A cidade de São Paulo vai ter ônibus gratuitos aos domingos, da 0h as 23h59. A medida foi anunciada pelo prefeito Ricardo Nunes junto com o líder do governo na Câmara, vereador Fábio Riva (PSDB), na segunda-feira, 11, e já começa a valer a partir de domingo, 17, em todas as linhas da cidade. A gratuidade também será aplicada no Natal (25/12), Ano Novo (1/1/24) e Aniversário de São Paulo (25/1/24). A medida tem como objetivo incentivar o uso do transporte público, ampliar o acesso ao lazer, parques, centros esportivos, eventos culturais, melhorar a economia e a oferta de empregos. “Só de espaços culturais da Prefeitura que abrem aos domingos, são 78, de espaços esportivos, 45, além de 112 parques. Fora os equipamentos do Estado, particulares, shoppings. O cidadão vai poder visitar a Avenida Paulista aberta aos domingos, a Liberdade, poderá ir à missa, ao teatro, ao centro histórico e uma série de atividades”, destaca o prefeito.
Para Fábio Riva, o ‘Domingão Tarifa Zero’ é uma medida histórica. “Com ela, as pessoas que mais precisam vão poder sair aos domingos, visitar os parentes, amigos, passear pela cidade”, ressalta.
Ricardo Nunes destacou ainda que não haverá aumento de recursos para custear a iniciativa. Aos domingos, atualmente, 2,2 milhões de passageiros utilizam 1.175 linhas de ônibus municipais. Inicialmente, o atendimento será feito com a frota atual operacional de 4,8 mil ônibus. Estudos da SPTrans demonstram que, aos domingos, há 60% de capacidade ociosa nos ônibus em alguns períodos, o que permite absorver uma demanda maior. Não há necessidade de integração com o sistema metroferroviário, já que as linhas de ônibus atendem a toda a cidade.
“Não será necessário fazer incremento de recursos ou ampliação do número de linhas. Vamos deixar de receber o valor da tarifa que é pago aos domingos, que soma R$ 280 milhões no ano. Mas quando a gente paga e já tem o subsídio do transporte, em que se tem 60% de ociosidade, tecnicamente estará zerado esse custo, porque a gente vai levar benefícios para a população. Então tecnicamente não existe um aumento de recurso”, explica.
Os passageiros terão que usar o Bilhete Único: a tarifa não será cobrada no validador. Quem ainda não tiver, o cobrador ou o motorista irão liberar sua passagem pela catraca. “A catraca ficará utilizável e o passageiro que encostar o bilhete único terá o acesso liberado. Para o usuário que não tem o Bilhete Único, o cobrador tem um bilhete de bordo que vai liberar a catraca. Para os casos de ônibus que não tem cobrador, o motorista tem um dispositivo que tem condições de liberar a passagem”, explica o diretor-presidente da SPTrans, Levi Oliveira.
“São Paulo é uma cidade rica, com 12 milhões de habitantes, mas que tem uma parcela da população pobre. Com a tarifa zero, teremos uma cidade mais acessível. Mais famílias poderão frequentar os equipamentos públicos gratuitos. Às vezes, a pessoa não faz o uso de toda essa rede por conta de não ter o recurso da tarifa. Então, é uma política pública de inclusão. A tarifa zero aos domingos vai ampliar o lazer e permitir a população viver mais a cidade”, reforça Nunes.