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Soninha faz balanço|da sua gestão

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A Subprefeita Soninha Francine

Na agitada rotina de seu expediente
diário, a subprefeita Soninha Francine encontra um tempo para receber o
editor do Jornal da Gente para uma entrevista. Na pauta da conversa
assuntos mais recentes da administração lapeana e, sobretudo, um
balanço geral da gestão iniciada em janeiro deste ano. Confira o disse
Soninha sobre o desempenho do seu trabalho à frente do gabinete
principal da Rua Guaicurus, 1000.

Árvores
Um dos grandes entraves enfrentados pela subprefeita foi a falta de
equipes para podas e remoções de árvores. Soninha admite falhas nos
serviços, mas pondera levando em conta a dimensão do problema. “Claro
que estamos longe de uma situação ideal. Mas houve avanços. Colocamos
um estagiário para filtrar as demandas que recebemos de modo a eliminar
redundância de pedidos e realizamos um projeto piloto numa área
delimitada, envolvendo o perímetro circunscrito pela Turiaçu, Diana,
Sumaré e Apiracuana. Dez agrônomos numa verdadeira força tarefa (apoio
Secretaria do Verde e Meio Ambiente) examinaram todas as árvores dessa
área. De 1.200, apenas 120 não precisam de algum tipo de intervenção.
Esse projeto piloto mostrou-nos um caminho a ser seguido, que é a
mudança no tipo de contato licitado. Contrataremos por empreitada, com
a contratada tendo que zerar as pendências de uma determinada área”.

Iluminação
Outra grande queixa da população é quanto à precariedade da iluminação
pública. Aqui também Soninha reconhece que o munícipe tem razão em
reclamar e aponta caminhos para enfrentar a situação. “A
responsabilidade desse serviço é do Ilume. A subprefeita pode fazer a
articulação política que resulte em melhorias. Foi o que fizemos com a
vereadora Mara Gabrilli que acabou deslocando para a iluminação pública
uma verba destinada ao Tendal, mas que não poderia (por questões
burocráticas) ser usada no local”.

Enchentes
Soninha reconhece a gravidade do problema, sobretudo agora com as
chuvas de verão. “Na Pompeia decidimos (e fala isso sem esconder
frustração e até mesmo um sentimento de vergonha diante da população)
adotar um Plano de Emergência. Vamos monitorar a situação das chuvas em
contato com o Centro de Gerenciamento de Emergência para que tenhamos
tempo de interditar a região, assim como a Prefeitura fazia na região
do córrego Pirajuçara. Sei que isso é ridículo, mas é o que podemos
fazer, no momento. Existem estudos para a região, mas nada imediato. Já
se retoma a possibilidade de um piscinão e a abertura de novas bocas-
de- lobo ao longo do córrego Água Preta. Na região da Romana, Ipojuca,
por exemplo, o problema não se resolve com novas bocas-lobo, mas sim
com redimesionamento das galerias”.

Orçamento
Soninha não esconde sua decepção quanto ao Orçamento da Sub proposto
pelo governo para 2010: cerca R$ de 21 milhões, uma vez que em 2009 a
verba real disponível foi de R$ 28 milhões, enquanto que o montante
aprovado pela Câmara no final de 2008 era R$ 33 milhões. Ela admite que
com essa redução os serviços básicos de zeladoria ficam comprometidos.
“Precisamos de mais recursos. Não dá para trabalhar com um orçamento
desses. Vamos ter que sair passando o chapéu e contar com sensibilidade
das secretárias (estado e município). Também dá para negociar
parcerias. Refazer uma calçada de uma escola estadual é algo que pode
ser feito com verbas vindas da Secretaria de Educação (governo
estadual). Vamos avançar por aí, vamos firmar uma espécie de convênio
com essa secretaria para serviços de poda, calçamento e iluminação ao
redor de escolas estaduais”.

Cultura
Essa parece ser a área onde a Sub Lapa mais avançou em 2009, como a
própria Soninha reconhece. “Nem vou falar da reforma do (teatro)
Cacilda Becker nem do centro de Convivência (na antiga biblioteca
Cecília Meirelles), que são obras articuladas pela Secretaria de
Cultua. Mas lembro das atividades no Espaço Cultural Tendal da Lapa.
Mantive algumas pessoas, modifiquei outras, mas todas elas são ligadas
a Cultura, que não é só evento, espetáculo. É também oficina. E o
Tendal, agora tem um processo bem definido de cadastramento de
oficineiros. Nossas oficinas são populares. É muito gostoso e bonito ir
ao Tendal nos finais de semana e ver o que está acontecendo. Agora
vamos trocar experiências com as casas culturais de outras
subprefeituras”.

Comunidade
“Lá da Câmara (Soninha vereadora) até tentamos ser recebidos aqui (sub
Lapa) para falar de Tendal e Parque Orlando Villas-Bôas, mas não
tivemos sucesso. Acho muito importante o relacionamento
(comunidade-poder público). As pessoas sentem a necessidade de, no
mínimo, serem ouvidas. As pessoas têm essa necessidade de, no mínimo,
serem ouvidas. É preciso estar preparado para ouvir acusações. É
cansativo. No geral as pessoas são participativas. Se alguém se queixar
de falta de diálogo estarão sendo injustas. O que as pessoas precisam
entender é que nem tudo o que elas pedem pode ser atendido. Ás vezes
elas trazem uma reivindicação que é analisada do ponto de vista do
interesse coletivo e dela discordamos”.

