SESC Pompeia canta Vinícius de Moares

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Foto: Divulgação

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Álbum de Mariana de Morares é tributo ao avô Vinicius

Quem ainda se emociona toda vez que ouve uma canção de um dos ícones da MPB, Vinícius de Moraes, tem encontro marcado com Mariana de Moraes, neta do eterno poeta, nos dias 16 e 17, às 21h, no Sesc Pompeia (rua Cléia, 93), com ingressos entre R$ 18 e R$ 60 reais.

O show Vinicius de Mariana reúne as canções do álbum homônimo lançado no final de outubro. Mais do que uma homenagem ao avô (que completaria 110 anos), o show será uma grande celebração da vida, das paixões e da ancestralidade, como diz a artista. Mariana evoca a esperança, a amizade e a justiça, reunidas em canções que Vinicius escreveu com parceiros diversos ao longo de sua carreira: Pixinguinha, Antônio Maria, Chico Buarque, Edu Lobo, Carlos Lyra e Baden Powell.

O show traz arranjos de João Donato, que participou da gravação do álbum em 2021, lançado pelo Selo Sesc. O naipe de sopros, por exemplo, foi ideia de Donato, que faleceu em julho deste ano. Já o repertório reflete uma escolha pessoal de Mariana, que se associou aos produtores Guto Wirtti e Leo Pereda nessa empreitada. O repertório escolhido pela artista inclui três canções de Vinicius em parceria com Baden: “Canto do Caboclo da Pedra Preta” (gravada originalmente no disco Afrosambas, de 1966), “Canto de Xangô” e “Tristeza e Solidão”. “Dediquei o disco a Xangô, o Obá (Rei) justo e amoroso. Aquele que cuida dos seus. Vinicius clama por Xangô em muitas músicas. Ele também desejava um mundo justo”, explica a cantora.
Duas canções de Vinicius e Carlos Lyra têm significado especial para Mariana. A primeira é “Maria Moita”, que denuncia a opressão à mulher (“Meu pai dormia em cama / minha mãe no pisador”) e as desigualdades sociais (“O rico acorda tarde, já começa a resmungar / O pobre acorda cedo, já começa a trabalhar”). A outra é “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas”, dos versos imortais “E, no entanto, é preciso cantar / Mais que tudo, é preciso cantar”).
Da parceria entre Vinicius e Tom Jobim, Mariana apresenta “Eu não existo sem você”. Já Edu Lobo se faz presente com “Arrastão” (vencedora do 1º Festival da Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965) e “Só me fez bem”. Chico Buarque (que participou da gravação do álbum) é lembrado em “Desalento”, canção que ganhou uma levada de gafieira na voz de Mariana. Antônio Maria surge com “Quando a Noite me Entende”, Hermano Silva com a clássica “Onde Anda Você” e Pixinguinha com “Mundo Melhor”.

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