Tendal da Lapa exalta negritude com samba e rap

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Foto: Divulgação

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Karol Conká canta rap de versos vibrantes

No contexto da celebração do Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, o Centro Cultural Tendal da Lapa (R. Guaicurus, 1.100) organiza, neste domingo, 29, programação musical especial gratuita, tendo como destaque a compositora e raper Karol Conká (ex-BBB em participação polêmica)

Karol sobe ao palco às 20h para apresentar músicas do álbum Urucum, no qual expõe o que viu ao olhar para dentro de si, mas também para dentro das engrenagens da máquina de ódio que se ergueu fora dela. No lugar de sentimentos menores, a potência afirmativa de quem vibra nos versos e no papo reto, Urucum tem como sonoridade principal um mix de ritmos como pagode baiano e reggae.

Karol cita como sua maior influência a rapper americana Lauryn Hill, bem como o grupo Fugees do qual Lauryn fez parte. Ela contou que quando adolescente, comprou um álbum do Fugees “só por causa da Lauryn Hill estar na capa, não conhecia o grupo. Comecei a ouvir, inspirei-me e senti vontade de seguir no rap“. A apresentação da cantora americana no Black2Black no Rio de Janeiro, visto no início de sua carreira, serviu de referência nos palcos. A artista também cita como influências Milton Nascimento, Djavan, Adriana Calcanhotto, Jorge Ben Jor, Bob Marley, Vanessa da Mata e Amy Winehouse.

Um pouco mais cedo, às 16h, o palco é todo do Preta Batuque, grupo formado por mulheres negras que reverenciam e contemplam o samba e pagode raiz. Trata-se da celebração da negritude, do feminino, da amizade e da vida. Preta Batuque traz consigo esta essência, junto ao prazer em compartilhar e exaltar com o público. Visibilidade para o papel da mulher negra, através da figura de Tereza de Benguela, que foi a líder do Quilombo Quariterê e, por 20 anos, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo. ”O Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha representa a força e potência das mulheres negras. Por isso, fizemos questão de celebrá-la com uma programação de artistas pretas”, afirma a Secretária de Cultura, Aline Torres.

 

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