AVL contesta laudo ambiental sobre antigo terreno da CMTC

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A Associação Viva Leopoldina (AVL) entrou com uma ação civil pública, com pedido de liminar, contestando o laudo da CETESB que autoriza o uso futuro do terreno de propriedade da COHAB, onde por muitos anos funcionou uma antiga garagem de ônibus da CMTC, localizado na Avenida Imperatriz Leopoldina, para a construção de prédios residenciais. A área, atualmente, está em processo de descontaminação e vai abrigar mais de 900 moradias de interesse social, com projeto realizado via Parceria Público Privada (PPP).

De acordo com a associação, o parecer técnico liberado pela CETESB, que reclassifica o terreno como “Área Contaminada em Processo de Reutilização (ACRu)”, “é desmentido pelas próprias informações contidas no corpo do parecer e nos documentos que o subsidiam, as quais reconhecem a presença de fase livre em vários poços, indicando contaminação e a detecção de óleo sobrenadante em 10 poços de monitoramento de água subterrânea, além de admitir que as concentrações [de TPH fracionado no solo e na água subterrânea] estão acima dos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde, e que foram quantificados riscos não carcinogênicos para praticamente todos os receptores e cenários propostos”.

“A questão específica do terreno da CMTC afeta potencialmente condomínios das proximidades, sendo o risco principal a questão da abordagem ambiental desastrada, com o rompimento recente de tanques subterrâneos, o que agravou a questão da contaminação local”, alerta o presidente da AVL, Umberto de Campos Sarti Filho.

Procurada pela reportagem do JG, a CETESB informa que está avaliando o documento e encaminhará uma resposta.

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