O deputado federal Coronel Marcio Tadeu Anhaia de Lemos (PL-SP), que em junho assumiu um mandato na Câmara Federal no lugar de Carla Zambelli, licenciada do cargo, foi o convidado da AMOCITY – Associação dos Moradores do City Lapa e da AVL – Associação Viva Leopoldina para um café da manhã, na segunda-feira, 25, com lideranças da região. O encontro também contou a presença de representantes dos moradores da Vila Anastácio, do Jardim das Perdizes e da região da Lapa e Vila Romana.

Durante o café, as lideranças comunitárias expuseram problemas como a forte especulação imobiliária que acontece atualmente em bairros da Vila Anastácio e no City Lapa, citando como exemplo a venda do terreno onde existia o Bosque dos Salesianos, com a retirada de árvores centenárias, para a construção de um grande empreendimento residencial. Outros problemas, como o aumento da população de rua na Lapa e na Romana, e o trânsito, devido ao aumento dos empreendimentos imobiliários, na região do Anastácio, também foram colocados à mesa. “O aumento do número de carros é tão grande que o projeto da Ponte Lapa-Pirituba, com o fim da estreita passagem de nível sob a linha de trem e a duplicação do número de faixas de rolamento na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, que segue avançando, já está ultrapassado e precisaria ser revisto”, disse Joaquim Baldoíno.

Para o advogado da Amocity, Jairo Glikson, a busca de soluções conjuntas, com a união das associações de bairro, é a forma mais efetiva de resolver as várias questões apontadas pela comunidade. “A sociedade civil unida tem muita força e pode conseguir mais do que tentar apenas ir atrás de verbas orçamentárias complementares nos gabinetes dos vereadores”, ressaltou ele.

Ao aproveitar a oportunidade para se apresentar, o coronel Tadeu salientou os laços antigos com a região. “Sou morador da Leopoldina há 12 anos e, mesmo hoje atuando na esfera federal, conheço bem as questões relativas à região e tenho uma ótima interlocução com diversos vereadores da câmara paulista, o que pode facilitar para que essas questões sejam defendidas no plenário municipal”, explicou o coronel. “A política municipal tem que nascer do jeito que estou vendo hoje aqui, com as associações reunidas e trabalhando pelos interesses comuns. Como parte desta comunidade, vocês podem contar comigo”, enfatizou o deputado.

Equipes da Subprefeitura Lapa retiraram dos baixos do Viaduto Mofarrej, na Vila Leopoldina, os barracões e carros alegóricos das escolas de samba Prova de Fogo, Império Lapeano e Iracema. No local também funcionava uma empresa de reciclagem. Todo o espaço estava abandonado, com acúmulo de lixo e materiais, inclusive inflamáveis. No dia 7/8, foram retiradas pela Sub Lapa 53 toneladas de resíduos. Na mesma data, as escolas receberam notificação para retirar os carros alegóricos do local. O Viaduto Mofarrej, atualmente, passa por uma reforma para a melhoria de sua estrutura. (Foto: Divulgação)

O Grupo Votorantim, que no mês de maio havia sinalizado que não tinha mais interesse em investir no PIU Leopoldina, volta a acenar que está disposto a retornar ao centro de uma proposta urbanística amparada por lei e centrada na reurbanização de área vizinha à Ceagesp, incluindo a construção de 853 moradias sociais para famílias das comunidades Linha, Nove e Cingapura Madeirite.

A reviravolta acontece após reunião dos dirigentes da Altre, braço imobiliário da Votorantim, com o prefeito Ricardo Nunes, que confirmou o encontro ao conversar com Alexandre Beraldo, liderança comunitária e membro do Conselho Gestor da Área de Intervenção Urbana Leopoldina (AIU), perímetro das obras indicadas na Lei PIU Leopoldina. “Nessa reunião um dos assuntos foi a questão da sentença de usucapião na Favela Da Linha, uma grande preocupação da Votorantim. O prefeito disse que resolveu essa pendência, assinando um decreto de desapropriação daquela área”, afirma Beraldo. “Agora temos de esperar a reunião ordinária do Conselho da AIU, em setembro, onde, certamente, a secretária e Urbanismo e Licenciamento, Bete França, nos dará detalhes dessa volta da Votorantim ao cenário do PIU”, acrescenta o líder comunitário.

No terreno da Favela Da Linha, conforme determinado em lei, a empresa vencedora do leilão de outorga onerosa (direito de construir além do estabelecido pelo Zoneamento da cidade) terá de construir um viário. A incerteza quanto à futura desocupação da área, no contexto de cumprimento da sentença de usucapião favorável a um grupo de moradores DA Linha, foi um dos motivos que levaram a Votorantim, que iria participar do leilão, a se afastar do PIU.

