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A Vila Madalena|e suas mudanças

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Vanessa Pinheiro Dantas e seu trabalho

A Vila Madalena já foi tema de novelas e músicas. Mas são poucos os estudos acadêmicos sobre o bairro. Graduada em Turismo, professora da Universidade de Sorocaba e mestre em Hospitalidade, Vanessa Pinheiro Dantas usou o bairro como tema para sua tese de mestrado. Durante um ano e meio estudou as mudanças ocorridas por meio de entrevistas com moradores mais antigos do bairro. Nesta entrevista, ela conta sobre suas descobertas para seu trabalho: Vila Madalena – Imagens e representações de um bairro paulistano, que está disponível no site do Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br).

O que te levou a fazer uma dissertação de mestrado sobre o bairro?
Eu nasci e morei 27 anos na Vila Madalena. Quando eu entrei no mestrado eu já tinha desejo de fazer alguma coisa sobre o bairro. Era um desejo de estudar por ter nascido lá, pela convivência, por gostar da Vila, por ter deixado de morar na Vila e não ter deixado de frequentá-la.

Como escolheu o tema?
No início, quando eu encontrei com a minha orientadora, eu tinha outro tema. E numa conversa, ela descobriu essa paixão que eu tenho pelo bairro e começou a me instigar. Uma das coisas que chamou mais a atenção foram as transformações que aconteceram ao longo principalmente das duas últimas décadas. Tinha uma curiosidade de saber como aconteceu tudo isso.

E como aconteceu a seleção dos entrevistados?
Na verdade, foram pessoas da minha convivência mesmo. Inicialmente, ficou acordado o seguinte: já que eu quero pensar nas transformações dos últimos 20 anos, eu preciso de pessoas que moram pelo menos há 20 anos na Vila. Escolhemos uma faixa etária de no mínimo 50 anos. O trabalho fala muito de memória. O resultado do trabalho são algumas representações, o que a Vila representa para eles. É qualitativa, foram entrevistadas 6 pessoas. As entrevistas duravam cerca de 1 hora. E era uma análise de todo esse conteúdo.

Que mudanças aconteceram no bairro no decorrer de 20 anos?

Muitas coisas. Talvez o mais comentado foi a verticalização. E uma verticalização elitizada. São prédios de alto padrão que vão sendo construídos e que mudam completamente o perfil da Vila. No começo não era um bairro conhecido. Quando eu era criança, me perguntavam onde eu morava, eu tinha que falar Pinheiros, porque se falasse Vila Madalena as pessoas não sabiam onde era. Algo que foi bastante detectado também é que a Vila, embora tenha um decréscimo populacional, tem um fluxo muito intenso de pessoas que trabalham ali, tanto de dia como de noite, que muda completamente o perfil.

Quais tipos de perfil durante o dia e à noite?
Durante o dia você tem os ateliês, as lojas de grife, os restaurantes, um comércio bastante intenso. E uma população flutuante que tanto trabalha nesse comércio quanto faz uso dos serviços. E a ela também foi citada pelos entrevistados como bairro de passagem, uma alternativa às grandes vias da cidade. Uma forma de cortar caminho. E à noite é completamente diferente. No meu trabalho, eu falo que surgiu uma boemia comercial, diferente do que ela era antes. A boemia de antes, era o morador da Vila Madalena que ia ao bar para encontrar com os amigos para uma relação de sociabilidade. Ele estava no Empanadas, no Sujinho ou no Bartolo. Era uma relação muito intensa. Hoje não. Ela continua sendo boêmia sim, porque tem uma quantidade de bares bastante significativa, mas eles são um atrativo turístico.

As pessoas ainda mantêm traços de antigamente?
Algo importante num bairro é o encontro entre os moradores. E na Vila eles mantêm isso na feira livre de sábado. É um lugar onde os madalenos, os moradores antigos, se reúnem e passam o dia perto de uma barraca de pastel ali na Aspicuelta. É um ponto de encontro vivo ainda. Se eles não têm mais os bares, por uma série de motivos, isso ainda ficou. Isso é muito legal.

Há algo que você não sabia sobre a Vila e descobriu por meio do seu trabalho?
A elitização e a verticalização já eram fatos muito claros. O que mais me chamou a atenção foi que sempre a achei um bairro mais de esquerda. Mas fui atrás dos colégios eleitorais, vi os números de votos, analisei os partidos. E ela faz parte de uma elite, é conservadora, ela não é nada de esquerda. Isso acho que foi o que mais me chocou.

