Cades discute supressão e uso comercial de áreas públicas

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Na reunião do Conselho Regional de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz (Cades) da Lapa, na quarta-feira (20), os conselheiros discutiram as frequentes ocorrências com ruído e votaram a favor da criação de um grupo de trabalho dedicado a elaborar um mapa de ruído da região. A proposta é encaminhar as informações para a Prefeitura e Ministério Público. Também foi cobrado um posicionamento sobre a mudança do pátio de compostagem da Lapa de Baixo. O novo local previsto, no Jaguaré, possui dificuldade de acesso, entre outras questões, que comprometeriam as atividades educativas realizadas no pátio. Já o Parque Leopoldina Orlando Villas-Bôas, segundo informações divulgadas no encontro, poderá ser parcialmente reaberto ainda no segundo semestre deste ano.

A conselheira Jupira Cauhy falou do plantio realizado na Área de Preservação Permanente (APP) Córrego Água Branca. Crianças e adolescentes participaram da ação feita em parceria com a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente (SVMA), com mudas do Viveiro Manequinho Lopes. Além do caráter educativo e ambiental, um dos objetivos do plantio é evitar o estacionamento irregular de veículos na área verde. Uma nova ação está prevista para o dia 31 de agosto no local.

Também foram citadas as obras autorizadas pela Prefeitura, para exploração comercial, em áreas públicas localizadas entre a Avenida Francisco Matarazzo, Rua Pedro Machado e Avenida Mario de Andrade. Foram abertas vias de passagem no local e está prevista a instalação de 16 contêineres para lojas de alimentação, quadra, equipamentos de ginástica e brinquedos. A área foi integrada como adjacência no contrato de concessão dos baixos do Viaduto Antártica, assinado em 2021. Os conselheiros afirmam que essa inclusão descumpre a decisão judicial que protege o local de uso público e suprime uma área verde importante.

Sobre o evento realizado na Travessa Roque Adóglio, também com caráter comercial em uma área que possui histórico de uso coletivo, os conselheiros cobraram uma resposta sobre como foi feita a escolha e aprovação da ação. A representante da Subprefeitura Lapa na reunião falou que o caso está sendo tratado pelo departamento jurídico.

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