.100 da Rua Guaicurus), Lapa. Telefone 3862-1837.
Sons Urbanos.
Tem a proposta de levar música de qualidade feita, principalmente, por novos talentos do rock, blues, soul e pop. Terças, às 20h. Dia 11, Ladodalua apresenta suas batidas de MPB. Dia 18, som, swing e descontração com Santo Groove. Dia 25, Lafusa, numa fusão de guitarras do rock’n Roll e acordes da MPB. Entrada franca. Indicação: 10 anos. Centro Cultural Sesi Vila Leopoldina. Rua Carlos Weber, 835, Vila Leopoldina. Telefones 3834-5523 e 3832-1066 ramal 1180.
Carro novo do cara
Acompanhe todos os momentos do corsa do william