Antes da pesquisa, você também sentia essas mudanças do bairro?
Quando você vai fazer sua pesquisa, você está carregada de informação. E você precisa romper esse caso de amor com o objeto para olhar para ele e conseguir criticá-lo, analisá-lo. Eu tinha um romantismo de achar que a Vida Madalena era mais alternativa. Os ateliês de hoje, as lojas de grife… é tudo tão caro. Não é mais aquela coisa de estudante da USP, duro, que morava na edícula do português.

Em que pontos essas mudanças foram positivas e negativas para o Vila Madalena?
Algumas coisas poderiam ter sido melhor planejadas ou organizadas, mas acho que fica difícil falar que isso ou aquilo não deveria ter acontecido. Tem um lado positivo que, no momento em que a Vila fica famosa, vira nome de novela, ela se torna conhecida nacionalmente. Nesse momento você tem uma valorização dos imóveis. E o morador não tem como falar que não gostou. Eles reclamam muito da questão da bagunça, violência e até um pouco da segurança. Acho que a grande problemática são esses problemas que foram gerados.

Como você classificaria a Vila Madalena hoje?
A Vila não é mais aquilo que era, por todas essas questões: alternativa, de esquerda, artística, musical. Mas tem uma coisa que ninguém sabe explicar que é o charme da Vila. Talvez uma palavra que possa classificá-la é que a Vila Madalena é charmosa. Ela tem uma coisa que é só dela. E faz com que os entrevistados reclamem, falem das transformações, mas não queiram mudar de lá de jeito nenhum.

Você disse que sempre gostou muito do bairro. Depois de pesquisá-la, isso mudou?
Eu sou apaixonada pela Vila. Às vezes, quando você pega um trabalho e termina, você não consegue mais olhar para o objeto de estudo. Mas isso definitivamente não aconteceu comigo. Hoje eu conheço muito a Vila Madalena, todos os cantinhos. Eu acho que eu entendo melhor a Vila. Tenho um olhar que é muito mais crítico. E gosto muito.

www.adisparatada.blogspot.com

Novo point da carne|chega na Lapa

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O novo espaço xpicanha oferece diversos modos de preparo da carne e cervejas importadas.

O bairro da Lapa está sempre apresentando novidades. Agora temos um novo endereço onde a picanha é soberana. Trata-se do X Picanha Burguer & Grill, que abriu suas portas no final de setembro.
A casa tem como carro chefe a picanha importada fatiada servida na pedra. O prato chega à mesa montada em uma pedra aquecida. Em duas versões: porção inteira ou em meia porção. Acompanha a picanha, molho vinagrete, farofa e, de acordo com a preferência do cliente, batatas ou mandiocas fritas.
Esta é a segunda franquia da marca na cidade de São Paulo. Além da Lapa, existe outra casa no bairro do Tatuapé. A franquia começou em São José do Rio Preto onde surgiu a primeira casa. O X Picanha foi o sanduíche que de cara fez um grande sucesso e outros pratos foram sendo criados e incorporados no cardápio.
Toda a carne utilizada nos pratos do restaurante vem de produtores da Argentina e Uruguai que se tornaram famosos pela qualidade do gado e da maciez das suas carnes. Além da picanha, as outras carnes grelhadas, como o ancho steak e a fraldinha, têm a mesma origem.
A casa tem à frente João Pereira de Oliveira que atuava no mercado financeiro até recentemente. Ele é morador da região e trouxe a marca e o sistema para a zona Oeste. “Sentia que a região carecia de versatilidade e um produto como a picanha na pedra. Apesar do pouco tempo de funcionamento, já percebi que o público gostou do nosso prato-chefe. Temos um bom serviço e preços convidativos”.
João lembra que o cardápio do restaurante é bem variado e atende a todos os gostos. Recomenda, além da picanha, os pratos grelhados que podem ser servidos em meia porção ou inteira. Além deles, a linguiça cuiabana (de picanha ou baiana) e o prato mixto (frango, calabresa e picanha). Há ainda onze opções em sanduíches.
Tem um cardápio infantil e a carta de bebidas é bem variada, com destilados, cervejas nacionais e importadas servidas na temperatura exata por solícitos garçons e garçonetes.
O salão, dividido em duas áreas, tem anexo um pequeno espaço aberto. TV de plasma nos dois ambientes. O clima é tranquilo para almoçar, jantar ou encontrar com os amigos para saborear uma deliciosa picanha.

