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Audiência pública discute paralisação de obras da ponte

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A Ligação Viária Pirituba-Lapa, com obras paradas desde abril do ano passado por decisão judicial, foi tema de uma audiência pública na Câmara Municipal na terça-feira (15). A discussão foi solicitada por moradores de Pirituba e representantes da Associação Zona Oeste e Noroeste de São Paulo (Azon) e contou com a participação do secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras Marcos Monteiro, do Verde e Meio Ambiente Eduardo de Castro e do presidente da SP Urbanismo, empresa pública ligada à SMUL (Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento), Francisco Roberto Antunes Filho.

O evento foi conduzido pelo vereador Paulo Frange, presidente da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente. “Ficar 15 meses com a obra parada quando podia avançar, tudo porque não teve condição de diálogo com o Judiciário, é uma situação em que ninguém ganhou, nem a população, nem o Executivo, nem o Judiciário. Somos todos perdedores de um processo que aconteceu. Agora é a hora de olhar para o futuro e trabalhar para ver esse projeto realizado”, disse Paulo Frange.

O secretário Marcos Monteiro apresentou o histórico do projeto e explicou os motivos da paralisação, quando a Justiça acatou o pedido de liminar da Promotoria de Habitação e Urbanismo que anulou a licença ambiental da obra após a inclusão de acessos diretos à Marginal que não estavam previstos originalmente. Além da ligação viária em si, também serão feitas melhorias na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, com inclusão de duas faixas por sentido, e uma terceira faixa para corredor de ônibus. Hoje a única opção para cruzar o rio naquela altura é a Ponte do Piqueri que frequentemente fica congestionada. Segundo Marcos Monteiro, o projeto também previa o alargamento da Rua John Harrison, mediante desapropriações, mas a intervenção foi reprovada pela CET e deverá ser feito um novo estudo de tráfego para adaptar a proposição inicial.

Para atender à Justiça, a Prefeitura pretende retomar o projeto inicial e manter o estudo de inclusão das alças que foram pedidas nas audiências públicas sobre a ponte, com previsão de implementação no médio e longo prazo. O cronograma completo prevê 39 meses de obras a contar da liberação para a retomada do contrato. A passagem inferior à linha férrea tem previsão de conclusão em sete meses até o início das obras, e após isso, 24 meses para entrega. As obras nos dois trechos da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães e na Rua John Harrison, também tem previsão de conclusão após 39 meses.

Moradores dos condomínios na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, no lado da Vila Anastácio, afirmaram ser favoráveis à obra, mas demonstraram preocupação com o atual estado do canteiro, com iluminação precária, sem tapumes de proteção e sendo utilizado como depósito de lixo e entulho. O furto de fiação deixou a Escola Estadual Alexandre Von Humboldt, localizada em frente ao canteiro, sem energia por dois dias. Marcos Monteiro afirma que a Prefeitura acompanhou a questão do roubo dos tapumes e se propôs a fazer a reposição, mas foi impedida por conta da paralisação. Afirma também que o Executivo conseguiu a autorização e está em processo de licitação a recolocação de tapumes e a contratação de seguranças, ainda sem prazo. Acrescentou ainda que essas intervenções vão ter um custo de R$ 560 mil ao ano, mas que assim que a empreiteira reassumir a obra o contrato é suspenso e a empresa volta a ser responsável pela segurança do canteiro.

O vereador Fabio Riva defendeu a retomada da obra diante dos impactos da paralisação citados na audiência e falou que é importante dialogar com o Governo do Estado para que seja feita uma reforma na Escola Alexandre Von Humboldt. O vereador Antonio Donato questionou o quanto as novas alças de acesso vão custar e foi respondido por Marcos Monteiro. “As alças estavam sendo feitas com um custo estimado de R$ 4 milhões. Com a retomada da obra a empreiteira deverá entrar com uma solicitação de análise desse valor. Como não foi finalizado o projeto executivo, ainda não temos o valor final. Mas a obra mais cara é a obra parada. Temos que retomar e em paralelo tentar recuperar. O projeto final que estávamos desenvolvendo entendemos que era melhor que o projeto básico, mas já que para retomar precisamos voltar atrás, a ideia é realizar os estudos e aprovações necessárias durante o decorrer da obra”, disse.