Entrevista com o|nosso subprefeito

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O subprefeito de Pinheiros

Rogério Paixão, 51 anos, é o subprefeito de Pinheiros desde outubro deste ano. É oficial da reserva do Corpo de Bombeiros. Em 33 anos de Polícia Militar, serviu em diversas unidades da corporação, foi comandante dos 27º e 19º Batalhões da PMESP (Zona Sul e Leste, respectivamente) e do 1º Grupamento de Bombeiros. Foi ainda Chefe do Departamento de Recursos Humanos da Instituição. Atuou em diversas ocorrências de vulto, como os incêndios da refinaria de Paulínia e do Restaurante Lago Azul, na Região de Campinas, e na queda do avião da TAM em Congonhas. Participou do projeto que informatizou o COPOM como analista e visitou França e Inglaterra para conhecer técnicas de policiais e de bombeiros. Casado e pai de dois filhos, Paixão é formado em Engenharia Civil, Educação Física e Análise de Sistemas, com pós-graduação em Engenharia da Segurança e Fisiologia do Exercício. Está na subprefeitura de Pinheiros desde fevereiro de 2009. Antes de ser subprefeito, ocupou os cargos de Coordenador de Projetos e Obras, Coordenador de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Chefe de Gabinete até outrubro deste ano, quando assumiu o comando do órgão em substituição ao coronel Nevoral Alves Bucheroni. Nesta entrevista, via e-mail, o subprefeito responde sobre temas que envolvem a Vila Madalena.

Investimento na região.
A região de Pinheiros é 100% urbanizada. Por conta disso, o investimento feito pela subprefeitura na região é basicamente todo voltado para a manutenção da própria região: revitalização de praças e calçadas, serviços de poda de árvores, tapa buracos, etc. Além disso, existe um grande investimento na região que não compete à subprefeitura. Por exemplo, a Emurb realiza duas grandes obras nas regiões do Largo da Batata e da Vila Olímpia. Da mesma forma, as Secretarias de Saúde, de Educação e de Habitação possuem verbas próprias para seus equipamentos. Ou seja, são investimentos realizados na região, mas não com verba da subprefeitura. Os valores para a manutenção da cidade, em nossa região, incluídas as despesas administrativas, beiram os R$30 milhões em 2009, valores que tendem a aumentar em 2010, pois ainda existem questões orçamentárias em andamento.

Reclamações dos moradores e comerciantes.
Qualquer tipo de reclamação pode ser feita por diversas formas: pelo telefone 156, pelo Portal da Prefeitura, ou pelo e-mail pinheiros@prefeitura.sp.gov.br. Muitas vezes o assunto não é de competência da subprefeitura, mas o recebemos e encaminhamos ao órgão competente. Por exemplo, reclamações sobre barulho gerado por estabelecimentos competem ao Psiu (Programa de Silêncio Urbano), assim como o Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana) é responsável pela fiscalização de caçambas irregulares e a coleta de lixo domiciliar. No caso de gritaria e baderna na rua, mesmo que por clientes de estabelecimentos comerciais, a Polícia (telefone 190) deve ser acionada. A subprefeitura possui equipes de plantão 24 horas. Nos finais de semana as denúncias podem ser feitas pelo telefone 3032-3017, que é o plantão de Defesa Civil da subprefeitura.

Mediação de conflitos entre moradores e comerciantes.
Muitos bairros da cidade possuem a característica de abrigarem residências e estabelecimentos de serviço e comércio. A Vila Madalena é um desses bairros. O papel da subprefeitura, nesses casos, é atuar como mediadora de conflitos, tentando conciliar os interesses de ambas as partes.

Lei seca e anti-fumo.
A subprefeitura não tem competência para agir na fiscalização na lei seca e lei antifumo. A primeira é fiscalizada pela Polícia Militar, enquanto a segunda é fiscalizada pela Secretaria Estadual de Saúde e fiscais do Procon.

Relacionamento da subprefeitura com comerciantes da Vila Madalena.
Recentemente nos reunimos com comerciantes da Vila Madalena. O objetivo foi estreitar o diálogo com esse ramo de atividade na região para que possamos orientá-los da melhor maneira e receber o apoio dos estabelecimentos no cumprimento da legislação. No que tange à fiscalização dos mesmos, o estabelecimento para ser regular precisa basicamente de duas coisas: que o imóvel esteja regular perante a prefeitura e que a atividade seja permitida pela lei de zoneamento. Para agilizar a obtenção da licença, está disponível desde outubro na subprefeitura o SLEA – Sistema de Licenciamento Eletrônico de Atividades, pelo qual o interessado pode obter sua licença pela internet, em poucos minutos.

Ecoponto da Rua Girassol com Rua Luiz Murat.
O Ecoponto da Vila Madalena foi um grande presente para a região. Instalado em uma área pública que estava degradada, não teve custo nenhum para a municipalidade. Por outro lado, diminuiu-se a quantidade de entulho que era depositado na região. A Agenda 2012 (Plano de Metas da Prefeitura) prevê a instalação de pelo menos um ecoponto por distrito até o final de 2012. Por enquanto, temos ecopontos em dois distritos: Pinheiros e Itaim Bibi. Estamos estudando terrenos que possam abrigar novos equipamentos.