X Picanha Burguer & Grill
Praça Cívica, 94, Lapa
Telefones 2769-1600 e 3868-1375
www.overdadeiroxpicanha.com.br

Em parceria|com a Lapa

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O presidente da Apas João Sanzovo Neto

Criada em 1971, a APAS – Associação Paulista de Supermercados, é uma entidade que reúne empresários supermercadistas do Estado de São Paulo. Entrevistamos nesta edição o administrador João Sanzovo Neto, seu presidente desde 2006 e que está em um segundo mandato que vai até setembro do próximo ano. O setor gera cerca de 300 mil empregos diretos e outros 900 mil indiretos. As lojas no Estado de São Paulo representam 31% de todo o setor brasileiro. Nesta conversa, ele fala, entre outras coisas, sobre o papel do setor e suas ações sociais e de sustentabilidade, além da participação dos supermercados no dia a dia das famílias.

Como surgiu a Apas?
A Apas surgiu no interior de São Paulo. Os supermercadistas começaram a se encontrar, trocar ideias, experiências, em 1960. O movimento cresceu e culminou com a fundação da Apas em 1971, com sede em São Paulo.

Nos planos econômicos pelos quais o Brasil passou, os supermercados e suas máquinas que remarcavam preços eram considerados os “inimigos” do consumidor…
Tivemos essa experiência muito desagradável que começou com o Plano Cruzado. O governo jogou nas costas dos varejistas a culpa pela inflação. Mas ao longo dos anos, ficou muito claro para o consumidor que ele se deixou levar pela conversa do governo. O consumidor percebeu que o preço já vinha formado. O governo emitia o dinheiro e gerava inflação. No Plano Real, quando o governo fez a sua parte, a economia se estabilizou. Os supermercados ajudaram a combater a inflação.

O setor é muito competitivo?
Sim, sem dúvida. Todos disputam o consumidor através de ofertas, de promoções, negociando com os fornecedores e repassando para o consumidor. Os supermercados são os grandes aliados do consumidor frente à inflação.

Como a Apas veio para a Lapa?
A Apas sempre teve a sede aqui na Lapa. Antes, era na Avenida São Guálter.

A sede também é espaço cultural, de eventos…
Nós projetamos o edifício para outras utilizações. Nós o chamamos de Espaço Apas. Locamos para casamentos e outros eventos. É uma forma de gerar recurso. Temos uma boa estrutura, com estacionamento e tudo o mais. E vamos desenvolver atividades culturais.

O que o consumidor procura em um supermercado?
A comodidade, se a loja está perto de casa. Outra coisa é o atendimento que deve ser simpático. A limpeza da loja é muito importante para o cliente. Essas exigências apareceram depois que a inflação deixou de ser um problema. Nós sempre soubemos que esses detalhes são importantes para o cliente.

O fim da inflação modificou o comportamento do consumidor?
O que nós percebemos ao longo dos anos, com a estabilidade econômica é que muitas verdades puderam ser confirmadas. O consumidor ficava meio perdido com a inflação. Naquele momento, todas as análises econômicas eram difíceis de serem feitas porque a inflação distorcia tudo. Então, o que percebemos que com a estabilidade, o consumidor pode fazer uma melhor análise. E isso fez com que ele começasse a entender que onde ele comprava poderia não ser o melhor lugar. Ele foi se adaptando e usou outras atribuições que as lojas precisam ter… Antes, ele se preocupava em comprar o mais rápido possível para manter o poder de compra do dinheiro.

Mudou também o número de idas ao supermercado?
Antes, ele fazia uma compra mensal. Ia longe de casa, se precisasse. Com a estabilidade econômica, a compra passou a ser mais frequente e o cliente vai mais vezes ao supermercado. Hoje, não há necessidade de estocar. Muitos clientes vão às nossas lojas três ou quatro vezes por semana.

Isso é bom?
Sim, é bom. Essa frequência de visita faz com que o produto esteja sempre mais fresco. Tanto na prateleira como na dispensa do cliente. Dá uma dinâmica de consumo favorável a toda a cadeia produtiva. O cliente busca lojas próximas da sua residência.

