A reunião de setembro do Natal Comunitário 2015, que acontecerá entre os dias 4 e 6 de dezembro, contou com a presença de 26 representantes de entidades da região na Unidade I do Colégio Santo Ivo. Já confirmaram a participação na 17ª edição do evento 16 entidades. A reunião contou com a participação de Dom Julio Endi Akamine, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal da Região Lapa e representantes da 21º Depósito de Suprimentos, 2ª Cia do 4º Batalhão da Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. A discussão da segunda reunião esteve focada na programação do segundo dia de festividades, no sábado, 5 de dezembro. As entidades e empresa interessadas em participar poderão comparecer à próxima reunião que acontecerá em 22 de outubro, também no colégio localizado na Rua Duarte da Costa, 1246, na City Lapa.
Os jovens que não envelhecem
“Sou de uma geração que havia drogas e não havia drogado, porque éramos viciados em utopia, injetávamos utopia na veia. Hoje, quanto menos utopia mais drogas, quanto mais utopia menos droga. Enquanto essa garotada não tiver um projeto histórico, uma utopia, tudo se interrompe. Não é me gabando, mas nossa juventude discutia filosofia na mesa de bar, Sartre, cinema novo, Truffaut, Antonioni. Assim como para Nietzsche existe a porta do absoluto, para o drogado há a porta do absurdo, que acredita que a felicidade está dentro e não fora, único problema entre eles é a porta de entrada.”
Esse é um trecho que pesquei da entrevista que fizemos recentemente com o escritor Frei Betto sobre um livro e documentário que estamos fazendo (Paulo Moraes, Vagner Homem e eu) sobre o psicanalista Roberto Freire. Frei Betto, amigo e companheiro do “Bigode”, como era chamado, ambos lutaram contra o período da ditadura militar no Brasil. Foi o Bigode que apresentou o jovem Chico Buarque a João Cabral de Melo Neto em “Morte e Vida Severina”, foi o principal criador do Tuca, participou como jurado na época dos Festivais da Canção, criou a Soma, terapia baseada no contexto anarquista, participou da revista Realidade, e da fundação da revista Caros Amigos, isso tudo naquele tempo de cárcere, torturas, assassinatos, perseguições, exílios e frustrações.
A esses jovens senhores e tantos outros que já partiram, deixam rastros vanguardistas, de teimosias e caminhos libertários ainda a serem redescobertos e seguidos por gerações, para finalmente ressuscitar e direcionar nossa vitalidade para criar e trilhar numa constante transformação coletiva da vida e do lugar que vivemos. É isso.
Finalizo com o início de um poema que fiz na década de 1980: “Levarei comigo sempre minhas utopias. Como quem arrasta uma cordilheira inteira por todos os mares. Este mundo não é dos fortes, tão pouco dos fracos, pertence aos sonhadores e a todos os sonhos impossíveis.”
Por Pedro Costa
pedrocosta.pira@uol.com.br
A batalha do perde-perde
Uma vez o saudoso chefe xavante Mario Juruna me perguntou: “Por que é que a gente só perde?”
Fiquei refletindo por muito tempo essa indagação. E agora de novo, no Congresso Nacional, estamos assistindo à crescente manifestação das vozes do atraso.
Sorrateiramente, volta à pauta com modificações agravantes o projeto que traz à Câmara dos Deputados o poder decisório sobre as áreas indígenas, quilombolas e de preservação ambiental. Com essa configuração, a possibilidade de derrotas me traz de volta à preocupação do velho cacique Juruna.
Por que é que a gente só perde?
Durante a Constituinte, fizemos um acordo com os povos indígenas que suas terras seriam propriedades da UNIÃO. E a ruptura desse acordo quase 30 anos depois pode levar ao extermínio dos índios, dos quilombolas e das reservas naturais. E é isso a PEC 215.
Por outro lado, do ponto de vista industrial em meio a essa crise econômica profunda que vivemos, sabendo que as pequenas e médias iniciativas é que podem garantir emprego e renda para os brasileiros, o governo federal disponibiliza oito bilhões de reais para salvar a indústria automobilística.“Só Raul Seixas me conforta: Pare o mundo que eu quero descer.”
Nem o sinal que Detroit, capital do automóvel, deu ao mundo pedindo concordata diante da sua eminente falência foi suficiente para que as autoridades brasileiras repensassem a mobilidade urbana. E tome engarrafamento nos neurotizando e tome combustível fóssil envenenando o nosso ar. Mais ruas e viadutos para fazer fluir o trânsito em detrimento das áreas de convivência e áreas verdes nas cidades.
Diante de tanta impossibilidade, resta-nos sonhar. E se sonhar é navegar, só o velho samba dizendo: “não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar…”
José Luiz de França Penna
Presidente de Honra do Centro Cultural Vila Madalena
Feira de Discos de São Paulo tem nova edição
Além de garimpar raridades, amantes dos discos poderão fazer trocas.