Bulevar Vila Madalena.
Na verdade, apesar de bastante chamado de “bulevar” pela imprensa, o projeto inicial não se tratava de um bulevar, mas sim da troca de calçadas para garantir acessibilidade e mudanças viárias para ordenar o fluxo de veículos na região. No entanto, houve interferência do Ministério Público, que solicitou estudos técnicos detalhados sobre o viário para a CET. Decidimos optar pela simples revitalização do passeio, sem os alargamentos previsto nas esquinas, e sem a mudança viária. O novo projeto está em fase final de aprovação.

Os 450 anos de Pinheiros.
Pinheiros é, sem dúvida, uma região com forte marco cultural. Em 2010, celebraremos o aniversário de 450 anos do bairro e pretendemos montar uma série de atrações especiais para comemorar essa importante data. É só aguardar para ver!

Subprefeitura de Pinheiros
Avenida das Nações Unidas, 7.123, Pinheiros
Telefone 3095-9595
http://pinheiros.prefeitura.sp.gov.br/

Piquenique leva|família para praça

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Movimento de cidadania reúne a comunidade para tarde de lazer com música e jogos

As apresentações de bandas e
jogos do piquenique realizado pelo Movimento Boa Praça mudaram a rotina
da Praça Amadeu Decome, na tarde de domingo (29). Crianças, jovens e
adultos se divertiram nas brincadeiras que atraiu lideranças de outras
entidades como o Núcleo de Ação Local Vila Romana para a reunião.
O encontro foi o nono promovido pelo movimento de moradores (8
piqueniques e um mutirão de revitalização na Praça Paulo Schiesari). Na
Amadeu Decome foi o terceiro piquenique, outros três foram feitos na
Francois Belanger.
O projeto começou em setembro do ano passado, quando a filha da
moradora Cecília Lotufo, Alice, de quatro anos, pediu como presente de
aniversário um parquinho novo na praça François Belanger. Para atender
a menina, ela buscou apoio na subprefeitura, nas empresas da região e
entre moradores. “No dia 14 de setembro mais de duzentas pessoas se
reuniram para comemorar os cinco anos de Alice e mudar a cara da praça.
A experiência mostrou que a comunidade pode fazer muito por seu bairro,
recuperando as áreas e ocupando os espaços públicos”, diz a
idealizadora do movimento.
Outros encontros surgiram. Hoje o movimento reúne moradores dos bairros
Lapa, Vila Romana, Vila Anglo, Pompeia, Alto de Pinheiros e
Sumarezinho, que, assim como Cecília e Alice, buscam uma cidade mais
humana, com vizinhos que se conheçam e praças com vida. “Só em dezembro
não haverá encontro nas praças por causa das festas de Natal e Ano
Novo”, avisa ela.

Liderança

Idealizadora do projeto, Cecília tem o poder de reunir pessoas. Desde a
época dos caras-pintada ela consegue a façanha. “Fora” escrito em batom
foi a forma que Cecília encontrou para pedir a saída do presidente
Fernando Collor, durante o movimento estudantil em 1992. Sua entrega no
protesto chamou a atenção de fotógrafas e seu rosto ganhou as manchetes
dos grandes jornais do País, transformando-a na musa dos
caras-pintadas. Desde então ela briga por uma sociedade melhor.
Em seu blog, ela revela que gosta de viver no coletivo. “Estou muito
feliz, enquanto cidadã e aprendendo muito com esses encontros. Não é
porque fui dos caras-pintadas e viajei o mundo que conheço tudo”, diz a
líder do Boa Praça.
Para 2010, o movimento busca apoio para os encontros. “A Droga Raia
está propondo apoio de parceira durante o primeiro semestre de 2010.
Agora precisamos elaborar plano de apoio”.

A família na|mesa de Natal

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Sérgio Augusto Baldin Júnior

As festas de Natal são, via de regra, sempre voltadas para a família, e esse é o assunto desta entrevista: família. Tentamos entender o que significa esse “grupo de pessoas vivendo sob o mesmo teto ou com ancestralidade comum, pessoas ligadas por casamento, filiação ou adoção”, segundo o Dicionário Houaiss. Encontramos Sérgio Augusto Baldin Júnior, diácono pertencente à Congregação Salesiana, para jogar luz no assunto. Licenciado em Filosofia, com extensão no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bacharel em Teologia e pós-graduando em Counseling (Aconselhamento) Pastoral, formado em Terceiro Setor e Planejamento, Sérgio, que tem 29 anos e será ordenado padre dia 12 de dezembro, também trabalha com aconselhamento de jovens. Acompanhe agora sua entrevista.

Você consegue definir família?
Dentro dos princípios da nossa tradução cultural, que remota ao século 19, como organização, é composta por aqueles membros que se associam pelo vínculo do matrimônio e têm a abertura para a geração de filhos, e continuam com os vínculos dos outros membros. Só que isso sofreu uma mudança na metade do século 20 para o século 21. Hoje, pela antropologia, trabalhamos com o termo núcleo familiar, que são aqueles que se agregam ao redor de uma mesma comunidade familiar, mas que não necessariamente têm vínculos consanguíneos, ou seja, partilham do mesmo lar, vivem no mesmo lar e são ligados por vínculos afetivos, mas não necessariamente laços de consanguinidade e nem laços diretos, como mãe, pai e filho.