O poder aquisitivo cresceu e o consumo também?
Nestes últimos quatro anos, temos uma mudança de comportamento de consumo, devido a um ganho de renda adicional. Principalmente as faixas D e E. E o nosso setor percebe essas mudanças imediatamente.

O consumidor brasileiro é diferente dos demais consumidores do mundo?
Em função das situações econômicas que nós já vivemos, inflação, surgiu o parcelamento nos cheques e no cartão de crédito. Foi uma forma que o varejo encontrou para superar essas dificuldades dos consumidores. Mas de uma maneira geral, o nosso consumidor é igual aos de outros países, nas necessidades do que ele espera em relação a um supermercado.

Que dicas o senhor daria para o consumidor aproveitar melhor sua ida ao supermercado?
Comprar o produto da safra é básico. O produto da época terá um preço melhor. É uma máxima que vale sempre. Principalmente nos hortifrutis. E é sempre bom fazer a pesquisa de preço.

Quais ações sociais a Apas faz?
A Apas tem a Mulher Apas, que é presidida pela esposa do presidente, no caso, minha esposa, Suzana Sanzovo. É o braço social da Apas. São vários projetos. Um deles é o “Vaga Certa”. A legislação obriga os supermercadistas, a partir de um certo número de funcionários, a contratar jovens com 16 anos ou mais. Nós estamos selecionando estes jovens, capacitando, dando orientação para que possam ocupar as vagas que os supermercados oferecem.

Quantos jovens participam?
Já selecionamos 50 jovens. Todos daqui da região Oeste. Eles estão sendo capacitados. Agora esperamos a abertura das vagas por parte dos supermercados da região.

E o projeto Mãos Feitas?
Preparamos mulheres para que se tornem manicures. Temos cursos de forno e fogão. São parcerias com as subprefeituras de Pirituba e da Lapa. Eles selecionam as candidatas que estão desempregadas e procuram uma recolocação adequada no mercado.

Vocês adotaram uma praça aqui próximo da sede…
É uma ação de sustentabilidade. Nós cuidamos da praça vizinha aqui da sede. E todo o nosso prédio tem esse rigor em sustentabilidade. Racionalidade do uso da água, energia. Acabamos com os copos plásticos…

Como a Apas vê o problema causado pelas sacolinhas plásticas?
São os três erres: reutilização, redução e reciclagem. O objetivo é que seja bom para o meio ambiente. No passado, tínhamos sacos de papel. Isso mudou, porque o saco de papel rasgava, umedecia. E o consumidor reclamou. Surgiram os sacos plásticos. A comodidade e a versatilidade foram fundamentais.

E como a Apas pretende mudar esse comportamento?
Agora elas estão causando problemas. Antes tinha o saco de papel. Depois veio a de plástico. O consumidor passou a usar como saco de lixo, então os milhões de sacos que vão para aterros sanitários comprometem a vida útil dos aterros. É uma questão de comportamento. Em breve teremos sacolas biodegradáveis e acho que será uma solução. Além das retornáveis. Cada empresa tem adota uma ação mais ou menos arrojada.

E grupos como os da terceira idade e com necessidades especiais?
Temos nos preocupado com todos os grupos que têm necessidades especiais. Até porque a clientela da terceira idade, por exemplo, está crescendo e a população brasileira está envelhecendo. E são consumidores ativos. Isso gera tanto produtos específicos por parte da indústria como um atendimento especial de nossa parte. Inclusive vamos ter ações com os grupos de terceira idade da Lapa.

A Apas participou do Ação Lapa que aconteceu no dia 17 de outubro…
Nós queremos atuar com a comunidade. Se os nossos associados se envolvem com suas comunidades, nós da sede também devemos nos envolver. Aqui na Lapa, procuramos nos relacionar com as outras entidades. Encontramos aqui na Lapa uma sociedade civil muito bem estruturada. E vamos continuar.

Qual é a vantagem da Apas estar aqui na Lapa?
O que gosto muito daqui da Lapa é esse relacionamento com as outras entidades e que parece muito com o interior. Tem uma sociedade civil organizada e uma boa qualidade de vida para quem mora por aqui. Sou de Jaú e o primeiro caipira a se tornar presidente da Apas. Para mim, é uma alegria fazer parte da Lapa.