Áreas próximas à Ceagesp e ao Parque Villa-Lobos estão entre as que registraram maior número de furtos na região da Vila Leopoldina entre janeiro e maio deste ano, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) referentes ao 91º Distrito Policial. Segundo o levantamento, a Leopoldina registrou, nesse período, aumento de 23,5% nos furtos e de 3,4% nos roubos. Esse crescimento supera em muito a alta desse tipo de crime na cidade de são Paulo como um todo, que foi de 5,1% nos furtos e 14% nos roubos.

Nas redes sociais do bairro, tem sido frequentes as denúncias de casos de motoqueiros que abordam moradores, nas calçadas ou mesmo dentro de estabelecimentos comerciais, roubando celulares e joias. Apenas nas duas últimas semanas, pelo menos quatro casos, ocorridos nas Ruas Schilling, Paulo Franco e Carlos Weber, foram divulgados nos grupos de WhatsApp e Facebook. Os motoqueiros sobem nas calçadas com as motos e puxam os pertences dos pedestres. Ou param as motos em frente à farmácias e lojas e entram nesses locais apontando armas para os clientes.

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) esteve na quinta-feira, 21, no Jardim Humaitá para entregar o primeiro lote de 297 apartamentos do Conjunto Residencial Major Paladino a famílias que viviam em área de risco. A cerimônia de entrega das chaves contou com a participação do secretário municipal de Habitação, Sidney Cruz, do subprefeito da Lapa, coronel Paulo Adriano Telhada, e do líder do governo na Câmara Municipal, Fábio Riva.

O empreendimento integra o Programa Pode Entrar e terá, ao todo, 1.035 unidades distribuídas em cinco torres. O residencial também contará com equipamentos comunitários e educacionais. Entre eles, áreas de lazer com playground, quadras esportivas e sala multiuso, além de uma creche com capacidade para 203 crianças de até três anos e uma Escola Municipal de Educação Infantil com 385 vagas para crianças de 4 e 5 anos.

“Essa entrega dos 297 apartamentos tem uma representação muito grande, porque todas essas famílias que estão recebendo hoje as chaves nesse conjunto habitacional, localizado em uma região com transporte coletivo, UPA e UBS, têm uma história de vida diferente. Algumas estão aguardando há 16, 18 anos e, na sua grande maioria, estavam em uma área de risco, moravam em uma condição insalubre e hoje podem vir morar nesse conjunto habitacional maravilhoso”, destacou o prefeito. “Todo esse empreendimento está sendo feito com recurso da Prefeitura, não tem um centavo do Governo Federal, mas a gente está trabalhando muito para trazer empresas, aumentar a arrecadação e reverter esses recursos para fazer unidades habitacionais, para fazer a UPA da Lapa, muito bem equipada, logo entregamos a UBS Vila Ipojuca e muitas outras coisas que estão sendo desenvolvidas na nossa cidade e aqui na região”, explicou o prefeito.

As famílias contempladas viviam em áreas de risco em regiões como Moinho, Virtudes, Pau Queimado, Cristina Tomás, Diogo Pires, Nova Jaguaré, Humaitá, Japiassu, Ilha Verde, Lidiane, Humaitá Caixa C, Jardim Wilson e Ponte Orestes Quércia, têm renda de até 6 salários-mínimos e estavam recebendo auxílio aluguel até a entrega das novas moradias. Com a mudança, passam a ter acesso definitivo a unidades de 52 m² e 53 m², com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

A Prefeitura, segundo o secretário Sidney Cruz, está realizando o maior programa habitacional de todos os tempos na cidade. “Desde 2021, a Prefeitura já entregou 12.756 unidades habitacionais — 1.869 somente em 2025 — e outras 43 mil estão em construção na cidade”, ressaltou ele.

Como parte da elaboração do Plano de Ação das Subprefeituras (PAS), as secretarias municipais de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e das Subprefeituras (SMSUB) estão convocando a população a participar de oficinas presenciais – uma em cada região – e colaborar enviando sugestões via plataforma Participe +. Na Sub Lapa, a oficina acontece no dia 27 de agosto, das 19h às 21h, no auditório da Rua Guaicurus, 1.000.

A ideia é que os participantes se reúnam em grupos e participem de uma dinâmica para apontar problemas, propor soluções e dar sugestões para o território.

