Com um recital no Theatro São Pedro, a
pianista e moradora de Perdizes, Eudóxia de Barros encerrou no dia 5 de
dezembro sua temporada de 2009. “Foi uma ótima apresentação e o público
foi bem receptivo”, diz a pianista.
Ainda se dedicando de seis a
oito horas diárias de estudo, Eudóxia tem levado essa vida de
instrumentista desde criança, quando começou sua formação, ao ver a avó
ao piano e querer imitá-la. Seus pais a incentivaram a estudar piano.
Além
de instrumentista, a pianista, que é membro da Academia Brasileira de
Música, também se dedica a ministrar aulas para alunos de todos os
níveis e administra, com o marido, o compositor Osvaldo Lacerda, o
Centro de Música Brasileira.
Sempre viveu de música. “Antigamente
eu fazia 50 concertos por ano. Hoje, infelizmente por falta de
incentivo, consigo fazer uns 25. No passado eu encerrava a temporada no
Theatro Municipal de São Paulo. Falta interesse dos governos e das
empresas”. Diz que as regras de direitos autorais a impedem de executar
novos compositores com mais frequência.
Nunca menosprezando os
grandes nomes como Bach, Chopin e Beethoven, ela sempre incluiu os
autores nacionais em suas apresentações. Eudóxia aprendeu a gostar de
música brasileira na infância e sempre ouvia cantores como Caco Velho e
Dircinha Batista e autores como Villa-Lobos, Camargo Guarnieri, Ernesto
Nazareth e outros. “Sou muito voltada ao que é nosso”, diz com orgulho.
Gravou mais de 30 LPs. Quando o CD surgiu, ficou mais difícil, mas
mesmo assim ela gravou entre outros CDs, Este Brasil que Eu Tanto Amo
(Paulinas, 1995) e o Despertar da Montanha (Eduardo Souto).
Estudou
na França por dois anos e depois seguiu para uma temporada de dois anos
como catedrática nos Estados Unidos, onde ganhou um concurso de solista
e se apresentou até no Carnegie Hall, em Nova York. Mas preferiu voltar
para o Brasil. “Sou muito apegada às minhas raízes”, resume.
Com Henrique Morelembaum e o marido, ela prepara anualmente o repertório que executa pelos concertos que faz por todo o Brasil.
Eudóxia
mora desde 1982 em Perdizes, bairro onde, segundo ela, “tenho tudo à
mão”. Gosta de caminhar pela vizinhança, e tem tudo próximo de sua
casa, desde o dentista até a ginástica na Curves.
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