Palmeiras organiza|tour para torcedores

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Visitas guiadas levam torcedores a conhecer dependências e celebrar a história do Palmeiras

A Sociedade Esportiva Palmeiras em
parceria com a empresa de turismo esportivo Futebol Tour deu início ao
Palestra Tour, uma visita guiada às dependências do Estádio Palestra
Itália, para receber torcedores e celebrar sua história.
O tour é iniciado pela Sala de Troféus, que foi reformulada para a
visitação. Após comentar curiosidades, sobre as conquistas do time e
mostrar o acervo histórico do Palmeiras, o guia conduz o grupo ao
camarote do presidente, vestiários, gramado (um dos grandes momentos do
tour), sala de imprensa, os bustos de homenagem aos ídolos, terminando
na loja oficial do Palmeiras.
O novo serviço com duração de cerca de 50 minutos é uma oportunidade
para o torcedor conhecer os bastidores do clube, que a partir de junho
de 2010 passará por uma grande reforma para a construção da Arena
Palmeiras.
O Tour acontece de quarta-feira a domingo, exceto em dias de jogos no
Palestra Itália, e estará aberto de quarta a sábado, das 10h às 16h, e
no domingo, das 10h às 14h. Os ingressos são vendidos em guichê dentro
da loja oficial e podem ser reservados pela internet, no site
(www.palestratour.com.br). O valor do ingresso é de R$ 20 reais.
As   Os visitas acontecem de hora em hora e são conduzidas por guias
especialmente treinados. É possível também adquirir o ingresso família,
que custa 45 reais e dá direito a dois adultos e duas crianças.
Crianças até cinco anos não pagam e estudantes e maiores de 65 anos
pagam meia-entrada. Reservas e agendamentos são feitos para grupos,
pelo e-mail (atendimento@palestratour.com.br) ou telefone 3813-3231.

Contaminação gera|preocupação

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Terreno da Faiveley está sendo monitorado pela Cetesb

Depois que o engenheiro do setor de áreas
contaminadas da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo),
Vicente de Aquino Neto, falou sobre as condições da contaminação do
terreno da antiga Usina de Compostagem da Vila Leopoldina, onde a
Prefeitura pretende instalar o Parque Orlando Villas Bôas, chegou à vez
do representante da metalúrgica Faiveley Transport do Brasil (antiga
Sab Wabco do Brasil) – apontada como uma contaminante da área –
comparecer a Comissão Parlamentar de Inquérito de Danos Ambientais da
Câmara Municipal de São Paulo, na terça-feira (20), para explicar as
providências tomadas para solucionar o problema.
O presidente da Faiveley, Carl Eric Alvenius, foi convocado pela CPI,
mas quem compareceu foi o diretor de Meio Ambiente da empresa, Luiz
Carlos Constantino, representando Alvenius. Ele lembrou que a Faiveley
comprou a Sab Wabco (na década de 90) de um grupo suíço, que por sua
vez adquiriu a empresa da Fresinbra Industrial – de um grupo americano
-, que era dona do terreno desde 1956. O terreno da metalúrgica
Faiveley (antiga Sab Wabco), na rua Lauriano Fernandes Junior, que era
usado pela indústria de peças e equipamentos para locomoticas e trens,
fica próximo da área (contaminada) onde está prevista a instalação do
parque.

Contaminação

Segundo Constantino, a empresa investiga o problema da contaminação
(que teria atingido até o lençol freático). “Ainda não há uma certeza
do avanço da pluma de contaminação até a área do parque. Hoje existe
dois projetos acontecendo no terreno da antiga Sabwabco (onde está em
processo de remediação). Foram instaladas barreira hidráulica no
perímetro do terreno (da empresa) com o objetivo de evitar que essa
contaminação saia (para a área vizinha). Outra forma é se caso essa
pluma sair, essa barreira hidráulica, traga a contaminação por meio de
um sistema de vácuo”, explicou ele. “Existe um compromisso de venda da
área da empresa a uma incorporadora (Cyrella), só que tem esse
impeditivo com relação a remediação (descontaminação) da área”, revelou
o diretor.
Para o representante do Conselho Regional de Meio Ambiente,
Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz da Subprefeitura da Lapa
(Cades Lapa), Reinaldo Holdschip, a intenção da Faiveley é discutir com
a sociedade uma maneira de equacionar o problema. “Vamos propor uma
reunião com os membros do Cades, a sociedade civil, e a Faiveley, para
ver qual solução é mais indicada para o resolver o passivo (ambiental)
da área da ex-usina”, afirma Reinaldo Holdschip.

