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‘Viver com, Morrer com’, do coletivo A Penca, se apresenta no Tendal da Lapa

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O espetáculo faz um réquiem à natureza

O coletivo de artes circenses A Penca apresenta, na quinta-feira, 7, o espetáculo ‘Viver com, Morrer com’, às 20 horas, no Tendal da Lapa (Rua Guaicurus, 1.100 – Lapa). O trabalho cênico cria situações de convivência entre materiais vegetais, mulheres e imaginários de riscos poéticos e políticos, no qual os artistas reinterpretam materiais naturais, outrora desperdiçados, após explorarem o serviço de poda de árvores de São Paulo.

Os troncos e galhos de árvores que seriam descartados como lixo são transformados em protagonistas, utilizando técnicas circenses para criar conexões únicas. Aberta a todas as idades, a experiência desafia a percepção convencional e convida a uma apreciação mais profunda da interseção entre arte e natureza.

O trabalho é uma célula do projeto Fabulações Simpoéticas, que o coletivo A Penca desenvolve há cerca de 4 anos, investigando parcerias criativas entre mulheres e árvores. Após passar um período acompanhando o serviço de poda de árvores de São Paulo e coletando troncos, galhos e histórias, as artistas propõem uma ressignificação das matérias naturais que seriam descartadas como lixo pela grande cidade. Inspiradas por estudos sobre natureza e gênero, utilizando práticas de movimentação aérea de circo e manipulação de objetos, transformam pedaços de árvores em parceiros cênicos, confabulando possibilidades de estar em relação e inventar mundos.

O coletivo circense A Penca é formado por Andrea Barbour, Bárbara Francesquine e Maria Carolina Oliveira, que também atuam no espetáculo. Os textos são das autoras ecofeministas Donna Haraway e Emanuele Coccia.

A apresentação é gratuita e não há necessidade de retirada antecipada de ingressos.

Novo leilão da Operação Água Branca será dia 12/12

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Área da Operação Urbana Água Branca

A Prefeitura, por meio da São Paulo Urbanismo e da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), realizará, no dia 12/12, o primeiro leilão da Operação Consorciada Água Branca (OUCAB) após a revisão da legislação ocorrida em 2021. O município recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para comercializar até 744.000 títulos de Certificado de Potencial Adicional de Construção CEPACs. No entanto, a Prefeitura pretende ofertar um total de apenas 400 mil títulos, sendo 350.000 residenciais e 50.000 não residenciais.

Cada CEPAC confere a seu titular direitos urbanísticos adicionais de acordo com uma tabela de equivalência disponível no Prospecto e no corpo da Lei 17.561/2021. O último leilão para a OUCAB aconteceu em 2015. Na ocasião, foram vendidos apenas 6.000 CEPACs residenciais em virtude do seu preço elevado para os padrões da época.
A Operação Urbana Água Branca abrange parte dos distritos da Água Branca, Perdizes, Pompéia e Barra Funda. Ela tem como objetivo promover o desenvolvimento da região de modo equilibrado. Atualmente, esse território tem um padrão de ocupação e desenvolvimento marcado pela baixa densidade urbana e precariedade habitacional. De fácil acesso, essa região tem boa infraestrutura de transportes, privilegiada pelas proximidades das rodovias Castelo Branco, Anhanguera e Bandeirantes e do terminal metro-rodo-ferroviário da Barra Funda e, portanto, potencial para uma transformação urbanística.
A Operação Urbana Água Branca foi instituída em 1995. De lá para cá, foram realizadas revisões da lei em 2013 e 2021. A nova lei da OUCAB (17.561/2021) trouxe uma proposta inovadora de inclusão de incentivos sociais no perímetro de intervenção, como o acréscimo no investimento em Habitação de Interesse Social (HIS) de 22% para 30% considerando o total de recursos arrecadados para a Operação Urbana. Esses recursos serão destinados à construção e recuperação de HIS, urbanização de favelas, programas vinculados ao Plano Municipal de Habitação ou programa público de habitação.
A Prefeitura também poderá realizar parcerias com associações, cooperativas habitacionais e o setor privado, previamente habilitados pela Secretaria Municipal de Habitação ou pela Cohab-SP (Companhia Habitacional de São Paulo). A lei prevê permuta de terrenos públicos com o setor privado desde que a produção habitacional seja exclusivamente destinada às famílias de baixa renda.

