“Veias Abertas 60 30 15 seg” aborda questões políticas e diversidade no Sesc Pompeia

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Depois de duas décadas dedicadas a retratar a história do Rio de Janeiro, a Aquela Cia. decidiu ampliar seu objeto de pesquisa com o espetáculo “Veias Abertas 60 30 15 seg”, abordando a construção do continente latino-americano sob o contexto político. A peça está em cartaz no teatro do Sesc Pompeia (Rua Clélia,  93 – Água Branca), até 4/7, com apresentações às quartas e quintas, 19 horas, e às sextas, às 15h e às 19h.

A narrativa parte do livro ‘As Veias abertas da América Latina’, publicado por Eduardo Galeano em 1971, para discutir temas como a dependência econômica do território e a exploração violenta da mão-de-obra, consequências diretas da colonização. A trama evoca principalmente o Massacre das Bananeiras, que ocorreu na cidade de Aracataca, na Colômbia, em 1928. Na ocasião, a mando dos Estados Unidos, o Exército abriu fogo contra os grevistas da United Fruit Company. Mais de 2 mil trabalhadores morreram.

A narrativa é construída a partir de um casal gay (um trabalha na United Fruit Company e outro no Exército) que se conhece durante algumas aulas de dança. Os dois vão se casar na sala onde aprenderam a se expressar com o corpo, mas, justamente nesse dia, acontece o famoso massacre. Enquanto o discurso documental e as questões políticas expõem as feridas da colonização, o grupo sugere uma saída: a reconexão com a imaginação a partir do movimento corporal, o que levaria a uma ligação das pessoas com as suas forças vitais.

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