Diretor da Emurb|presta contas

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Comissão cobra do diretor da Emurb sobre Operação Urbana Água Branca

O diretor de Operações da Emurb (Empresa
Municipal de Urbanização), Rubens Chammas, atendeu a convocação da
Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara
Municipal requerida pelo vereador Paulo Frange para explicar a
contabilidade da Operação Urbana Água Branca, na reunião de
quarta-feira, 21. No dia 20, Chammas já havia prestado esclarecimento
na Comissão de Finanças.
Ele começou a explanação dizendo que a Emurb tem aplicado,
rigorosamente, a lei tanto do ponto de vista de cálculo e contrapartida
quanto de aplicação de recursos. “Paralelamente a isso, estamos
desenvolvendo a proposta de uma nova Lei da Operação Urbana Água
Branca”, disse o diretor da Emurb.
Chammas falou sobre a situação atual da Operação, do Plano Urbanístico
e as propostas de revisão da Lei. “O perímetro da Operação Urbana Água
Branca é de 540 hectares. A proposta inicial da Lei era criar um
contraponto com o adensamento da região sudoeste e a Lei indicou 300
mil metros quadrados para residenciais e 900 mil para não residenciais.
Esses estoques não são divididos por setores, são para todo o
perímetro”.
O Caixa da Operação Urbana conta, atualmente, com R$ 72 milhões (R$ 60
milhões e R$ 12 milhões de receitas financeiras), originados com
recolhimento de outorga onerosa. “O grosso desse montante veio a partir
de 2006”, disse Chammas. “Começamos a arrecadar recursos de 2007 para
frente. Em relação às saídas, que são pequenas, R$ 1,5 milhão ao longo
desse tempo, perfazendo um saldo de R$ 69 milhões”.
Segundo o demonstrativo apresentado por Chammas, o saldo da Operação já
está quase 60% comprometido com projeto executivo e execução de 11
obras que estão em andamento, no total de R$ 17 milhões. “As obras
começaram em 4 de junho de 2009”.
Para Paulo Frange, as explicações dadas foram repetitivas e não
convenceram. “Falta transparência por parte da Emurb”, afirma o
vereador que estuda a possibilidade de pedir a abertura de uma CPI para
investigar a Operação urbana Água Branca.

Osmar de Oliveira|Vida com os atletas

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Osmar de Oliveira

Osmar de Oliveira começou na medicina, depois se formou também em jornalismo e hoje exerce as duas profissões com maestria. Além de comentarista esportivo na TV Bandeirantes, ele também é ortopedista e possui uma rede de clínicas, com uma há 15 anos em Perdizes. Nesta entrevista, ele conta sua história com os esportes, em especial o futebol, os tempos em que foi médico do Corinthians, quando entrou para a televisão e sua carreira na telinha (ele já passou por todos os canais de TV aberta) e também sobre o seu trabalho com medicina esportiva.

Você se formou em medicina e depois em jornalismo. Como escolheu cada profissão?
Quando eu era jovem, as opções de escolha eram muito pequenas. Ou você fazia engenharia, ou medicina ou direito. E fui decidir mesmo no meu último ano do colegial. Decidi pela medicina talvez porque tivesse um pouco de dom, imagino eu. Logo que me formei, eu trabalhava muito, porque fazia residência, dava plantão. Cheguei a conclusão de que eu estava ficando um pouco “emburrecido”. Eu não conseguia acompanhar a evolução do mundo, não tinha tempo de ler, não dava para assistir televisão, mal lia o jornal. Aí, resolvi fazer uma faculdade para que me colocasse de volta ao mundo moderno. E só poderia ser comunicação social. Eu não entrei pra ser jornalista, entrei para aprender alguma coisa a mais. Achava que eu tinha jeito para escrever, mas que eu precisava aprender a escrever.

