Soninha faz balanço|da sua gestão

0
1719

Foto:

A Subprefeita Soninha Francine

Na agitada rotina de seu expediente
diário, a subprefeita Soninha Francine encontra um tempo para receber o
editor do Jornal da Gente para uma entrevista. Na pauta da conversa
assuntos mais recentes da administração lapeana e, sobretudo, um
balanço geral da gestão iniciada em janeiro deste ano. Confira o disse
Soninha sobre o desempenho do seu trabalho à frente do gabinete
principal da Rua Guaicurus, 1000.

Árvores
Um dos grandes entraves enfrentados pela subprefeita foi a falta de
equipes para podas e remoções de árvores. Soninha admite falhas nos
serviços, mas pondera levando em conta a dimensão do problema. “Claro
que estamos longe de uma situação ideal. Mas houve avanços. Colocamos
um estagiário para filtrar as demandas que recebemos de modo a eliminar
redundância de pedidos e realizamos um projeto piloto numa área
delimitada, envolvendo o perímetro circunscrito pela Turiaçu, Diana,
Sumaré e Apiracuana. Dez agrônomos numa verdadeira força tarefa (apoio
Secretaria do Verde e Meio Ambiente) examinaram todas as árvores dessa
área. De 1.200, apenas 120 não precisam de algum tipo de intervenção.
Esse projeto piloto mostrou-nos um caminho a ser seguido, que é a
mudança no tipo de contato licitado. Contrataremos por empreitada, com
a contratada tendo que zerar as pendências de uma determinada área”.

Iluminação
Outra grande queixa da população é quanto à precariedade da iluminação
pública. Aqui também Soninha reconhece que o munícipe tem razão em
reclamar e aponta caminhos para enfrentar a situação. “A
responsabilidade desse serviço é do Ilume. A subprefeita pode fazer a
articulação política que resulte em melhorias. Foi o que fizemos com a
vereadora Mara Gabrilli que acabou deslocando para a iluminação pública
uma verba destinada ao Tendal, mas que não poderia (por questões
burocráticas) ser usada no local”.

Enchentes
Soninha reconhece a gravidade do problema, sobretudo agora com as
chuvas de verão. “Na Pompeia decidimos (e fala isso sem esconder
frustração e até mesmo um sentimento de vergonha diante da população)
adotar um Plano de Emergência. Vamos monitorar a situação das chuvas em
contato com o Centro de Gerenciamento de Emergência para que tenhamos
tempo de interditar a região, assim como a Prefeitura fazia na região
do córrego Pirajuçara. Sei que isso é ridículo, mas é o que podemos
fazer, no momento. Existem estudos para a região, mas nada imediato. Já
se retoma a possibilidade de um piscinão e a abertura de novas bocas-
de- lobo ao longo do córrego Água Preta. Na região da Romana, Ipojuca,
por exemplo, o problema não se resolve com novas bocas-lobo, mas sim
com redimesionamento das galerias”.

Orçamento
Soninha não esconde sua decepção quanto ao Orçamento da Sub proposto
pelo governo para 2010: cerca R$ de 21 milhões, uma vez que em 2009 a
verba real disponível foi de R$ 28 milhões, enquanto que o montante
aprovado pela Câmara no final de 2008 era R$ 33 milhões. Ela admite que
com essa redução os serviços básicos de zeladoria ficam comprometidos.
“Precisamos de mais recursos. Não dá para trabalhar com um orçamento
desses. Vamos ter que sair passando o chapéu e contar com sensibilidade
das secretárias (estado e município). Também dá para negociar
parcerias. Refazer uma calçada de uma escola estadual é algo que pode
ser feito com verbas vindas da Secretaria de Educação (governo
estadual). Vamos avançar por aí, vamos firmar uma espécie de convênio
com essa secretaria para serviços de poda, calçamento e iluminação ao
redor de escolas estaduais”.

Cultura
Essa parece ser a área onde a Sub Lapa mais avançou em 2009, como a
própria Soninha reconhece. “Nem vou falar da reforma do (teatro)
Cacilda Becker nem do centro de Convivência (na antiga biblioteca
Cecília Meirelles), que são obras articuladas pela Secretaria de
Cultua. Mas lembro das atividades no Espaço Cultural Tendal da Lapa.
Mantive algumas pessoas, modifiquei outras, mas todas elas são ligadas
a Cultura, que não é só evento, espetáculo. É também oficina. E o
Tendal, agora tem um processo bem definido de cadastramento de
oficineiros. Nossas oficinas são populares. É muito gostoso e bonito ir
ao Tendal nos finais de semana e ver o que está acontecendo. Agora
vamos trocar experiências com as casas culturais de outras
subprefeituras”.

Comunidade
“Lá da Câmara (Soninha vereadora) até tentamos ser recebidos aqui (sub
Lapa) para falar de Tendal e Parque Orlando Villas-Bôas, mas não
tivemos sucesso. Acho muito importante o relacionamento
(comunidade-poder público). As pessoas sentem a necessidade de, no
mínimo, serem ouvidas. As pessoas têm essa necessidade de, no mínimo,
serem ouvidas. É preciso estar preparado para ouvir acusações. É
cansativo. No geral as pessoas são participativas. Se alguém se queixar
de falta de diálogo estarão sendo injustas. O que as pessoas precisam
entender é que nem tudo o que elas pedem pode ser atendido. Ás vezes
elas trazem uma reivindicação que é analisada do ponto de vista do
interesse coletivo e dela discordamos”.

NO COMMENTS

LEAVE A REPLY