 

Rede Cozinha Escola chega à Vila Leopoldina

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Comida de qualidade e qualificação profissional fazem parte do projeto

Com oferta de cursos profissionalizantes de culinária para proporcionar a produção e a distribuição de refeições diárias para pessoas em situação de vulnerabilidade, já está em operacionalização na Vila Leopoldina o Programa Rede Cozinha Escola, coordenado pela Secretaria Executiva de Segurança Alimentar, Nutricional e de Abastecimento, vinculada à Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).

O braço ativo dessa iniciativa é o Instituto Social Aequalitas, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) com oito anos de atuação. Um Termo de Cooperação, válido por um ano, assinado entre o instituto e a SMDHC, garante a produção e distribuição, se segunda a sábado, de 400 marmitas direcionadas principalmente para as comunidades Ceasa (favelas do Nove, da Linha e do Cingapura Madeirite), e também para moradores em situação de rua.

Eduardo Quilici, vice-presidente do Aequalitas, destaca a importância do caráter de inclusão social do programa Cozinha Escola via geração de renda. “Somos um Instituto com DNA de formação, de capacitação, para que as pessoas mais vulneráveis, trabalhando no setor de alimentos e bebidas, possam ter uma vida mais digna”, afirma Quilici. “Vemos uma glamourização midiática dos chefes de cozinha, enquanto o Brasil precisa de auxiliares e ajudantes de cozinha. Com uma base ao lado das comunidades aqui, o Rede Cozinha Escola nos ajudará a formar essa mão-de-obra, que hoje os restaurantes têm dificuldades em contratar”.

Na distribuição das marmitas e no processo de adesão das comunidades aos programas de capacitação, o grande parceiro do Rede Cozinha Escola é a Associação Moradores Ceasa, presidida por Alexandre Beraldo. “Abrimos o pátio do Centro Comunitário (no Cingapura Madeirite) para a distribuição das marmitas. Aqui Temos mesas e as pessoas, inclusive moradores de rua, podem vir e comer sentadas, com dignidade”, explica Beraldo.

Associações debatem problemas dos bairros com novo subprefeito

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Foto: Lúcia Helena Oliveira

Lúcia Helena Oliveira
Reunião enfatiza temas como zeladoria e tapa-buraco

Zeladoria verde, tapa-buraco e perturbação de sossego estiveram entre os assuntos que representantes das associações de bairro da região – Amocity (Alto da Lapa), AVL (Vila Leopoldina) e Associação Amigos da Vila Anastácio – e moradores discutiram com o novo subprefeito da Lapa, Luiz Carlos Smith Pepe, em um encontro realizado na quinta-feira, 30, no ateliê da Tia Ângela.

Já conhecido da maioria dos presentes pelo trabalho que vinha realizando há sete meses como coordenador de Governo Local da Sub Lapa, Pepe fez questão de ressaltar que, agora atuando à frente da subprefeitura, continuará a manter as portas abertas para receber a população. “O objetivo é fazer um trabalho conjunto, para que, assim, possamos de fato contribuir para a melhoria dos bairros”, afirmou.

Representando os moradores do Alto da Lapa, o presidente da Amocity, Sérgio Saragiotto, chamou a atenção para a questão da limpeza de calçadas e praças, corte de grama e poda de árvores, que, segundo ele, deixam a desejar na região. “A questão da sujeira, principalmente, é agravada por pessoas que fazem trabalhos religiosos sacrificando animais e oferecendo comida, colocando esse lixo nas praças e esquinas”, descreveu. De acordo com o subprefeito, essa é uma questão delicada. “Podemos retirar o lixo e limpar os pontos viciados, mas mesmo que haja o flagrante, não podemos autuar as pessoas por suas crenças religiosas”, explicou Pepe.

Na Vila Anastácio, de acordo com o presidente da associação dos moradores, Joaquim Baldoino da Silva, o problema dos buracos no asfalto melhorou muito após o mutirão realizado recentemente pela Sub Lapa no bairro. “O maior problema, agora, é a varrição, que precisa ser intensificada para que o lixo não se acumule nos bueiros, e as calçadas arrebentadas por conta das raízes das árvores”. Nesse sentido, o novo subprefeito explicou que a Sub Lapa está testando um novo esquema para evitar que as raízes das árvores plantadas nas calçadas cresçam para dentro das casas. “A ideia é desviar curso delas para as praças, evitando que elas prejudiquem o passeio público”, disse.