O vínculo afetivo é mais forte do que o vínculo consanguíneo?
Os dois níveis são importantes, tanto a dimensão afetiva como a consanguinidade. São fundamentais biologicamente pela dimensão da espécie, mas cultural e socialmente também.

A mulher foi para o mercado de trabalho e o homem muitas vezes não tem emprego e fica cuidando da casa – na estrutura familiar, isso mexe com a cabeça da criança?
Mexer não seria bem o sentido. É preciso haver diálogo em situações que mudam o modelo social. A mudança do modelo social não incide diretamente na questão de valores que se atribui ao pai ou à mãe. O importante é que esses papéis sejam muito claros. E eles estão sendo alterados, por diversas situações, nas cabeças dos pais. Eles precisam conversar entre si sobre isso, conversar com os filhos, buscar ajuda e ter intervenções de pessoas que possam auxiliar nesse processo, se eles identificarem que existem alguns conflitos.

Trabalhando com aconselhamentos, você nota que esses diálogos existem numa situação como essa?
Em alguns casos, sim. Em algumas situações mais esclarecidas. Não estou falando em nível de informação, mas de pais que tem uma caminhada de informação da própria vida. Eles conseguem dar esse passo para constituir a família; outros, mesmo muitos bem informados academicamente, são fechados nesse sentido e os diálogos não acontecem.

Qual é seu trabalho com jovens?
Temos um trabalho de assessoria da pastoral, com objetivo, como salesiano, de ajudar o jovem no processo em relação à fé, e aí não é fundamentação pragmática religiosa. Educação à fé é ajudá-los a dar sentido à própria vida a partir da existência do chamado do desejo de Deus. São jovens internos da Fundação Casa, jovens dependentes químicos e até jovens que estão se descobrindo vocacionalmente para o projeto de formação, de faculdade, de primeiro emprego.

É possível notar na formação deles a falta de estrutura familiar?
Sim, mas isso não é regra. Há um risco muito grande de generalizar as coisas, de que famílias desestruturadas geram jovens problemáticos, que vão entrar em conflitos com a vida. Isso não existe. Pode potencializar algumas situações ou outros desestruturamentos, porque as famílias não agem como reguladora desses jovens e elas têm o papel regulador da vida desse jovem dentro de determinados princípios de padrão. Mas uma família pode estar formalmente constituída de pai, mãe, filhos, avôs, tios, todo mundo certinho dentro dos padrões tradicionais, e eles não conseguirem estabelecer o processo educativo em relação ao filho. O filho não vai ter esse parâmetro de limite. A questão é como se educa e não a estrutura à qual as pessoas estão sujeitas naquele determinado momento histórico. Sempre é importante o como e não o por quê.
Muitos jovens de classe média, teoricamente com boa formação, são tão transgressores, ou mais, do que jovens que não têm essa condição.
Sim, por exemplo, um jovem que foi cuidado somente pela avó, dentro do contexto de tráfico de drogas, ele não necessariamente vai estar envolvido com esse processo. Muito pelo contrário, ele pode traçar um caminho de vida dentro de valores que vão torná-lo uma pessoa muito boa.

E os casais homossexuais? Isso é uma realidade.
É um tema polêmico. Há uma questão de fundo psicológico justamente em relação à identidade. Se um casal adotar uma criança, ela  vai atribuir a dimensão do masculino e do feminino, que são fundamentais dentro do processo de desenvolvimento humano. Estou falando da dimensão sociológica, psicológica e antropológica, não religiosa. Há definição de papéis e função sociais que são importantes dentro do processo de desenvolvimento da criança, e valores que vão ser construídos a partir disso. É possível existir e viver adequadamente um projeto de felicidade dentro de um projeto autônomo de vida sem alguns desses fatores? Temos ‘n’ exemplos que nos mostram que sim, de crianças, de jovens que mostram que depois vão se desenvolver muito bem a partir da ausência de alguns desses elementos. O importante no processo de educação e de consolidação da família não é necessariamente a condição que ela está hoje, mas a o significado que se confere à vida de cada uma dessas pessoas que compõem a família. Isso é o valor fundamental.

Mas a Igreja é contra a união dessas pessoas.
Como instituição e como magistério, ela é contra. Ela tem que se colocar de maneira contrária para voltar sempre ao modelo do processo ideal, mas ela não deixa de acolher pastoralmente todos esses processos. Isso é bonito. A igreja nunca vai deixar de acolher pastoralmente e trabalhar e propor ajuda no melhor possível de cada família, cada pessoa que estiver nessa situação. Porque senão ela vai deixar de lado o próprio princípio do evangelho e ela não pode cair em contradição nesse sentido.
A mídia tem muita influência sobre a família?
A mídia apresenta sempre o modelo familiar, nas propagandas só tem casais perfeitos, com casais de filhos. É obvio que esse modelo tem conflitos internos, porque ninguém é perfeito, todo mundo está a caminho. Qual é a grande responsabilidade da mídia? Ela nunca apresenta o processo que pode levar a um equilíbrio dentro do modelo tradicional e o equilíbrio dentro dos outros modelos que aparecem hoje, como segunda união, casais separados, divorciados, casais homossexuais e tudo mais. Como isso é entendido socialmente? Quais os conflitos que geram esses modelos e o modelo tradicional? Todos os modelos têm conflitos, dificuldades. Sem dúvida, a responsabilidade da mídia está em humanizar os processos. São seres humanos que compõem essas famílias.

