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Com a participação de mais 40 pessoas, entre elas os vereadores Paulo Frange (PTB) e José Police Neto (PSDB) – ambos membros do G-8 Lapa – o seminário Comunidade e Cidadania debateu os rumos da Operação Água Branca. O evento organizado pelo Jornal da Gente, em parceria com o Mover (Movimento de Oposição à Verticalização Caótica e pela Preservação do Patrimônio da Lapa), ocorreu nas Faculdades Flamingo (Avenida Francisco Matarazzo), na terça-feira, 26.
A geógrafa Ros Mari Zenha, integrante do Mover e membro do Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cades) abriu o seminário com uma exposição sobre o panorama atual da Operação Urbana Água Branca (que passa por reformulações e ampliação), com destaque especial a pontos polêmicos do EIA-Rima (Estudos e Relatório de Impacto Ambiental), elaborado por empresa privada licitida pela Prefeitura. “Esse relatório será apresentado em Audiência Pública no dia 4 de novembro. Com este seminário antecipamos o debate comunitário apontando algumas problemas que encontramos no EIA-Rima”, explica Ros Mari.
No encontro da terça-feira foram avaliadas e debatidas lacunas no documento oficial da Prefeitura em áreas como drenagem, sistema viário e habitação de interesse social. “Estranhamos que o EIA-Rima não faça menção explicita a moradias populares. Será que a população de baixa renda não está sendo levada em conta no contexto do planejamento urbano”, indaga Dulcinéia Pastrello, do Instituto Rogacionista, que mantém na região da Água Branca importante atividade de inclusão social.
A construção da Arena Palestra Italia, com grandes impactos na região, também surge como questão que preocupa os moradores da Pompeia. “Alguém na Prefeitura precisa explicar como ficará a Avenida Francisco Matarazzo em dias de jogos e shows na Arena. Onde está a grande área de vazão do público e do trânsito. Se nas imediações do Morumbi (estádio), com avenidas largas, o trânsito já fica complicado quando há jogos por lá, imagine o que acontecerá aqui na Pompeia”, alerta a presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia, Antonietta Lima e Silva.