Falando pela Associação Viva Leopoldina (AVL), Carlos Alexandre de Oliveira pediu uma ação coordenada da subprefeitura com a Enel na questão da poda e remoção de árvores, para evitar o apagão que aconteceu no bairro recentemente com as fortes chuvas. “A AVL, inclusive, disponibilizou nas redes sociais um abaixo assinado cobrando a melhoria dos serviços da Enel”, enfatizou. Para o subprefeito, essa ação coordenada é muito importante e já vem sido trabalhada pela subprefeitura, na medida do possível. “As demandas chegam a nós, mas, infelizmente, dependemos da Enel em muitos casos. A ideia é trabalhar para que essa parceria se estreite cada vez mais”, ressaltou Pepe.

Obras para modernização de acessibilidade começam na Estação Imperatriz Leopoldina

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Durante as obras, uma plataforma provisória será usada para apoiar no embarque e desembarque dos passageiros

Uma nova etapa das obras de modernização e melhoria da acessibilidade na Estação Imperatriz Leopoldina da CPTM – Linha 8 – Diamante -, começou no sábado, 18. As intervenções fazem parte do projeto de ampliação do mezanino da estação, que têm como objetivo oferecer mais espaço e conforto aos passageiros no embarque e desembarque.

Ao final da obra, a estação Imperatriz Leopoldina contará com três novos elevadores, um bloqueio exclusivo para pessoas com deficiência, uma nova bilheteria e bicicletário. Já a plataforma terá complementação de altura e largura para facilitar o embarque e desembarque. Todas as escadas fixas terão corrimãos e canaletas para condução de bicicletas. Está prevista ainda a execução de sinalização tátil em toda a estação. A passarela existente de acesso da estação também receberá cobertura metálica e nova iluminação. Os sanitários públicos e vestiários para os colaboradores serão revitalizados e a estação terá um banheiro feminino e um masculino para pessoas com deficiência.

“Nosso contrato de concessão prevê a modernização de algumas estações antigas das linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda, que não foram projetadas no passado com o olhar atento para soluções de acessibilidade. Um período de obras sempre traz algum tipo de impacto para as pessoas que utilizam a estação diariamente, mas as melhorias geradas após a conclusão dos trabalhos certamente trarão muitos benefícios aos passageiros”, explica Francisco Pierrini, diretor da ViaMobilidade.

A conclusão das obras está prevista para o primeiro semestre de 2024 e a circulação dos trens da Linha 8 – Diamante não será afetada. Para o avanço das obras, uma das extremidades da plataforma da estação foi temporariamente interditada. Com isso, apenas uma escada de acesso à plataforma estará em funcionamento. Durante a vigência dos trabalhos, será usada uma extensão provisória de plataforma de embarque, com 80 metros de comprimento, que permitirá acesso integral aos trens durante todo o horário de operação comercial.

Para garantir a movimentação das pessoas com segurança e conforto, tanto para embarque como para desembarque, está prevista a implementação de estratégias pontuais, pelos agentes de segurança, de controle de fluxo nos horários de pico. A CPTM também orienta os passageiros que utilizam a estação para embarque programar a chegada à estação com mais antecedência e comprar os bilhetes antecipadamente durante o período de obras.

De acordo com a companhia, a segurança será reforçada enquanto o local permanecer em obras. Além de agentes nas pontas da escada, outros funionários vão orientar passageiros em toda a área, inclusive com megafones. Também haverá cartazes espalhados pela linha, além de avisos sonoros nos trens e nas estações. “Passageiros com mobilidade reduzida terão total apoio dos agentes para subir os descer a escada”, ressalta o comunicado da empresa.

A modernização da Estação Imperatriz Leopoldina é parte do projeto da ViaMobilidade de investir cerca de R$ 4 bilhões em melhorias nas linhas 8 -Diamante e 9 – Esmeralda nos três primeiros anos da concessão. Neste valor, estão contempladas obras em estações, readequações em passagens de nível, compra de 36 novos trens, entre outras ações de manutenção para trazer mais confiabilidade ao sistema, segurança e conforto aos passageiros.

