Tribunal de Justiça suspende obra na Pça. Mal. Carlos Machado Bittencourt

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Foto: Divulgação

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Secretaria de Esportes defende campo de futebol para uso da população

Por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, as obras de construção de um campo de futebol na Praça Marechal Carlos Machado Bittencourt, na Barra Funda, estão suspensas. O TJSP acolheu parecer do Ministério Público municipal que afirma que a transformação da praça em campo de futebol, com a colocação de grama sintética, pode afetar a drenagem do terreno. “No parecer apresentado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente não há elementos que demonstrem que a obra não irá afetar a permeabilidade do solo, em uma região que sofre com alagamentos”, alega o MP.

A construção do campo de futebol, com vestiário e banheiros, envolveu a retirada de mais de 300 árvores, cuja autorização para manejo, pela Secretaria do Verde, também é contestada pelo MP. “Em 30 de dezembro de 2022, a Coordenação de Licenciamento Ambiental da SVMA mudou um primeiro parecer, que não aprovava a remoção, informando que, por impossibilidade de alternativa locacional, emitia o Termo de Compensação Ambiental – TAC – em caráter excepcional”.

De acordo com nota enviada ao JG pela Secretaria do Verde, a SVMA “suspendeu as autorizações pertinentes ao TCA 01/2023, em atendimento à decisão judicial, e irá realizar uma vistoria no local para tomar as medidas pertinentes ao caso”.

Responsável pelo projeto de transformação da praça em espaço esportivo, o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, Claudinho de Souza, afirma que “todo o processo de movimentação arbórea autorizado pela Secretaria do Verde está legalizado e de acordo com o TAC”. “Todos os detalhes foram acertados antes do início da obra, sendo que, inclusive, 10% do valor total gasto foi destinado para cumprir o Termo de Compensação Ambiental”, explica ele.

O secretário ressalta que a praça era um espaço mal frequentado, sendo inclusive ponto de encontro de viciados e de prostituição. A ideia é a prefeitura entregar um espaço requalificado, que poderá ser usado por toda a população”, explica Claudinho.

Contrários à mudança de uso do local, o Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz – CADES Lapa e o Movimento Água Branca afirmam que o projeto não passou por consulta pública, como determina a lei. O conselho destaca que a praça tem uma grande importância ambiental, por estar em área permeável, e por isso deve ser preservada. E alerta, ainda, “que uma praça pública não deve ser cercada, mas isso vai acontecer no local, já que o projeto prevê a construção de vestiários e banheiros”.

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