Deixe uma mensagem de Natal para as famílias lapeanas.
O centro do Natal não é simplesmente dar e trocar presentes, isso são necessidades sociais. O centro é o modelo de família que é proposto por Deus a partir de Cristo: José se dispõe a assumir Jesus e se torna pai adotivo dele, Maria assume o projeto de vida de Deus, ela vai ter que oferecer seu filho e sua vida também para acolher Jesus, para acolher o nascimento e a encarnação de Cristo. É de uma família não organizada a partir dos padrões tradicionais que temos a fé. Dali nasce a salvação da humanidade e essa salvação depois se transforma em luz. Então que o Natal sempre renove esses valores, e renove a fé que é alicerçada em Jesus Cristo.

Uma pequena praça|uniu os vizinhos

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Jaime e sua praça

No cruzamento das ruas Apinajés, Herculano e Soledade tem uma minúscula praça. Tempos atrás ela serviu de moradia para sem-tetos, depois virou estacionamento de uma concessionária das proximidades e depois foi uma lixeira a céu aberto. Até um incêndio causado por vândalos quase causou a morte de um pé de chapéu-de-sol que foi plantado há cerca de uma década.
Hoje, a praça está restaurada e virou ponto de encontro dos vizinhos da redondeza. A mudança aconteceu graças à iniciativa do artista plástico, designer e grafiteiro Jaime Prades (www.jaimeprades.com.br), que mora a poucos metros da praça. Incomodado com a decadência e o descuido deste pequeno espaço urbano, “deixei de ser espectador e fiz o que pude fazer”, resume Jaime, que resolveu colocar a mão na massa e solitariamente mudou a situação da praça.
Com sua ação, outros vizinhos foram chegando e se conhecendo. Hoje, vários cuidam do espaço. Depois de limpar a praça, Jaime decidiu grafitá-la “para deixar o lugar mais humanizado”. O grafite de Jaime não tem por objetivo decorar. “Feito em preto-e-branco, a ideia é que a vizinhança não se esqueça de sua história e dos fatos que aconteceram com a praça”, explica ele.
Sua ação na praça virou crônica do jornalista Gilberto Dimenstein, na Folha de São Paulo. Para Jaime, “ter desencadeado o espírito de vizinhança, com os vizinhos se conhecendo, mudou muito, todos ficamos mais humanizados e hoje conheço muito deles e de vez em quando nos reunimos na praça para conversar sobre a vida”.
Com essa mudança, a esquina ficou mais alegre. A árvore que quase virou carvão já está se recuperando e várias sementes estão caídas pelo piso. A árvore virou também uma instalação: Árvore das Perguntas, diversas cartolinas com perguntas instigantes e necessárias – do tipo: “você tem feito sua parte?” – estão penduradas pelos galhos. “A ideia é instigar o passante”. Em vez de bancos, pedras ocupam o centro da praça.
Um jardineiro da região plantou algumas folhagens e flores já brotaram. Jaime e os vizinhos planejam fazer um mosaico e criar uma oficina para a vizinhança que agora tem orgulho da sua pracinha.

Comunidade já vive|espírito natalino

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Entidades fazem parceira para realização do Natal Solidário

Faltando menos de um mês para o
Natal, as comunidades se mobilizam para as festas de final de ano. O
Conselho das Associações Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs),
com apoio de entidades locais prepara mais uma edição do Natal
Comunitário. “Este ano vamos comemorar na Praça José Roberto (City
Lapa), na região da Rua Gavião Peixoto, em frente à ACM e na Paróquia
Nossa Senhora da Fátima”, afirma o presidente do Consabs, José Benedito
Boneli Morelli. “No dia 11 de dezembro vamos celebrar a missa dos
enfermos (na paróquia), às 15h. No dia 13, às 10h está marcada missa
campal na praça. Antes e depois teremos apresentação de corais”,
explica Boneli.
Mas desde já existe quem esteja em clima de Natal, como os Rotarys
Lapa, Alto da Lapa e Associação das Famílias Rotarianas da Lapa
(Asfarla) que ao lado de outras entidades participam do Natal
Solidário, iniciativa do Bourbon Shopping Pomepia (Rua Turiaçu, 2.100),
que se estende até o dia 21. As entidades participantes indicaram nomes
de crianças sob os cuidados de entidades assistenciais. O nome de 700
meninos e meninas estão colocados numa árvore de Natal montada no
shopping. A idéia é convidar as pessoas a escolher um desses nomes e
comprar um presente que as entidades encaminharão para a cada criança
contemplada.
Neste sábado, 28, o Shopping Center Lapa se prepara para receber Papai
Noel. A chegada do Bom Velhinho está marcada para às 13 h (Rua Catão,
72). As comemorações natalinas coincidem com os 41 anos de fundação do
Shopping Lapa, completados no último dia 24.
No dia 6 de dezembro (domingo), a partir das 15h, moradoras do Alto da
Lapa pertencentes a um grupo de Coração de Maria da Paróquia Nossa
Senhora de Fátima da Leopoldina organizam a 6º edição do Natal na
Praça. O evento acontece na Praça Oswaldo Dal Belo, no final da Rua
Laurindo de Brito. Elas moram na região próxima a área verde e todos os
anos realizam a reunião comunitária com distribuição de brindes e a
chegada do Papai Noel que este ano falará sobre o tema “Deus na
Tecnologia” em sotaque caipira. Segundo a organizadora do evento, Ana
Maria Pinheiro Ramos, o objetivo é distribuir a semente da Paz
(compreensão, perdão, paciência…) para que durante o ano as pessoas
trabalhem a idéia. “Vamos falar muito sobre temas como respeito ao meio
ambiente. Cuidar do lixo é um respeito à natureza. Quem respeitar, vai
colher frutos”, lembra Ana.