Conseg Perdizes debate Audiência de Custódia

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Deputados ressaltam necessidade de mudança na lei

Com uma plateia numerosa, a última reunião mensal do Conseg Pedizes/Pacaembu, na segunda-feira, 13, trouxe representantes do Legislativo para debater uma das questões mais controversas do momento no que diz respeito à segurança pública: por que a polícia prende os criminosos, mas eles são soltos pela Justiça nas Audiências de Custódia?

Para o deputado estadual Capitão Telhada (Progressistas), esse tipo de prerrogativa, bem como os benefícios como visita íntima e saídas em datas festivas, “são uma pouca vergonha e devem acabar”. Ele explicou que cabe ao Legislativo Federal fazer alterações na Lei das Audiências de Custódia, mas que no âmbito estadual os deputados, junto com a sociedade, podem fazer pressão e levar propostas para mudar a legislação.

Também deputado estadual pelo Progressistas, o Delegado Olim destacou o fato de que a polícia está nas ruas fazendo seu papel, com a Rota, a Guarda Civil Metropolitana e as polícias Civil e Militar. “Há uma união entre as polícias, uma forte cooperação e um trabalho conjunto e é isso o que vai fortalecer a segurança nas cidades”, ressaltou.” É preciso, no entanto, o respaldo da lei para que esse trabalho surta efeito na prática”.

Já o Major Mecca, deputado estadual pelo PL, destacou que, embora os indicadores de violência estejam baixando, isso não se reflete na maior sensação de segurança nas ruas. “Há mais policiais nas ruas, mas os bandidos não ficam na cadeia, pois grande parte é solta nas Audiências de Custódia”, lembrou. “É preciso a união da população e do Legislativo para mudar isso”.

O encontro também contou com a presença de Sabrina Palumbo, que compareceu representando o marido, o deputado federal Delegado Palumbo (MDB), e do Coronel Pimentel, comandante do 4º Batalhão da PM, que atende a região.

Na reunião, o presidente do Conseg Perdizes/Pacaembu, Josué Paes, pediu aos deputados presentes ajuda para que a entidade possa manter um contato mais estreito com o secretário Estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite. Os moradores presentes, por sua vez, cobraram o compromisso dos deputados de dar retorno sobre o andamento do processo para alterar a Lei das Audiências de Custódia.

Projeto de PPP na Leopoldina terá moradias para quem ganha a partir de 3 salários

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Na antiga garagem da CMTC, prefeitura incrementa seu plano habitacional

O terreno da antiga garagem da CMTC, hoje de propriedade da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB-SP), na Avenida Imperatriz Leopoldina, deverá receber 995 moradias sociais, via Parceria Público Privada (PPP). O projeto aprovado pela Prefeitura prevê a construção de cerca de 200 unidades para famílias com renda entre seis e 10 salários-mínimos (R$ 7.800,00 a R$ 13.2000,00) e mais de 700 unidades para famílias com ganhos mensais entre três e seis salários-mínimos (R$ 3.960 a R$ 7.920). Ou seja, grande parte dos apartamentos serão destinados a famílias de classe média.

De acordo com a COHAB, que gerencia o contrato da PPP, o início das obras depende da finalização do relatório de avaliação ambiental do terreno (solo e subsolo).

Por meio de nota, a COHAB lembra que a área localizada na Avenida Imperatriz Leopoldina compõe o lote 11 da PPP Municipal da Habitação. “Atualmente os estudos ambientais para remediação encontram-se na fase final. Foram realizadas três campanhas de ensaios e, em razão dos resultados obtidos, será necessária a realização de uma campanha complementar no local”, explica o comunicado.

A COHAB esclarece ainda que somente após a conclusão dessa campanha é que poderão ser determinadas as metodologias, custos e cronograma da construção das moradias.  O plano de remediação final será apresentado à CETESB para análise e aprovação. Cabe ao órgão ambiental do Estado de São Paulo dar o aval para a liberação das obras.

O contrato assinado entre prefeitura e a empresa responsável pelas obras, a Construtora Itajaí, em 2020, prevê investimentos de R$ 224 milhões. Além de ficar responsável pelas unidades na Leopoldina, a Itajaí está construindo outros 300 apartamentos no Jaguaré.

