Com dois equipamentos ativos – Hospital Municipal Mario Degni, no Rio Pequeno, e Hospital Universitário da USP – e o Hospital Sorocabana em reforma, a Zona Oeste de São Paulo terá papel importante no Programa de Regionalização da Saúde, iniciativa lançada pelo governador Tarcísio de Freitas em 2023 e que começa neste final de ano a ganhar corpo na região da Lapa com os primeiros diálogos abertos no sistema de Participação Social da Saúde.
A regionalização do atendimento hospitalar (estadual e municipal) em São Paulo é uma diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS) que visa a organizar e distribuir os serviços de saúde de forma mais hierarquizada e eficiente, considerando as necessidades e a capacidade de atendimento de cada região. O foco do programa está na diminuição das desigualdades para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços e reduzir as filas e a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento. “É um marco para a saúde. A regionalização é transformadora. É o primeiro grande passo, que vai nos permitir ver de perto os problemas e mudar a gestão das filas. Será uma gestão regionalizada e transparente”, afirma o governador Tarcísio de Freitas.
A proposta é somar recursos e esforços em prol da saúde da população. Para isso, o Governo de São Paulo definiu que os ambulatórios médicos de especialidades e hospitais estaduais se adequem às necessidades regionais, tornando realidade o princípio da descentralização do sistema de saúde.
Representante da sociedade civil no Conselho Gestor do Hospital Sorocabana e no Conselho Estadual da Saúde, Rubens Alves Pinheiro Filho acompanha de perto a evolução da proposta de regionalização e destaca a importância da iniciativa. “Hoje, um morador da Zona Oeste com necessidade de atendimento oncológico, por exemplo, pode ter de se deslocar até a Santo Amaro, na Zona Sul, para ser atendido num hospital municipal. A ideia básica da regionalização é fazer com que o atendimento seja feito na rede hospitalar Oeste”, explica o conselheiro.
Atualmente, os municípios aplicam até 40% do seu orçamento na saúde. No entanto, devido à desorganização das unidades que não estão integradas em rede, em vários casos, o cidadão não tem suas necessidades atendidas. “Muitas vezes os serviços ofertados não correspondem às necessidades e, em outras, se repetem entre unidades gerando capacidade ociosa”, afirma o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva. Segundo ele, o novo programa “pretende inovar ao criar espaço para o diálogo, entendimento e negociação no espaço regional”.
























