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Moradores criticam adensamento em zoneamento

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Moradores da região lotaram auditório e muitos ficaram do lado de fora

A audiência pública regional de revisão a Lei de Zoneamento (Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo) lotou o auditório das Faculdades Integradas Rio Branco na segunda-feira (28). Com capacidade esgotada (cerca de 250 pessoas), muita gente ficou do lado de fora do debate realizada pela Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo para ouvir os moradores da área da Subprefeitura Lapa.

Os distritos de Barra Funda, Vila Jaguara, Jaguaré, Lapa, Perdizes e Vila Leopoldina têm no projeto a previsão de receber eixos de ZEU, ZC (Zona de Centralidade) e ZCOR1 (Zonas Corredor), que são trechos de vias lindeiras às ZER (Zona Exclusivamente Residenciais), destinados à diversificação de usos com comércio e serviços.O presidente da Amocity, Jairo Glikson disse que “considerando a intenção de preservar o bairro e a necessidade a adequação dos inúmeros imóveis irregulares que praticam atividade comercial dentro de Zona Residencial, a proposta da associação é fazer com que a Zona Corredor (ZCor) sirva como área de transição e proteção à Zona Residencial, colocando ZCOR1 ao redor de toda a área, porém na parte externa da ZER (Zona Estritamente Residencial). Deste modo não perderemos área residencial. Entendemos que ruas como Monte Pascal, Brigadeiro Gavião Peixoto, Barão de Jundiai e Pio XI sejam ZCOR1 em toda a sua extensão, uma vez que por lá não existe mais possibilidade de uso residencial, portanto não há interesse de nossa parte na mantença de ZER nestas vias”.

Entre as críticas ao projeto está a que pretende transformar áreas no entorno da linha Verde do Metrô em ZEU (Zona Eixo de Estruturação Urbana) e ZEUP (Zona Eixo de Estruturação Urbana Prevista). Para a moradora e integrantes do movimento MAVA (Movimento Amigos da Vila Anglo), Maria Isméria Nogueira, o adensamento previsto nessas regiões deve prejudicar a qualidade de vida dos bairros. “Queremos preservar essas características, não queremos desmontar nosso bairro”, disse Ismeria.

Moradores da Vila Jaguara mais uma vez se manifestaram contra a instalação de uma estação de transbordo de resíduos sólidos da Loga (concessionária que presta serviço de coleta para Prefeitura) em terreno no bairro. Eles pediram a qualificação do distrito da Vila Jaguara (onde a atividade industrial não é mais tão ativa) e a classificação como ZM (Zona Mista) e ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) com construção de moradia, no lugat do transbordo, para atender a população de baixa renda da região.

Audiência extra
Muitos moradores da região da Subprefeitura Lapa ficaram do lado de fora da audiência pública sobre a revisão da Lei de Zoneamento realizada segunda-feira (28) no auditório realizada pela Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal, nas Faculdades Integradas Rio Branco. Diante das reclamações, o presidente da Comissão, vereador Gilson Barreto anunciou uma audiência extra para garantir a participação daqueles que ficaram do lado de fora. “Vamos fazer uma nova audiência na segunda-feira (5 de outubro, 19h) para a Lapa e também para Pinheiros (no Salão Nobre da Câmara Municipal (Viaduto Jacareí, 100)”, avisou Barreto para acalmar os descontentes.

Parque da Água Branca fecha mais cedo

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Desde 21 de setembro (segunda-feira) o Parque Doutor Fernando Costa, conhecido como Parque da Água Branca, reduziu o horário de funcionamento das 22h para as 20h. Apesar das reclamações, a administração do parque mantém a redução no horário de funcionamento baseado em levantamento feito sofre a frequência no período noturno. Com 137 mil m² e atividades para todas as idades e animais convivendo com os freqüentadores, o parque passou a funcionar das 6h às 20h.

Região corre risco de perder hospital

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O Hospital Albert Sabin (Lapa Assistência Médica Ltda) foi interditado pela Subprefeitura Lapa em dois processos administrativos por não apresentar a Licença de Funcionamento. A Subprefeitura Lapa informa que um dos processos (2010-0.221.968-6) refere-se o prédio da Rua Barão de Jundiaí, 485, e o outro (2013-0.349.911-4) ao imóvel da Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123.

