O Grupo Votorantim, que no mês de maio havia sinalizado que não tinha mais interesse em investir no PIU Leopoldina, volta a acenar que está disposto a retornar ao centro de uma proposta urbanística amparada por lei e centrada na reurbanização de área vizinha à Ceagesp, incluindo a construção de 853 moradias sociais para famílias das comunidades Linha, Nove e Cingapura Madeirite.
A reviravolta acontece após reunião dos dirigentes da Altre, braço imobiliário da Votorantim, com o prefeito Ricardo Nunes, que confirmou o encontro ao conversar com Alexandre Beraldo, liderança comunitária e membro do Conselho Gestor da Área de Intervenção Urbana Leopoldina (AIU), perímetro das obras indicadas na Lei PIU Leopoldina. “Nessa reunião um dos assuntos foi a questão da sentença de usucapião na Favela Da Linha, uma grande preocupação da Votorantim. O prefeito disse que resolveu essa pendência, assinando um decreto de desapropriação daquela área”, afirma Beraldo. “Agora temos de esperar a reunião ordinária do Conselho da AIU, em setembro, onde, certamente, a secretária e Urbanismo e Licenciamento, Bete França, nos dará detalhes dessa volta da Votorantim ao cenário do PIU”, acrescenta o líder comunitário.
No terreno da Favela Da Linha, conforme determinado em lei, a empresa vencedora do leilão de outorga onerosa (direito de construir além do estabelecido pelo Zoneamento da cidade) terá de construir um viário. A incerteza quanto à futura desocupação da área, no contexto de cumprimento da sentença de usucapião favorável a um grupo de moradores DA Linha, foi um dos motivos que levaram a Votorantim, que iria participar do leilão, a se afastar do PIU.