É difícil lidar com duas profissões que exigem bastante tempo?
Tenho uma filosofia de vida que eu não perco tempo para nada. Leio muitos jornais, fico na internet direto para saber o que está se passando, acompanho muito o futebol, e tenho meu tempo da medicina que, geralmente antes de dormir, tudo o que eu recebo aqui de atualidades de medicina eu levo e leio. E depois eu ainda faço Sudoku. Sou louco por isso. Meu pai era um trabalhador também, meus irmãos são assim. Estou toda hora fazendo alguma coisa.
O senhor sempre gostou de esportes, de futebol?
Meu pai era alfaiate e um torcedor do Corinthians fanático. O companheiro dele era o rádio. Eu cresci dentro da alfaiataria escutando rádio e ouvindo o que meu pai falava do Corinthians. Eu sempre brinco que não nasci corinthiano, fui concebido corinthiano porque até o espermatozóide do meu pai era corinthiano. Quando eu fiz 7 anos, meu pai me levou num jogo pela primeira vez e fiquei encantado com aquilo que eu via no estádio do Pacaembu. Eu joguei muito futebol, virei dirigente de clubes de várzea. E, no meu ano de cursinho, eu tive proposta para ser jogador de futebol. Mas resolvi não aceitar. Durante minha carreira de medico, eu fui um dos idealizadores de um programa que tem até hoje na secretaria municipal de esportes que chama “adote um atleta”, em que a gente tinha atletas de futuro promissor em todas as modalidades esportivas. Aí eu tive o prazer de ser médico da Hortência, da Paula, do João do Pulo, do Oscar, do Marcelo, todos esses grandes astros brasileiros. Aí eu comecei a aprender não só o futebol, mas também boxe, atletismo, natação. E não parei mais.

O gosto pelo futebol o influenciou a virar ortopedista?
Eu entrei na faculdade pensando: “um dia eu vou ser médico do Corinthians”. E acabei sendo.

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E como o senhor conseguiu entrar no Corinthians?
Na faculdade, quando faltava um professor, eu ia visitar o pronto socorro. Numa tarde, chegou uma mulher com um quadro de abdominal agudo. O cirurgião de plantão mandou ela subir imediatamente e me vendo ali, me chamou para ajudá-lo. O anestesista dessa cirurgia era o médico do time da cidade, o São Bento de Sorocaba. Durante a cirurgia, ele estava se queixando que iria começar o campeonato, que ele não aguentava mais e que ia pegar um garoto da faculdade para ajudá-lo. Eu levantei a mão e falei: sou eu. No São Bento de Sorocaba, eu era mais jovem que os outros médicos, fazia um trabalho mais moderno. Isso começou a chamar a atenção do presidente do Corinthians. Ele soube que eu era corinthiano e me fez um convite. Fui para ser médico do basquete e do futebol amador e, em um ano, passei pro futebol profissional. Foram 9 anos que marcaram muito minha vida.

Como entrou para a TV?
Na Copa de 78 havia um programa na TV Gazeta que era líder de audiência em termos de mesa redonda de futebol. Um jogador da seleção brasileira foi cortado por problemas médicos e eles me convidaram para dar uma entrevista. Esse programa era feito por um comandante e 11 jornalistas. Nesse dia, um deles faltou e eu, como entrevistado, acabei virando o 11º dessa mesa. Eles acharam que eu tinha jeito de olhar para a câmera, de falar, e pediram que eu continuasse. Comecei e não parei mais.

O senhor trabalhou em todas as TVs abertas. Como está sendo essa experiência na telinha?
Eu comecei em 78, na Gazeta. Durante essa passagem, fazia transmissões de jogos de basquete. Em 81, a Globo comprou os direitos do campeonato paulista de basquete. Como eu era o único locutor de basquete, ela me chamou e eu fui. Fiz também futebol, Jogos Panamericanos. O Luciano do Vale saiu da Globo e foi montar na Bandeirantes o Show do Esporte. O projeto era maravilhoso, ele me convidou e eu, fascinado por essa ideia, fui. Em 85, o Silvio Santos resolveu montar uma equipe de esportes e me convidou para tomar conta. Depois a Manchete começou a se instalar aqui e me chamaram. Fiquei lá por 2 anos. O Silvio Santos me chamou de volta porque ele queria reerguer o departamento de esporte. Depois, fui trabalhar na PSM, uma emissora americana que estava se radicando aqui no Brasil. A Record estava crescendo, resolveu encampar o futebol e lá fui eu. Quando acabou, eu fui para casa achando que tinha terminado o ciclo. Mas a Band me chamou de volta e estou lá até hoje.