Os Planos de Ação das Subprefeituras são documentos estratégicos para orientar o desenvolvimento urbano local. Elaborados a cada quatro anos, eles traduzem as diretrizes do Plano Diretor Estratégico (PDE) e dos Planos Regionais das Subprefeituras (PRS) em ações específicas para cada região da cidade. Além disso, articulam as demandas e potencialidades identificadas nos territórios com o planejamento das diversas secretarias municipais, como saúde, habitação, mobilidade, cultura, entre outras.
Como momento inicial desse processo, entre abril e maio deste ano, a Prefeitura promoveu processo participativo integrado, composto por 36 audiências públicas e uma consulta virtual, que subsidiarão os Planos de Ação das Subprefeituras, o Programa de Metas da Prefeitura e o Plano Plurianual (PPA).
As potencialidades e demandas do território serão abordados em dois blocos temáticos: meio ambiente, saneamento ambiental, infraestrutura e habitação; e mobilidade, desenvolvimento econômico, equipamentos sociais e patrimônio cultural. No primeiro bloco temático, os participantes poderão debater e contribuir para o Plano Municipal de Saneamento Ambiental Integrado (PMSAI), em elaboração com o apoio técnico do Programa das Nações para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat).
Para mais informações sobre os Planos de Ação das Subprefeituras 2026-2029 é possível acessar a página oficial no Portal Gestão Urbana.

Uma área com forte apelo imobiliário, a Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, deve se transformar em um extenso boulevard, ligando a Zona Oeste à região central e à Zona Leste. A iniciativa, conduzida pela SP Urbanismo e pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), já recebeu o sinal verde do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que autorizou o início do processo licitatório para a contratação do projeto básico e estudo de impacto ambiental.

Com foco na mobilidade ativa, no transporte coletivo e na ampliação das áreas verdes, o projeto contempla intervenções urbanísticas ao longo de toda a Avenida Marquês de São Vicente, entre a Avenida Sérgio Tomás, na Barra Funda, e a Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, fortalecendo o eixo de ligação Leste-Oeste da capital.

Paralelo à Marginal Tietê, o traçado proposto transformará uma área historicamente árida em um corredor verde com calçadas-parque e canteiros-parque, promovendo maior qualidade de vida à população. Serão implantados, ao todo, 12 km de ciclovias, 69,7 mil m² de calçadas e 90 mil m² de parque linear.

Com 6,9 km de extensão, o novo boulevard será uma via arborizada com ciclovias, parque linear e prioridade para o transporte público. O projeto contempla duas faixas de rolamento por sentido para veículos particulares, uma faixa exclusiva para o transporte público e uma faixa azul destinada a motocicletas. As ciclovias serão implantadas no canteiro central nos trechos mais largos e junto às calçadas nos demais, assegurando conforto e segurança aos ciclistas.

A nova infraestrutura incluirá transposições viárias em pontos estratégicos, como a Avenida do Estado, a Avenida Tiradentes e a própria Avenida Salim Farah Maluf, garantindo fluidez no tráfego e integração multimodal.

Com a concretização deste projeto, abre-se a possibilidade de futura desativação do Elevado Presidente João Goulart (Minhocão) para o tráfego de veículos — medida prevista no Plano Diretor Estratégico (PDE) com execução até 2029.

Reconhecido como um dos destinos mais visitados da Zona Oeste de São Paulo, o Mercado Municipal da Lapa comemorou 71 anos na última sexta-feira, 22. Fundado em 1954, o espaço é o quarto mercado municipal mais antigo da capital, declarado no último ano como patrimônio do município. Ao longo do tempo, o espaço se tornou ponto de encontro de diferentes gerações, ganhando reconhecimento pela diversidade e força econômica local. (Foto: Divulgação)

No sábado, 23, quem gosta de circo e contação de histórias vai se divertir com o espetáculo “Meus Brinquedos, Minhas Brincadeiras”, que acontece às 13 horas no Centro Cultural Tendal da Lapa (Rua Gauicurus, 1.100 – Lapa).

Conduzida pela Cia. Caixotes Viajantes, a apresentação explora a infância, a ludicidade e a cultura popular através de contações de histórias e atividades interativas com caixotes, resgatar memórias afetivas e promover a interação entre o público e a cultura popular nordestina.

O roteiro é baseado em experiências do artista Junio Alexandrino no Nordeste, com foco em vivências da infância, elementos da cultura popular, histórias orais, música e a construção de brinquedos. Nessa experiência, os participantes com convidados a interagir ativamente, utilizando os caixotes como elementos de jogo e imaginação.