De acordo com o órgão, o estabelecimento da Rua Barão de Jundiaí, 485, está “interditado desde o dia 18 e o prédio da Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123, desde o dia 21 de setembro. Segundo a Subprefeitura várias autuações inclusive Auto de Intimação para encerrar a atividade foi emitido antes da interdição administrativa. O diretor de Relações Institucionais do Hospital Albert Sabin, Jair Leite Ricci, entregou uma nota à redação do Jornal da Gente na sexta-feira (25).

O texto afirma que as denúncias infundadas e desleais são movidas por um objetivo injustificável de prejudicar o trabalho de mais de 50 anos de um serviço essencial que é a assistência médica, num país com carência de leitos hospitalares e atualmente com a crescente taxa de desemprego. Ricci destacou que o hospital emprega mais de 800 colaboradores diretos e indiretos e opera há mais de 40 anos no mesmo local, desde 1970, sucedendo o então Pronto Socorro de Fraturas da Lapa que começou suas atividades na década de 60. “Nossa instituição zela, como sempre zelou pelo cumprimento da lei, tanto que possuímos a licença de funcionamento perante a Vigilância Sanitária, atualmente inclusive em processo de renovação, que é anual, de modo que todos os anos as autoridades sanitárias vistoriam nossas instalações para averiguar o atendimento às exigências da legislação que regula nosso setor. Perante a Prefeitura do Município de São Paulo possuímos o AVS (Auto de Verificação de Segurança) e o AVCB (Auto de Verificação do Corpo de Bombeiros) e paralelo a isso aguardamos análise, pela Prefeitura, de nosso pedido de anistia, criada pela Lei 13.558/03, protocolado em 2003, para darmos prosseguimento à Licença de Funcionamento. Todas as providências e medidas estão sendo tomadas para resguardar não só o direito do exercício de nossas atividades, mas também o direito de nossos coladores à garantia de seus empregos e o direito da população, principalmente da Zona Oeste, de continuar recebendo um atendimento de saúde de qualidade”, afirma a nota entregue pelo diretor.

A Subprefeitura informa ainda que em caso de não obediência (da interdição) novas medidas serão tomadas além de abertura de inquérito policial por crime de desobediência e Lavratura de Auto de Multa a cada 30 dias enquanto persistir a desobediência. O diretor disse que o hospital vai tomar todas as providências para garantir o funcionamento e o atendimento médico a população.

16 entidades já aderiram ao Natal Comunitário

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A reunião de setembro do Natal Comunitário 2015, que acontecerá entre os dias 4 e 6 de dezembro, contou com a presença de 26 representantes de entidades da região na Unidade I do Colégio Santo Ivo. Já confirmaram a participação na 17ª edição do evento 16 entidades. A reunião contou com a participação de Dom Julio Endi Akamine, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal da Região Lapa e representantes da 21º Depósito de Suprimentos, 2ª Cia do 4º Batalhão da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. A discussão da segunda reunião esteve focada na programação do segundo dia de festividades, no sábado, 5 de dezembro. As entidades e empresa interessadas em participar poderão comparecer à próxima reunião que acontecerá em 22 de outubro, também no colégio localizado na Rua Duarte da Costa, 1246, na City Lapa.

Os jovens que não envelhecem

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“Sou de uma geração que havia drogas e não havia drogado, porque éramos viciados em utopia, injetávamos utopia na veia. Hoje, quanto menos utopia mais drogas, quanto mais utopia menos droga. Enquanto essa garotada não tiver um projeto histórico, uma utopia, tudo se interrompe. Não é me gabando, mas nossa juventude discutia filosofia na mesa de bar, Sartre, cinema novo, Truffaut, Antonioni. Assim como para Nietzsche existe a porta do absoluto, para o drogado há a porta do absurdo, que acredita que a felicidade está dentro e não fora, único problema entre eles é a porta de entrada.”

 

Esse é um trecho que pesquei da entrevista que fizemos recentemente com o escritor Frei Betto sobre um livro e documentário que estamos fazendo (Paulo Moraes, Vagner Homem e eu) sobre o psicanalista Roberto Freire. Frei Betto, amigo e companheiro do “Bigode”, como era chamado, ambos lutaram contra o período da ditadura militar no Brasil. Foi o Bigode que apresentou o jovem Chico Buarque a João Cabral de Melo Neto em “Morte e Vida Severina”, foi o principal criador do Tuca, participou como jurado na época dos Festivais da Canção, criou a Soma, terapia baseada no contexto anarquista, participou da revista Realidade, e da fundação da revista Caros Amigos, isso tudo naquele tempo de cárcere, torturas, assassinatos, perseguições, exílios e frustrações.