Dos jogos que já narrou, qual foi o mais emocionante?
Na Copa que a Argentina foi campeã do mundo, eu narrei o gol de mão do Maradona. Em 87, o Brasil, disputando os jogos Panamericanos de Cuba, fez a maior exibição que existiu até hoje em termos de basquetebol brasileiro. Narrei o recorde do Ben Johnson nos Jogos Olímpicos de Seul, foi uma marca fantástica. E logo em seguida, fui eu quem anunciou em primeira mão que ele estava dopado. Foram várias coisas, mas essas foram muito marcantes.

O senhor lida muito com doping na medicina esportiva?
Quando eu saí do Corinthians, estava começando o controle de dopagem mais rigoroso no Brasil. O presidente da Federação Paulista de Futebol na época resolveu criar um departamento e me convidou. A CBF também me convidou, quatro anos depois, e eu fui tomar conta no departamento lá no Rio de Janeiro. Acabei me viciando no estudo da dopagem. É uma matéria muito difícil. É fácil fazer o controle. Agora o estudo é muito difícil, porque envolve muita química. E sou um dos poucos que estuda isso aqui no Brasil.

Muitas pessoas viraram atletas de fim de semana. Isso é arriscado?
Elas podem se exercitar e devem. Se você fizer atividade física menos do que três vezes por semana, você não vai ganhar grandes benefícios. Se você só conseguir fazer duas, de qualquer maneira você está queimando gordura, mexendo sua musculatura e melhorando a qualidade do seu sono. Mas se você não tem tempo para nada e só consegue correr um pouco no parque no domingo, você não está se tornando um esportista nem um atleta. O momento é ideal para um  contato com o sol, de jogar pra fora o estresse da semana, e de ter uma certa sociabilização.
E que cuidados eles devem tomar?
Não pode chegar e sair jogando. Tem que fazer alongamento. Se ele tomar cuidado com o alongamento e não se exceder na atividade, ficar extremamente cansado, está perfeito. E eu ainda aconselho: se você já completou 25 anos, mesmo que ache que é saudável, vale a pena passar num médico para ele dar uma olhada no coração. Passou de 35 anos, além disso, vale a pena exames de laboratório e fazer o teste de esforço para ver como o coração se comporta na hora do esforço físico.

Quais casos são mais comuns na sua clínica?
Minha clínica tem essa figura de ser muito voltada para a medicina esportiva. Aqui tem pacientes de todo tipo. Mas tem uma quantidade grande de pessoas que tiveram problemas ortopédicos por causa de atividades físicas ou aquelas que ainda não tem problemas mas já vem nos procurar para saber o que tem que fazer para que a atividade física não prejudique o meu corpo.

Quando elas devem procurar o médico?
Eu acho que, se você vai começar uma nova atividade física, vale a pena ir conversar com um médico. E, a cada dor que foge da dorzinha normal de esforço vale a pena ir ao médico, porque uma dorzinha na coxa que nunca aconteceu pode ser um começo de uma distensão muscular.

www.osmardeoliveira.com.br

Zeppelin Madalena

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Jeitão de boteco, opção certa para quem quer paquerar e se
divertir. O som vai do blues ao jazz, passando por clássicos do rock. O
cardápio tem deliciosos pratos e para beber há drinques como o Mojito. Abre de
terça a sexta, às 17h; aos sábados, às 13h, e aos domingos, às 16h. Rua
Aspicuelta, 524, Vila Madalena. Telefones 3814-8763 e 3813-6293.

Piratininga Bar

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Aconchegante, o local faz história na Vila desde 1992. O
chope bem tirado e cremoso. Petiscos saborosos como os pastéis e também a
famosa picanha. A programação musical em clima romântico. Rua Wisard, 149, Vila
Madalena. Telefone 3032-9775. www.piratiningabar.com.br

Pé de Manga

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Grande área ao ar livre com belo jardim e mangueiras que dão
nome ao local. O cardápio é variado, tradicionais petiscos de bar, originais
sanduíches, pratos e sobremesas. Aos sábados, feijoada a partir das 12h30. Abre
de segunda a quinta, das 18 às 2h; sexta e sábado, das 12 às 4h, aos domingos
das 12 às 22h. Rua Arapiraca, 152, Vila Madalena. Telefone 3032-6068.

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