Cia. Artesãos do Corpo remonta “Espasmos Urbanos” no Cacilda Becker

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Divulgação

A Cia. Artesãos do Corpo celebra 25 anos de trajetória artística com a remontagem de Espasmos Urbanos, seu primeiro espetáculo, originalmente encenado em 1999. Sob a direção de Mirtes Calheiros, de 74 anos, a montagem traz à cena 10 artistas em um espetáculo que explora os desafios e absurdos da vida urbana. As apresentações são gratuitas e acontecem no Teatro Cacilda Becker (Rua Tito, 295 – Lapa), nos dias 19, às 21 horas, e 20, às 19 horas.

Na nova montagem de Espasmos Urbanos, quatro novos artistas – Cleia Plácido, Edu Pinheiro, Gabriel Góes e Lilian Soarez – se juntam ao elenco, enquanto três dos intérpretes originais, Fany Froberville, Ederson Lopes e Mirtes Calheiros, voltam a seus papéis. A peça continua a refletir sobre a condição humana na cidade, abordando os efeitos do ritmo alucinante e da falta de conexão entre as pessoas, bem como as transformações visíveis e emocionais no corpo.

A remontagem mantém seu foco nas pressões da vida moderna e no impacto que essas tensões têm sobre o corpo humano. A peça explora como o ritmo caótico da cidade transforma as emoções, as relações e os corpos dos indivíduos. O espetáculo convida o público a refletir sobre a alienação urbana, o medo, a solidão e o desejo de se conectar, ao mesmo tempo que retrata a violência e a paixão como componentes centrais da vida urbana.

No palco, os personagens, anônimos e cotidianos, revelam as deformações físicas e emocionais que sofrem, evidenciando uma vingança do corpo contra os males da sociedade. A diretora Mirtes Calheiros revisita temas que ainda se mostram extremamente atuais, mostrando que, mesmo após 25 anos, a cidade continua a inspirar a produção artística da companhia.

Apesar de ser uma remontagem, Espasmos Urbanos traz mudanças significativas em sua nova versão. Entre as novidades está a cena em que o intérprete Ederson Lopes usa uma máscara de soldar com uma imagem de um olho só, incorporando novas leituras e significados ao espetáculo.

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