 

A esses jovens senhores e tantos outros que já partiram, deixam rastros vanguardistas, de teimosias e caminhos libertários ainda a serem redescobertos e seguidos por gerações, para finalmente ressuscitar e direcionar nossa vitalidade para criar e trilhar numa constante transformação coletiva da vida e do lugar que vivemos. É isso.

 

Finalizo com o início de um poema que fiz na década de 1980: “Levarei comigo sempre minhas utopias. Como quem arrasta uma cordilheira inteira por todos os mares. Este mundo não é dos fortes, tão pouco dos fracos, pertence aos sonhadores e a todos os sonhos impossíveis.”

 

Por Pedro Costa
pedrocosta.pira@uol.com.br

A batalha do perde-perde

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José Luiz de França Penna

Uma vez o saudoso chefe xavante Mario Juruna me perguntou: “Por que é que a gente só perde?”

 

Fiquei refletindo por muito tempo essa indagação. E agora de novo, no Congresso Nacional, estamos assistindo à crescente manifestação das vozes do atraso.

 

Sorrateiramente, volta à pauta com modificações agravantes o projeto que traz à Câmara dos Deputados o poder decisório sobre as áreas indígenas, quilombolas e de preservação ambiental. Com essa configuração, a possibilidade de derrotas me traz de volta à preocupação do velho cacique Juruna.

 

Por que é que a gente só perde?

 

Durante a Constituinte, fizemos um acordo com os povos indígenas que suas terras seriam propriedades da UNIÃO. E a ruptura desse acordo quase 30 anos depois pode levar ao extermínio dos índios, dos quilombolas e das reservas naturais. E é isso a PEC 215.

 

Por outro lado, do ponto de vista industrial em meio a essa crise econômica profunda que vivemos, sabendo que as pequenas e médias iniciativas é que podem garantir emprego e renda para os brasileiros, o governo federal disponibiliza oito bilhões de reais para salvar a indústria automobilística.“Só Raul Seixas me conforta: Pare o mundo que eu quero descer.”

 

Nem o sinal que Detroit, capital do automóvel, deu ao mundo pedindo concordata diante da sua eminente falência foi suficiente para que as autoridades brasileiras repensassem a mobilidade urbana. E tome engarrafamento nos neurotizando e tome combustível fóssil envenenando o nosso ar. Mais ruas e viadutos para fazer fluir o trânsito em detrimento das áreas de convivência e áreas verdes nas cidades.

 

Diante de tanta impossibilidade, resta-nos sonhar. E se sonhar é navegar, só o velho samba dizendo: “não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar…”

 

José Luiz de França Penna
Presidente de Honra do Centro Cultural Vila Madalena

Feira de Discos de São Paulo tem nova edição

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Além de garimpar raridades, amantes dos discos poderão fazer trocas.

No domingo, 18/10, das 11 às 20h, acontece mais uma edição da já tradicional “Feira de Discos de São Paulo”, na Rua Teodoro Sampaio, 763 (próximo do metrô Clinicas). A entrada é gratuita.
Já está confirmada a participação de mais de 100 expositores de diversas partes do Brasil, entre lojas, sebos, colecionadores e vendedores especializados. E engana-se quem acredita que somente os discos usados podem ser garimpados, há também lançamentos e novos títulos relançados. O público também pode levar por volta de 50 LPs usados para venda ou troca, somente com os expositores.
A “Feira de Discos de São Paulo” nasceu em 2011 e rapidamente se consolidou como um evento essencial para os colecionadores de discos e amantes da música da cidade. É considerada a maior feira do gênero no país, com expositores de todo o Brasil, e o público também pode trocar discos com os expositores. O evento, que ocorre bimestralmente e é gratuito, já aconteceu em bares, casas noturnas e museus em diversos bairros da capital, como Centro, Vila Madalena, Perdizes, Jardins, Baixo Augusta e Pinheiros.
O sucesso da “Feira de Discos” se deu ao fato de que é um evento abrangente e eclético, que recebe pessoas de diferentes tribos e perfis. Há discos de todos os gêneros musicais: rock, soul, jazz, samba, funk, indie, MPB, afro-beat, bossa-nova, música clássica, metal, blues e jovem guarda. Há discos para todos os gostos com variações de preço, para pessoas de todas as idades, tanto os novos quanto os velhos colecionadores podem celebrar a cultura e o ritual do disco de vinil.
Feira de Discos de São Paulo

Dia: 18/10 (domingo), das 11 às 20h.

Rua Teodoro Sampaio, 763, Pinheiros

http://feiradediscos.tumblr.com/

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