No domingo, 18/10, das 11 às 20h, acontece mais uma edição da já tradicional “Feira de Discos de São Paulo”, na Rua Teodoro Sampaio, 763 (próximo do metrô Clinicas). A entrada é gratuita.
Já está confirmada a participação de mais de 100 expositores de diversas partes do Brasil, entre lojas, sebos, colecionadores e vendedores especializados. E engana-se quem acredita que somente os discos usados podem ser garimpados, há também lançamentos e novos títulos relançados. O público também pode levar por volta de 50 LPs usados para venda ou troca, somente com os expositores.
A “Feira de Discos de São Paulo” nasceu em 2011 e rapidamente se consolidou como um evento essencial para os colecionadores de discos e amantes da música da cidade. É considerada a maior feira do gênero no país, com expositores de todo o Brasil, e o público também pode trocar discos com os expositores. O evento, que ocorre bimestralmente e é gratuito, já aconteceu em bares, casas noturnas e museus em diversos bairros da capital, como Centro, Vila Madalena, Perdizes, Jardins, Baixo Augusta e Pinheiros.
O sucesso da “Feira de Discos” se deu ao fato de que é um evento abrangente e eclético, que recebe pessoas de diferentes tribos e perfis. Há discos de todos os gêneros musicais: rock, soul, jazz, samba, funk, indie, MPB, afro-beat, bossa-nova, música clássica, metal, blues e jovem guarda. Há discos para todos os gostos com variações de preço, para pessoas de todas as idades, tanto os novos quanto os velhos colecionadores podem celebrar a cultura e o ritual do disco de vinil.
Feira de Discos de São Paulo
Dia: 18/10 (domingo), das 11 às 20h.
Rua Teodoro Sampaio, 763, Pinheiros
http://feiradediscos.tumblr.com/
Diálogos Poéticos
O performer Michel Groisman e o Coletivo A Batata Precisa de Você são os convidados do seminário Diálogos Poéticos, promovido pelo Instituto Tomie Othake. O Coletivo compartilhará sua experiência em intervir em espaços públicos, sua atuação no Largo da Batata e sua luta diária para que o mesmo deixe de ser apenas um lugar de passagem e passe a ser um espaço de convivência. Após a conversa, o público será convidado por Michel Groisman a caminhar até o Largo da Batata, para participar da performance. Trata-se de uma experiência coletiva potente, que sugere ao público refletir sobre práticas de convivência, colaboração e participação. O evento acontece no sábado (12/9) a partir das 14h na Praça Victor Civita. r. Sumidouro, 580, tel. 2245-1920
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Beatles Para Crianças convida os pequenos para primeiro show de rock
O Teatro UMC (Av. Imperatriz Leopoldina, 550) recebe neste feriado (6 e 7) e nos próximos domingos (13, 20 e 27), sempre às 16h, o show Beatles para Crianças, idealizado pelo músico, educador e diretor musical Fabio Freire. O objetivo dele era fazer um espetáculo de música, que também, fosse uma experiência para as crianças, na qual elas vivenciam um show de rock, ao mesmo tempo em que escutam histórias e aproveitam a música dos garotos de Liverpool ao lado da família. “Durante a música Blackbird, convidamos os pequenos para subir ao palco e tocar os instrumentos junto com a gente, dessa forma elas sentem também a música de dentro do palco, que é uma ótica totalmente diferente da de quem está na plateia”, conta Fabio, que além de idealizador, no show é vocalista, toca violão e ukulele. Os pais são convidados logo em seguida e sem cerimônia sobem ao palco para tocar e cantar “All Together Now”.
Com projeções de desenhos animados, e muita interação dos músicos com a plateia, o show conta com animado repertório, que começa com Day Tripper, I Wanna Hold you Hand, A Hard Day’s Night e Lucy in the Sky with Diamonds. A apresentação ainda traz outros hits, como “Can’t Buy me Love”, “Yellow Submarine”, “Hey Jude” e “She Loves You”. Com sua experiência de mais de 10 anos como arte educador para crianças de todas as idades, com quatro CDs compostos para o público infantil e diversas apresentações musicais e teatrais, Fabio chamou para formar esse show, os músicos Eduardo (Ludi) Puperi (guitarra, teclados e gaita), Humberto Zigler (bateria), Johnny Frateschi (baixo) além do ator, dublador e também arte educador, Gabriel Manetti que também é vocalista.
O show não pretende ser um cover dos Beatles, os músicos não se vestem a caráter ou com instrumentos idênticos aos da banda britânica, ele pretende ser uma experiência feliz para toda a família, uma iniciação ao rock’n’roll para as crianças, com direito a um certificado de “primeiro show de rock”. O projeto Beatles Para Crianças ganhou o aval do ex-Beatle Paul McCartney, com quem Fabio se encontrou no Recife em 2012 e recebeu autorização oficial do mestre. Os ingressos custam R$ 60.