Região recebe|Papai Noel

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Continental Shopping recebe o bom velhinho/Noel nos Correios

Dois eventos abriram os festejos
natalinos na semana. No sábado, 14, uma grande festa foi preparada no
Continental Shopping para receber Papai Noel. O evento contou com a
participação de coral e show pirotécnico.
Na segunda-feira, dia 16, foi lançado oficialmente o projeto Papai Noel
dos Correios 2009, com a chegada do bom velhinho à sede regional da
empresa, na Rua Mergenthaler, na Vila Leopoldina.
A iniciativa dos Correios é bem simples, sendo que qualquer pessoa pode
adotar uma carta e ser o Papai Noel de alguma criança paulistana. Para
isso basta ir à Agência Central, localizada na Rua Mergenthelaer, 592,
ler as cartinhas que já estão à disposição e escolher a qual ou quais
deseja atender. Assim, o Natal de muitas crianças será diferente e
repleto da magia que só Papai Noel sabe espalhar.
No evento de lançamento estavam presentes o presidente dos Correios
Carlos Henrique Custódio e o diretor Regional José Furian Filho. Eles
aproveitaram a ocasião e lançaram os selos da série nataliana deste
final de ano.

Religião e|sexualidade

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Gina Strozzi

Dois temas que opostos, religião e sexualidade, são tópicos de discussão e controvérsia em qualquer grupo. Gina Strozzi é graduada em pedagogia, teologia e psicologia, especialista em Sexualidade Humana, mestre e doutora em Ciências da Religião, e entende como ninguém sobre o assunto. Ela realiza muitas pesquisas sobre isso entre as aulas que leciona na Universidade Mackenzie e na clínica em que atende. Nesta entrevista, ela nos conta um pouco sobre como um tema influencia a vivência no outro e como eles são discutidos hoje em dia.

Como se dá a relação entre a religião e a sexualidade?
Quando entendemos a questão da religião, entendemos como alguém que está ligado ao sagrado. Sempre as interdições com relação à sexualidade voltadas para qualquer religião estão baseadas na noção de que você tem que se dedicar inteiramente ao sagrado, ao divino. Qualquer distração tira você da meta que é adorar a Deus, a Alá, santificar o seu ser. Se compreendermos isso, sabemos que o poder da sexualidade é o primeiro que será interditado, porque ele é muito forte no ser humano. É muito prazeroso, libidinal, no sentido de que essa energia liga essas pessoas a outras pessoas e aí levaria à distração.

Há alguma religião que não tenha uma restrição muito grande à sexualidade?
O budismo talvez seja a religião que melhor concentra a questão da sexualidade. Ele vê o corpo não como algo que intermedia ele ao sagrado. A noção protestante, a cristã em geral, tem a ideia de que a profanação, a promiscuidade, a prostituição, a fornicação são todos termos que estão ligados ao pecado da carne, que desviaria o sujeito do ideal maior, que era adorar a Deus que, na verdade, está muito ligado à questão da própria Igreja. No budismo, é como se o próprio corpo adorasse. As religiões monoteístas são muito restritivas em relação ao sexo, porque elas têm condições para o sujeito ser salvo, adorar a Deus, etc.

Qual seria o motivo da proliferação de igrejas no Brasil?
O Brasil é um dos países que mais têm igrejas instaladas. Cada bairro tem uma diversificação enorme, desde seitas que são mais restritas, até religiões mais abertas. Vemos o Padre Marcelo, o Padre Fábio de Melo movendo multidões. Parece uma grande contradição: em tempos que o mundo está se secularizando, se despindo de qualquer tipo de segmento, de doutrina, você vê do outro lado o crescer dessas religiões. Porque as questões social, econômica, de educação são complexas. Quando esses setores humanos começam a falir, a instância da religião tende a se avantajar na mesma proporção.

As pessoas estão mudando mais de religião?
Acho que tem a questão da pertença religiosa. Hoje existe de fato um trânsito religioso maior, mais livre. Antigamente, o sujeito nascia e morria naquela religião. Hoje vemos até castas de hindus, de indianos se movendo. O trânsito é maior porque se a minha religião não responde aos meus anseios e necessidades, eu transito para um outro lado. E na mesma proporção, cresce os que não têm religião, que abrem mão de qualquer segmento, qualquer lei superior a eles.

Por que elas buscam a religião?
Não só em momentos de caos, de doença, de tragédia na família, ou de calamidade financeira. Acredito que o ser humano tem uma tendência a se ligar ao sagrado, apesar de todo esse contexto que vivemos hoje, muito hedônico, de muito prazer e liberdade, de qualidade do sujeito. No geral, em momentos de muita felicidade, um sujeito pode agradecer, e de muita necessidade, ele busca pedir, se agarrar em alguma coisa, e a religião está muito presente.

