Diante da venda de parte do terreno pertencente à Ordem dos Salesianos e que abriga o Seminário Teológico Pio XI, no Alto da Lapa, para a construtora Tegra, um grupo de moradores dos edifícios do entorno da área começa a se mobilizar para barrar a construção de prédios no local, o que resultaria na retirada das árvores centenárias que cobrem uma vasta porção do terreno.
O grupo se reuniu na quarta-feira, 7, no escritório da advogada Luiza Nagib Eluf, para debater o assunto. De acordo com os moradores, há mais de oito décadas o colégio dos Salesianos ocupa a área, que tem uma flora diversificada já incorporada à região e que é importante como pulmão verde do bairro, devendo ser preservada.
Em nota publicada nas redes sociais, os moradores enfatizam que “a comunidade local vê essa ação como um ato de abuso e exploração, onde interesses estrangeiros buscam lucro à custa da destruição do patrimônio cultural e ambiental brasileiro. Não podemos permitir que se destruam árvores que são parte da nossa história e da nossa identidade”.
Segundo o grupo, recentemente tem se percebido a diminuição da manta verde do terreno, com a derrubada paulatina das árvores e a entrada e saída de veículos do local levando troncos.
Conforme a administração do seminário confirmou à reportagem do JG, a parte vendida para a incorporadora compreende justamente a área aberta de jardim. O seminário não deverá sair do terreno – pelo menos no curto prazo – e as atividades de formação religiosa do instituto continuarão acontecendo no local. Já a construtora Tegra afirma que ainda não há projeto de empreendimento imobiliário definido para o local.