Ceagesp retoma convênio com Nossa Turma

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Foto: Lúcia Helena Oliveira

Lúcia Helena Oliveira
Diretoria da Ceagesp, permissionários e integrantes da Nossa Turma

“ A Cegesp conosco é uma família e vamos sempre  lutar por nossas crianças”. Foi assim que o presidente da Associação Nossa Turma, Luiz Carlos de Laet, resumiu o restabelecimento do convênio  da entidade com a Ceagesp, após um período de crise aberta em 2022, quando a então presidência da empresa estatal bloqueou repasses para a ONG, responsável por um importante trabalho social com a população de seu entorno.

Criada em 1998 e com sede no interior do entreposto, a Nossa Turma nasceu num contexto onde o Ministério Público investigava trabalho e prostituição infantil na Ceagesp. A criação de uma ONG capaz de atuar na proteção e inclusão de comunidades fragilizadas foi a alternativa encontrada para encarar esse gravíssimo problema social.

Ao longo de mais de duas décadas, Ceagesp e Nossa Turma sempre atuaram em sinergia, num trabalho que começou com a gestão de creche conveniada à Prefeitura de São Paulo, com capacidade para atender 105 crianças de 0 a 4 anos em regime integral, e evoluiu para o  atendimento de 20 crianças e pré-adolescentes, entre 5 e 10 anos, no contraturno escolar.

No final de 2022, a então diretoria da Ceagesp decidiu suspender o repasse de verbas para a Nossa Turma alegando problemas com cláusula contratual específica, algo que, de pronto, foi contestado pela ONG.

Com a chegada de uma gestão interina, em janeiro de 2023, um novo diálogo foi estabelecido. O nó acabou de ser desatado em março, quando o atual presidente da estatal, Jamil Yatim, assumiu o cargo de forma definitiva e decidiu restabelecer os repasses. “Enxergamos a grandeza do trabalho da Nossa Turma. É nossa obrigação apoiar esse projeto. Não vejo como um governo pode deixar de participar disso”, afirma Yatim.

Para Maribel Poloni de Donato, coordenadora geral da Nossa Turma,  as dificuldades do passado, hoje superadas, deixam uma lição. “Passamos por dois anos difíceis, mas ficou um aprendizado: cada direção que aqui chegar tem de entender porque estamos aqui. Nascemos por uma necessidade da Ceagesp. Nosso trabalho não pode ser  descontinuado. Não dá para simplesmente chegar com uma caneta na mão disposto a dar canetada em tudo”, avalia ela.

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