Sobre os recursos para a finalização da obra, o vereador Paulo Frange afirmou que essa não deve ser uma preocupação, já que poderá ser utilizado o dinheiro do Fundurb, onde é depositada toda a arrecadação de outorga onerosa da cidade, hoje na ordem de R$ 1,2 bilhão. O valor total do empreendimento estava estimado em R$ 386,5 milhões.

CPM define 15 propostas que serão votadas para o orçamento

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O Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa realizou uma reunião extraordinária na segunda-feira (14) para selecionar as 15 demandas enviadas por moradores e trabalhadores da região que poderão ser votadas para serem incluídas no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) 2022. No total foram recebidas 53 sugestões e a partir do dia 25 de junho as 15 selecionadas pelo CPM da Lapa estarão disponíveis para votação no site (https://participemais.prefeitura.sp.gov.br/budgets).

As demandas escolhidas foram (1) a implantação de uma UBS na região do Parque Industrial Tomas Edson, na Barra Funda, (2) criação de um programa de renda de cidadania, (3) implantação de um Centro de Referência da Mulher e de um Centro de Convivência e Cooperativa, (4) criação do Parque Linear Nascente do Córrego Tiburtino, (5) medidas de mitigação em áreas inundáveis na Vila Leopoldina, (6) reabertura do Hospital Sorocabana com funcionamento de todos os andares, gestão direta e atendimento exclusivo do SUS, (7) revitalização e realocação da UBS Vila Anglo, (8) reestruturação do sistema de recolhimento de águas pluviais na Várzea da Barra Funda, (9) implantação do Programa Wi-Fi Livre em todas as escolas da rede municipal, (10) revitalização e iluminação nas praças Aureliano Leite e Marechal Bittencourt, (11) fortalecimento das estratégias de busca ativa dos programas de transferência de renda e distribuição de cestas básicas para idosos, (12) criar lavanderias, bebedouros e banheiros públicos na região, (13) criar centros de acolhida para idosos e famílias, além de núcleos de convivência, (14) reforma da quadra poliesportiva e área pública da Praça João Eloi e (15) instalar lombadas eletrônicas ou radares de velocidade em frente de escolas localizadas na Rua Alegrete e nas avenidas Doutor Arnaldo e Professor Alfonso Bovero.

As cinco propostas poderão ser votadas até o dia 11 de julho. Entre 12 de julho e 30 de setembro será feita a análise de viabilidade para a inclusão no orçamento. Em outubro serão realizadas as audiências públicas devolutivas.

Lapa contra a fome

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Foto: Divulgação

Divulgação
Marina Medalha - Advogada e voluntária na Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Vila Leopoldina.

Nada mais letal e desumano do que a fome e a falta de alimentos obrigando que as pessoas tenham que ficar horas numa fila, esperando por um pedaço de pão e um prato de comida.

Essa triste realidade, mais uma vez, fez com que as entidades e lideranças da região da Lapa e Vila Leopoldina se unissem para enfrentar o desafio de minimizar esse sofrimento.
Inspiradas na Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, que tem como tema “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor”, e como lema “Cristo é a nossa Paz”: do que era dividido fez uma unidade” (Efésios 2, 14), essa é uma oportunidade para vivermos o amor como serviço ao próximo e colocar em prática a nossa fé.

De agir como bons samaritanos, cuidando de quem precisa e, sobretudo, respeitando e dialogando. Conclamamos a todos a também se unirem conosco nessa causa em prol dos irmãos necessitados, para que, vistos com um mínimo de dignidade e respeito, se sintam acolhidos.

Participar dessa ação é, mais do que caridade, um ato de verdadeiro amor. Contamos com o seu apoio.

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