Prefeitura incentiva acolhimento de cães e gatos idosos

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Ter um bichinho em casa é uma grande alegria, desde que se tenha condições de atender suas necessidades. E na pandemia, adotar um pet foi algo que muitas pessoas fizeram para reduzir o isolamento e solidão. Mais de 300 animais aguardam no Centro Municipal de Adoção, da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap), a chance de encontrarem uma família. Para 68 deles, que são idosos ou portadores de doenças crônicas essas chances ficam mais difíceis.

Para incentivar a adoção, a Cosap fornece o cartão Cuida Bem – Idoso, que garante atendimento prioritário e vitalício do animal em qualquer um dos três hospitais veterinários públicos da cidade, um na Zona Norte (Rua Atílio Piffer, 687, Casa Verde), um na Zona Leste (Avenida Salim Farah Maluf, esquina com Rua Ulisses Cruz, lado par, Tatuapé) e um na Zona Sul (Rua Agostino Togneri, 153, Jurubatuba). Existe o Projeto de Lei 684/2020, do vereador Fabio Riva, para a criação de um Hospital Público Veterinário na região da Lapa, e a Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2022 prevê a criação de mais uma unidade na cidade ainda este ano.

Um dos cachorros idosos que está no Centro de Adoção é o Costelinha, que chegou ao canil em novembro de 2008, quando o espaço ainda se chamava CCZ. Considerado de grande porte, com 35 kg, o Costelinha está com um câncer avançado. “O Costelinha esperou em vão um pouco de amor, uma festinha em família, um abraço apertado, o vento do rosto pela janela do carro. Questiono muito o porquê de ninguém ter olhado para ele. Só sei dizer que o Costelinha aceitou sua sina, como todo cão resiliente. Há tempos desistiu de acreditar e quietinho espera a sua hora de partir, para assim, talvez, seguir para um lugar onde se sinta amado, onde tenha amigos e possa, finalmente, se sentir em casa”, conta Analy Xavier, coordenadora da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap).

Com muitos animais adultos, idosos ou portadores de doenças crônicas, que não atendem ao perfil procurado pela maioria das famílias, alguns aguardam há mais de dez anos pelo seu grande dia. Entre as vantagens de adotar um animal adulto, está o fato de ter seu tamanho, necessidade de espaço e temperamento já definidos, além de serem menos propensos a destruição de objetos e bagunça do que os filhotes.

É importante garantir que a adoção ocorra de forma responsável. É necessário que o tutor se comprometa com algumas responsabilidades fundamentais para garantir a qualidade de vida e o bem-estar do animal. Isso inclui alimentação adequada, água, higiene, vacinação, evitar fugas, cuidados médico-veterinários, atenção e muito carinho.
Os interessados em adotar um animal de estimação podem buscar o serviço “Adotar cães e gatos” no menu do Portal 156, que dá acesso a uma galeria de fotos dos pets que estão esperando por um lar. Os animais disponíveis para adoção estão devidamente vacinados, vermifugados, castrados, identificados por microchip e possuem Registro Geral do Animal (RGA), conforme Lei Municipal nº 13.131/01.

O tutor precisa preencher as informações de um formulário, como as de perfil e sobre a casa onde mora. Se não houver nenhuma incompatibilidade, é feito o agendamento da visita para que o futuro tutor possa conhecer o animal e levá-lo para casa. Nesta visita, o cidadão deverá levar uma coleira se for adotar um cão ou uma caixa de transporte, caso vá adotar um gato.

Além disso, o tutor também precisa apresentar RG, CPF, comprovante de residência recente (dos últimos três meses) e pagar uma taxa pública de R$ 26,50.

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