A repressão da sexualidade está ligada à religião?
Muito. E imprime na questão da educação: como os pais educam os filhos, o quanto eles falam sobre a sexualidade, como falam, como reagem? Temos até hoje mães que as crianças perguntam o que é sexo e elas fazem cara de espanto. E elas transmitem para as crianças a ideia de que a sexualidade deve ser uma coisa ruim, perigosa, e causa um sentimento de castração nas crianças. E não só nas crianças. Eu coordeno algumas pesquisas que apontam que sujeitos de 25 anos para cima, herdeiros dessa noção de mães da década de 1960, 1970, 1980, que os pais nunca falaram sobre isso com eles. E isso está ligado ao silêncio com relação à sexualidade. Sempre vivemos a sexualidade, mas nunca comentamos, discutimos sobre ela. A religião continua sendo um dos grandes impeditivos de tratar a questão da sexualidade com mais liberdade, autonomia e consciência.

As pessoas estão mais liberais em relação ao sexo ou ele ainda continua um tabu?
Elas estão procurando muito respostas para a própria sexualidade. Eu tenho um consultório em que os pacientes falam que querem conhecer melhor, de uma forma segura, a respeito da própria sexualidade, de experiências que viveram na infância, coisas que podem refletir hoje no relacionamento deles. As escolas me chamam para dar palestras, cursos, capacitação de professores e profissionais que estão preocupados em compreender a questão da sexualidade. Mas tem uma coisa que é muito importante: a sexualidade sempre esbarra numa questão que é muito pessoal, moral, que implica nas questões religiosas, de herança de família, das ideias que ela defende.

E em relação à opção sexual?
Hoje, discussões como homossexualidade, bissexualidade são muito efervescentes dentro da sociedade. A gente tem as paradas gays no mundo, onde há uma grande movimentação de pessoas. Querendo ou não, isso movimenta os valores da família porque vemos isso, temos amigos, irmãos, alguém da família com orientação sexual diferente. E isso começa a se aproximar de nós e temos que tomar pé da situação em termos de, no mínimo, informação e consciência. Daqui para a frente, as discussões vão gerar muito boas informações.

E a educação sexual nas escolas?
Um professor tem que ter muito critério e compreensão do assunto, porque ele não está ali para dar a opinião pessoal dele. Ele está ali para abrir a discussão, ouvir, expor as interfaces, mostrar como é tratado um assunto. Ele nunca pode pessoalizar as situações ou os conceitos, mas sempre tratar de uma forma que busque primeiro a prevenção, os cuidados, depois a informação consciente com muita responsabilidade para levar o aluno a crescer em âmbitos do conhecimento da própria sexualidade.

Qual a importância da educação sexual desde cedo com as crianças?
Acho que a escola e a família têm sua função. Pais que se calam, que maltratam as crianças, que as punem quando elas perguntam sobre o assunto provocam comportamentos altamente clandestinos. Se ela entende que não pode falar com eles sobre aquilo, ela leva a repressão para trás da cortina. Ela pode patologizar uma situação que poderia ter sido tratada com muita tranquilidade. A família é um lugar de se tratar a sexualidade em primeira instância, de como são os processos naturais de engravidar, por exemplo. E de uma forma simples, direta. Você nunca viola, violenta a criança. Sempre parte do princípio de que a criança sabe, aproveitando a própria fantasia dela, trazendo as questões que são pertinentes para a idade dela.

As pessoas estão se compreendendo mais sexual e religiosamente? Elas estão aceitando mais umas às outras?
Isso envolve a liberdade em geral, a questão das diferenças. Hoje a gente tem uma luta por direitos de equidade no mundo inteiro contra o preconceito, a falta de informação, que leva a tantas ignorâncias. E isso envolve a sexualidade e também a religião. Em termos de sexualidade e religião, a falta é um problema e o excesso também. A questão do equilíbrio é fundamental.

Reabertura do teatro|Cacilda Becker

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Prédio foi ampliado e ganhou novo visual

Fechado desde dezembro de 2007, o Teatro
Cacilda Becker reabre ao público com novo visual na próxima
sexta-feira, 20, mas a cerimônia de entrega das instalações ampliadas
será na terça-feira, 17, com a presença do prefeito Gilberto Kassab e
autoridades municipais.
A reabertura ao público terá a estréia do espetáculo Apontotchekhov,
com direção de Fernando Neves, conhecido por seu trabalho com a Cia. Os
Fofos Encenam. A peça é inspirado no livro Carta a Suvórin, de Anton
Tchekhov, traz em cena os atores Alfredo Trembeiro e Kleber Góes que
ficam em cartaz dia 20 e 21 às 21h e 22 de novembro às 19h. Aos sábados
e domingos, será encenada a peça infantil Peter Pan e Wendy, da Cia. Le
Plat du Jour.

Investimento

Com um investimento de mais de R$ 4,5 milhões, a obra compreendeu
quatro intervenções principais: no palco, na caixa cênica e no que se
refere a acessibilidade e paisagismo. A maior delas ocorreu no palco,
de onde foram removidos os camarins que ocupavam parte da boca de cena.
Com isso, ampliou-se o espaço cênico, que traz os recursos técnicos
necessários para as novas apresentações. A altura foi aumentada de seis
para 11 metros, possibilitando o incremento no número e capacidade das
varas cênicas, permitindo o uso de possibilidades mais amplas em termos
de cenografia e iluminação. O Teatro Cacilda Becker fica Rua Tito, 295,
telefone 3864-4513.