Teatro Cacilda Becker apresenta uma fábula indo-brasileira

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Mistura de culturas está presente na música e nos objetos

Voltado para toda a família, Cantiga Moura – Uma Fábula Indo-Brasileira conta a história de amor, que chegou ao Brasil nas caravelas portuguesas, entre uma princesa mourisca e dois cavaleiros. A nova montagem do Núcleo Prema faz apresentações no sábado, 25, e domingo, 26, às 16h, no Teatro Cacilda Becker (Rua Tito 295 – Lapa), com entrada gratuita.

O espetáculo mescla dança indiana com a cultura popular brasileira, unindo teatro, dança, música, teatro de bonecos e manipulação de objetos. apresentação liga o fazer único de diferentes manifestações culturais brasileiras, como o Bumba-meu-Boi e o Lelê maranhense, o Cavalo Marinho e o Caboclinho pernambucano e o Congado mineiro com a dramatização tão presente nas danças indianas, ou seja, a narração de histórias interpretadas, cantadas e dançadas.

Com dramaturgia e composições musicais de Irani Cippiciani, que está no palco ao lado de Cassiana Rodrigues, Cintia Kawahara, Krishna Sharana e Rosana Araujo, e direção de cena de Edilson Castanheira, Cantiga Moura utiliza a estrutura de criação e composição cênica indiana chamada Abhinaya, que consiste em utilizar o corpo, as expressões faciais e os gestos de mão codificados para contar histórias.

O espetáculo – contemplado pela 33ª Edição do Programa de Fomento à Dança para Cidade de São Paulo – narra a história de uma princesa disputada por dois cavaleiros, um cristão e outro mouro. Irani Cippiciani explica, que o conto antigo, onde o cavaleiro cristão sequestra a princesa e mata o cavaleiro mouro, foi sendo suavizado com o tempo para se transformar em um conto infantil e chega com uma nova roupagem. “Agora a protagonista da história é a princesa, que não precisa decidir com qual cavaleiro quer seguir. Ela é livre e pode até se permitir ficar sozinha, cuidando da própria vida. Desse modo, a personagem feminina protagoniza a tríade arquetípica da princesa-donzela-guerreira, que transpassa nosso imaginário popular em muitos contos, poemas e canções”, explica ela.

Cantiga Moura é a segunda parte de uma trilogia cênica unindo a dança indiana e a cultura brasileira, intitulada PADAM: à procura de um corpo narrativo. O projeto nasceu fortemente vinculado a uma ideia de brasilidade, apresentada por Darcy Ribeiro, que é tríplice: ameríndia, africana e europeia. Oré Yéyè o, Oxum Tarangam, primeiro espetáculo da trilogia, falava sobre a cultura africana, agora o Núcleo Prema se debruça sobre a europeia e o terceiro e último espetáculo se voltará para os povos originários.

Na dança indiana a música é a narrativa que conta todo o enredo, ou seja, é parte fundamental da montagem. Por isso, as composições são em português, para trazer a estética indiana para junto do público. Desse modo, cabe a música contar a história, criar seus tempos, silêncios, cadências; criar as tônicas emocionais e pontuar, contornar, negar ou emoldurar os movimentos, as gestualidades dos dançarinos. “A pesquisa musical para este espetáculo é tão importante quanto a pesquisa corporal e gestual, porque há uma interdependência clara entre elas. A narrativa, neste caso, é musical, mas a sonoridade precisa estar intimamente vinculada a construção dos movimentos corporais que se alternam entre movimentos rítmicos e narrativos. A compreensão da língua é essencial”, conta Irani.

A trilha sonora original vem sendo composta, desde 2016, em etapas e envolve uma equipe de músicos indianos e uma equipe de músicos brasileiros. A primeira etapa já foi realizada na Índia em 2016, em parceria com os músicos da Triveni Academy of Natya. A segunda etapa consistiu, justamente, na gravação das demais partes da trilha sonora, contando com a participação de músicos brasileiros convidados. Ao todo são 12 faixas musicais, sendo três compostas na Índia e nove no Brasil.

Os objetos culturais escolhidos para metaforizar as camadas entrecruzadas de memórias entre essas culturas foram o tecido e o traje. O algodão indiano (conhecido como chita), os panos da costa africanos e as rendas europeias estão entre os elementos que mais penetraram os continentes se infiltrando nos costumes, na moda, nos rituais religiosos e na economia. Turbantes, calçolas, saias, xales, mantilhas e véus, joias, sapatos, guarda-sóis e estampas complementam um imenso acervo inspirador de trocas culturais entre as quatro matrizes de referência.

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