Batucada se aprende|na escola.

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Prego Batido: escola de percussão e espaço cultural

Valorizar a percussão brasileira e difundir as suas inúmeras variações é o que se propõe a Prego Batido Escola de Percussão Brasileira que fica em uma pacata e tranquila rua do Sumaré desde 2003.
Ela é dirigida pelo pernambucano Eder O Rocha, (com a letra O em maiúscula, que segundo ele “significa alguém que é confiável”). Músico que desde 1983 se dedica à percussão, ele fez parte por uma década da banda de mangue beat Mestre Ambrósio, e com ela veio à São Paulo. Depois de deixar a banda, se dedicou ao ensino da percussão e criou a escola de ritmos.
Os cursos são para todos os níveis e tem também cursos livres, “que não forma um músico, mas sim informa o que vem a ser a percussão brasileira”, resume ele.
Eder gravou o CD Circo do Rocha (2003) e escreveu o livro Zabumba Moderno, voltado à zabumba e outros ritmos nordestinos. Atualmente, trabalha com outros grupos musicais como o Grupo Mutrib e o Trinca Ferro grupo instrumental onde toca bateria. A artista plástica Rafaela Nepomuceno, sua esposa, divide com ele a administração da escola. Oferece entre outros cursos, frevo, samba e instrumentos como o atabaque e o pandeiro em versão brasileira,  “que são diferentes do atabaque africano e do pandeiro árabe”, explica ele.
Morar em bairro foi uma casualidade que deu certo. “Agora virou ponto cultural-musical do bairro”. A convivência com a viziValorizar a percussão brasileira e difundir as suas inúmeras variações é o que se propõe a Prego Batido Escola de Percussão Brasileira que fica em uma pacata e tranquila rua do Sumaré desde 2003.
Ela é dirigida pelo pernambucano Eder O Rocha, (com a letra O em maiúscula, que segundo ele “significa alguém que é confiável”). Músico que desde 1983 se dedica à percussão, ele fez parte por uma década da banda de mangue beat Mestre Ambrósio, e com ela veio à São Paulo. Depois de deixar a banda, se dedicou ao ensino da percussão e criou a escola de ritmos.
Os cursos são para todos os níveis e tem também cursos livres, “que não forma um músico, mas sim informa o que vem a ser a percussão brasileira”, resume ele.
Eder gravou o CD Circo do Rocha (2003) e escreveu o livro Zabumba Moderno, voltado à zabumba e outros ritmos nordestinos. Atualmente, trabalha com outros grupos musicais como o Grupo Mutrib e o Trinca Ferro grupo instrumental onde toca bateria. A artista plástica Rafaela Nepomuceno, sua esposa, divide com ele a administração da escola. Oferece entre outros cursos, frevo, samba e instrumentos como o atabaque e o pandeiro em versão brasileira,  “que são diferentes do atabaque africano e do pandeiro árabe”, explica ele.
Morar em bairro foi uma casualidade que deu certo. “Agora virou ponto cultural-musical do bairro”. A convivência com a vizinhança é pacífica, segundo ele, “porque respeito a tranquilidade dos vizinhos, principalmente aos sábados”.
Além dos cursos de percussão, a Bate Prego promove exposições de arte e eventos culturais. Por ocasião do Dia da Mentira, em primeiro de abril passado, a Bate Prego promoveu o 1º Concurso de Mentiras. O concurso reuniu um pequeno número de “mentirosos”. Cada um contou e interpretou sua “mentira” e o público presente elegeu a melhor “mentira”.
Eder acredita que a troca de experiências entre músicos tarimbados e os alunos é importante. Pensando assim, promove uma vez ao mês, de acordo com a disponibilidade do músico convidado, uma apresentação aberta à comunidade. Dani Zulu se apresentou no último dia 17 de outubro.
A escola de percussão também tem anexas uma loja e uma livraria especializada em partituras musicais, livros e CDs voltados à música brasileira, com ênfase à percussão.nhança é pacífica, segundo ele, “porque respeito a tranquilidade dos vizinhos, principalmente aos sábados”.
Além dos cursos de percussão, a Bate Prego promove exposições de arte e eventos culturais. Por ocasião do Dia da Mentira, em primeiro de abril passado, a Bate Prego promoveu o 1º Concurso de Mentiras. O concurso reuniu um pequeno número de “mentirosos”. Cada um contou e interpretou sua “mentira” e o público presente elegeu a melhor “mentira”.
Eder acredita que a troca de experiências entre músicos tarimbados e os alunos é importante. Pensando assim, promove uma vez ao mês, de acordo com a disponibilidade do músico convidado, uma apresentação aberta à comunidade. Dani Zulu se apresentou no último dia 17 de outubro.
A escola de percussão também tem anexas uma loja e uma livraria especializada em partituras musicais, livros e CDs voltados à música brasileira, com ênfase à percussão.

Prego Batido
Rua Morro Agudo, 101, Sumaré.
Telefone 3868-1497. www.pregobatido.com

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